Diário do Amapá - 21 e 22/04/2020

asd azul 3>6 magenta 4>8 GEA iniciou na segun- da (20) entrega dos kits com suprimentos de merenda para famílias dos alunos da rede públi- ca estadual que passam por dificul- dades por conta da pandemia do covid-19. Waldez recebeu 15 novos respiradores neste domingo, 19. Osequipamentossãoresultado de articulaçãodosenador Davi Alcolumbre com o Ministério da Saúde. No sábado, 18, Góes recebeu outros dez respiradores que já eram do Estado e passaram por manutenção pelo Senai. Aarticulação da bancada federal amapaense também foi essencial nesse processo. GEA já efetuou o pagamento das faturas de água com venci- mento em abril, de 16 mil residências de famílias beneficiadas pela Tarifa Social. Este público-alvo receberá o aviso de saldo. Durante aquarentena, principalmedida de prevenção aCovid- 19, as contas serão pagas pelo Estado como parte do pacote de providências sociais para amparar a população carente enquanto estiver em vigor o status de calamidade em saúde. Não havendo eleição municipal, pre- feitos atuais, já em2ºmandato, ouseguem no tronoaté 2022, oupassamchapéu para seus respectivos vices. Claro, para que possam disputar elei- çãonum outropatamar, maisprecisamente ao governo estadual, no caso do prefeito Clécio Luís, por exemplo. Com ocoronavírus ainda mandandonopedaço, políticos sumiram de cena estado adentro, inclusive aqueles (prefei- turáveis) que ainda sonham com aquilo. Ou seja, o trono municipal na eleição de outubro, que, aliás, corre risco de ser adiada, se a pandemia não sair de cena. Seis dias após o fim das buscas por cadáveres no navio Anna Karoline 3, já em Santarém foram encontrados (por acaso) restos mortais de uma criança de 7 anos. A tragédia parece não ter fim e um mês após o sinistro, o navio parece um cadáver insepulto em meio à dor das famílias das vítimas. Segundo uns e outros, a nota foi emitida por Campos sem a anuência dos associados e foi questionada veemen- temente a ponto de colocar em risco de destituição o pre- sidente, que segundo os colegas, tem cargo comissionado no governo em contrariedade com o que reza o estatuto da entidade. AAssociação da Adepol passa por um momento tenso gerado pela demissão do delegado Sávio Pinto e agravado por uma nota de apoio ao demitido, emitida pelo presidente da entidade Rogério Campos. No peculiar estilo de dar o tabefe e depois passar o analgésico, Bolsonaro dis- se à imprensa na segunda-feira (20) que não defende a intervenção militar, a vol- ta doAI-5 e ofechamento doCongresso e STF. As faixas e gritos com tais reivindi- cações na manifestação de domingo (19), segundo ele, eram ações de infiltrados. E disse ser ele a própria democracia. Aliás, não só Rubem, leia-se, também, Ana Girlene, mas esta pelas ondas da Diário FM. É porondeelasegueemaltíssimoastralcomoseuprograma ‘Café comNotícia’, líder absoluto de audiência anos a fio. Carrega no peito broche do PCdoB, pelo qual deve dis- putar trono de Clécio, em outubro —se houver eleição, registre-se. Fora de moda o contatofísico, por conta docoronavírus, o que impede candidatos do costumeiro aperto de mão e tapinha nas costas, Rubem Bemerguy, usandoredes sociais, tem chegado bem no eleitorado. Inclusive com abertura de canal por onde dialogo vir- tualmente com o povo, no formato perguntas e respostas. Novos tempos. Apresença de Bolsonarocomdireitoa discurso na mani- festação pró-intervenção militar e de uma nova edição do AI-5, causou um indisfarçável mal estar entre os membros da alta cúpula militar. Omovimento também quer ofechamento doCongresso Nacional e do STF. Os generais discordam. Líder da oposiçãonoSenado, Randolfe representoucon- tra Bolsonaro no MPF, pedindo que o procurador-geral da República,AugustoAras, investigue se o presidente cometeu crime de responsabilidade ao comparecer à manifestação contra o Congresso, STF, a favor de uma intervenção militar e retorno doAI-5. odos sabemos que momentos como os que vivemos são devastadores a vários níveis. Em tempos de guerra, como se costuma dizer, enterraram-se os mortos e cui- dam-se osvivos. No entanto,a arqueóloga Joana Freitas alerta que depoisda nuvem de pó assen- tar, " teremos que lidar com a epidemia econó- mica,com a recessão e empobrecimento.Todos osmomentos sãode alteraçãode políticascomo nos foram ensinando outros eventoshistóricos." Ela refere que ainda é muito cedo para se saber exatamente quais serão as consequências mas não duvida que elas vão existir. "É praticamente utópico achar que depois de todo este cenário não iriam existir mudanças. Obviamente oseugrauvai depender diretamente do tempoque a crise pandémica durar. Mas tere- mos que estar cientes que haverá danos econó- micos elevados e sociais também.", frisa a arqueóloga. Continuando com a sua explicação, Joana Freitas acredita que comparativamente nãoacre- dita que " o momento atual não trará um cenário tão devastador como uma guerra mundial mas será comparável e até mesmo superior ao momento que o mundo viveu com a crise que se iniciou em 2008." A arqueóloga alerta que momentos de crise deixam profundasmarcas nassociedades e que normalmente perduramno tempo. "As crises econômicas moldam sociedades.Em 2008 o mundo empo- breceu de maneira geral. Muitosoci- dentais ainda hoje vivem nas conse- quências dessa crise. O mundo do trabalho tornou-se inseguro,precário. As gerações jovens viram-se sem grandes possibilidades de ter uma vida que não fosse dependente dos pais. Muitosagregados familiares voltaram a juntar-se para fazer face àsdificuldades.", explica. "Por outro lado, nenhum americano esque- ceu o crash de 1929. É algo muito próprio." Há no entanto,segundo Joana Freitas, cená- riosmais globaisque trazemmudançasmaiores. "Há cenários como as guerras mundiais ou a pandemia da pneumónica, a chamada gripe espa- nhola, em que as alterações são mais drásticas. No fim da segunda guerra o mundo estava arra- sado, a pobreza dominava. No entanto,e a partir daí que a sociedade moderna se começa a cons- tituir no que se refere a parâmetros de nível de vida ou económicos. Antes disso, no início do século, a pneumónica arrasa o mundo já debi- litado pela primeira guerra mundial.As perdas humanas e materiais foram incalculáveis mas também existiram aspetospositivos. É neste momento que a ciência avança e se dá valor à criaçãoe melhoramento de sistemas públicos de saúde". Há muitas mudanças que se podem esperar. A história, por sua vez, ensina que há pormenores a que devemos dar atenção. "Não duvido que o setor econômi- co vai mudar. Acredito que os países irão fazer uma reflexão e tentar perceber o que podem produzir internamente e onde podem não estar tão dependentes.Apande- mia fez-nos ver o quanto a indústria e o comér- cio podem sofrer por a cadeia de abastecimento ser tão longa. Este momento é crucial. Ou ospaí- sesoptam por uma cooperação mais transparente e justa ou viveremos anos de grande alteração nos setores produtivos.", opina. Concluído, "Este gênero de acontecimentos são propíciosa uma onda de solidariedade eunião iniciais. Há uma preocupação global. Depois há separaçõesquandoa cooperaçãofor aonível eco- nómico. Temos o exemplo da união europeia e veremos como ela vai lidar com todo este caso, porque ou realmente revela coesão ou então irá sofrer muitas fissuras.” Através do Requerimento na AL, aprovado em regime de urgência, Cristina Almeida pede ao GEA informações sobre a quantidade de leitos de UTI e a localização dos mes- mos para o atendimento de pessoas com covid-19 em todo o estado. Sobre possibilidade de ‘mandato tampão’, por enquanto apenassuposições, porque a Justiça Eleitoral ainda se man- tém de boca calada sobre se cancela ou não cancela eleição municipal. E, principalmente, se os atuais prefeitos, mesmo já em 2º mandato, podem ou não continuar no cargo, e sem risco para uma candidatura ao governo estadual, por exemplo.

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