Diário do Amapá - 14/02/2020

ascido na periferia de Macapá, o Instituto Marias da Esperança ganha reconhecimento e par- ceiros da iniciativa pública e privada que busca colocar no mercado de tra- balho pessoas que até já haviam desistido do mercado formal. Marias da Esperança foi um nome tirado a partir de exemplos de mulheres – marias – que eram da comunidade e que se caracterizavam pelo voluntariado, atuando como benzedeiras ou participando de gru- pos de oração. Maria das Graças Carvalho Maciel e Maria Cordeiro da Costa hoje têm filhos e netos atuando como voluntários deste ins- tituto. Natura, Senai Amapá e o Banco da Amazônia foram entidades que já abraçaram a causa e formalizam uma ação que vai ofertar os cursos de informática básica, confecção de ovos de páscoa e a customização de sandálias e bolsas, num total de160 vagas, entre os meses de março a maio e que terá como ponto alto o dia 8 de março, com oficinas de corte de cabelo e embelezamento para aju- dar essas pessoas a se qualificarem e ajudarem a própria comunidade do bairro do Marabaixo. uperar a dor da perda de um filho para a violência do trânsito e ain- da assim pensar no próximo. Foi com essa obstinação que Rubivar Nobre criou uma Ong voltada a preve- nir novas tragédias no cotidiano das cidades. A entidade leva o nome de seu filho, Rubivar Júnior e promove uma ação no próximo dia 21 deste mês no Centro de Macapá uma campanha edu- cativa sobre os riscos de conduzir um veículo sob efeito de bebida alcoólica. A Associação Beneficente Rubivar Júnior surgiu depois que o rapaz foi morto em um acidente de trânsito ocor- rido no dia 29 de setembro de 2019 na Rua Socialismo, bairro Renascer, na zona norte de Macapá. Na ocasião, ele trafegava de bicicleta e foi atropelado por um carro conduzido por uma mulher embriagada, segundo relata Rubivar Nobre. Folia De lá para cá foram várias as ini- ciativas e ações voltadas a se evitar novas tragédias como a que vitimou seu filho – como também combater a impunidade. Ter escolhido a sexta- feira de Carnaval para a próxima cam- panha tem uma explicação, pois é quando o consumo de álcool aumenta e consequentemente os acidentes cau- sados por motoristas bêbados. “A gen- te quer apenas conscientizar para que não deixem de brincar seu Carnaval, mas que sejam responsáveis no trân- sito, pois se beber não pode dirigir, pegue carona, chame um motorista de aplicativo ou outra condução para vol- tar para casa”, apela. Resignado, o pai e dirigente da Ong diz ter hoje a consciência de que seu filho jamais irá voltar para casa, então busca nessa tristeza a força para levar adiante a mensagem da entidade. “É muito difícil a gente receber uma notí- cia de que seu filho morreu, principal- mente atropelado por uma pessoa embriagada ao volante, algo que pode- ria ter sido evitado, daí a gente buscar incessantemente conscientizar os con- dutores de veículos da nossa sociedade, seja, carro, motocicleta, como os pedes- tres também, sobre os riscos do trânsito, especialmente quando envolve o álcool, risco iminente de alguém irá se ferir ou até mesmo morrer”, completa. A ação educativa acontece na sex- ta-feira de Carnaval, dia 21, a partir de 16 horas, na esquina da Avenida FAB, com a Rua Geberal Rondon, commui- tos voluntários, recursos audiovisuais, panfletagem e até uma pessoa fantasia- da de “morte” com um banner dizendo “melhor voltar da folia de carona do que comigo”.

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