Diário do Amapá - 16 e 17/02/2020

/ / / A vacina contra o sarampo é administrada por injeção subcutânea. Não confunda com as gotinhas que são dadas para evitar a poliomieli- te (embora já exista uma versão injetável para esse problema, até mais moderna). Mas atenção: o imunizante contra o sarampo está incluído tanto na vacina tríplice viral quanto na tetraviral. E qual dar para a criança ou mesmo tomar depois de adulto? Vamos por partes. A tríplice viral (SCR) con- tém vírus vivos enfra- quecidos (atenuados, como dizem os especia- listas) de sarampo, rubéola e caxumba. Já a tetra (SCR-V) ainda possui resquícios do Varicela zoster, o inimi- go por trás da catapora e que, em adultos mais velhos, eventualmente deflagra o doloroso her- pes zóster. O Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, prevê o seguinte esque- ma gratuito de vacina- ção: • Primeira injeção, aos 12 meses de vida, com a versão tríplice viral. • A segunda dose, com 1 ano e 3 meses de ida- de, com a tetraviral. Assim, a criança recebe as duas doses necessárias para evitar o sarampo (e caxumba e rubéola), ao mesmo tem- po que se previne da catapora, que exige ape- nas uma picada. Ainda assim, há a opção de, nas clínicas privadas, tomar duas doses da tríplice viral e completar com uma vacina apenas para a catapora. Fora isso, o sistema público oferece de graça a vacinação contra sarampo para crianças, adolescentes e adultos de até 29 anos que não foram imunizados nem pegaram a doença. Nes- se caso, são duas doses com intervalo mínimo de 30 dias. Brasileiros dos 30 aos 49 anos também podem se vacinar – mas o governo oferece uma dose apenas. Se você não sabe se tomou a vacina, o ideal é receber a inje- ção. Aproveite e atualize a sua caderneta para evi- tar futuras confusões. Por outro lado, quem já teve sarampo não pre- cisa mais receber a agu- lhada. Só é importante ter certeza do diagnósti- co. Caso contrário, não há problema em, por via das dúvidas, buscar o posto de saúde.Cuidados e reações adversas. Como as vacinas trípli- ce viral e tetraviral são produzidas com vírus atenuados, pessoas com a imunidade bastante comprometida não devem tomá-la. O mes- mo vale para gestantes. Indivíduos com histó- rico de anafilaxia – uma reação alérgica grave – à vacina ou a alguns de seus componentes (ela possui traços de ovo e, em certos casos, de uma proteína do leite da vaca) demandam atenção espe- cial. Entretanto, não se trata de uma contraindi- cação absoluta. Isso porque, mesmo nessas situações, o risco de um evento adverso grave segue pequeno, especialmente diante do benefício concedido pela picada. Só que é obriga- tório conversar com o médico e, se for o caso, receber a dose em um ambiente hospitalar. Agora, é possível que, após a injeção, você ou sua criança sofram com um pouco de febre, dor de cabeça, manchas ver- melhas e coriza, por exemplo. A Sociedade Brasileira de Imuniza- ções oferece mais infor- mações sobre a vacina trí- plice viral.

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