Diário do Amapá - 18/02/2020
/ / / / azul 3>6 magenta 4>8 Randolfe relata projeto sobre robôs para influenciar nas eleições. Uso da ferramenta crimina- liza a prática epode levar a até 2 anos de prisão, além de multa. Davi, Randolfe e Clécio já confirmaram presença no desfile da Boêmios do Laguinho. Resta saber se os dois primeiros irão desfilar na mesma ala e lado a lado. “Sem ter nada a ver com isso, Clécio vai sair jogando beijos pra galera, colhendo os louros de sua aceitação na comunidade laguinhense”, apostam aliados. Na corda bamba por conta das polêmicas envolvendo seu nome, ministro da Educação AbrahamWeintraub, afir- mou que não faltam amigos para defender sua permanência no cargo. Demissãosumária ou transferência de cargo vem sendo especulada na imprensa desde dezembro Considerando seguidos ataques de Bolsonaro a estados brasileiros, Bahia maisrecentemente, WGóesé umdosvinte governadores que assinaram carta onde gestores afirmam que o presidente “não ajuda na evolução da democracia”. Decreto de Waldez Góes marca ponto facultativo de carnaval no dia 24 (segunda-feira). Na terça-feira (25) é feriado, e a volta ao trabalho será no dia 26, a partir das 14h. Foi o MP quem solicitou ao juiz da 7ª Zona Eleitoral, Almiro Deniur, cancelamento da festa de aniversário pro- movida pela deputada Alliny Serrão, em Laranjal. MP alega que programação tinha fins eleitoreiros ao distribuir 2 mil kits escolares. E o alvo seria Márcio Serrão, maridoda parlamentar, candidato à reeleiçãocomo prefeito, em outubro. Vídeo de Davi – de carnaval passado – em que ele aparece com o pai Samuel, descontraído, está sendo usado maldosa- mente pra tisnar imagem do demista. Ele classifica ato como intolerante, machista, preconceituoso e antissemita. Ex-deputadoEriclaudioAlencar, que retornouàs funções comodelegado, diz se preparar para pleitoeleitoralde 2022. Mais experiente, diz corrigir possíveis erros que o levaram a não renovar mandato. “É renascer das cinzas”, diz ele. Como o juiz Rogério Funfas precisou deixar a sessão para receber homenagem na Polícia Militar, julgamentodas representações que envolvem o deputado Zezinho Tupi- nambá passaram de segunda (17) para quarta (19). Ruben Bemerguy (Rede) movimenta mais suas redes sociais, testando popularidade e buscando viabilizar sua pré-candidatura à prefeitura de Macapá. Na interação com internautas tem se saído muito bem, diga-se de passagem. Apostandoaltoem segurança pública,WGóes participou da cerimônia de formação de 323 novos sargentos. Ato marcou 76 anos de criação da PM no Amapá. Falar nisso, JosenildoAbrantes está parece Silvio Santos [sorriso de orelha a orelha], com adesões que vem recebendo em sua pré-campanha. Além do ombro de Lucas Barreto, ele também recebeu adesão de Marcivânia Flexa. Prefeitura prorroga prazo de decreto que regulamenta transporte por aplicativo em Macapá. Vigência seria a partir de 3de março, mas, com dilatação, efeito passa a vigorar em 3 de abril. PSD, de Lucas Barreto, anuncia apoio a Josiel Alco- lumbre (DEM) em Macapá. Foi durante evento em Santana, quando Lucas também carimbou apoioà candidatura de JosenildoAbrantes (PDT) no município portuário. Governador Doria (SP) defendeu poli- cial civilque atingiucinco pessoas, numa tentativa de assalto, durante o desfile de um bloco carnavalesco na capital pau- lista, no domingo (16). Doissuspeitosforam detidose a ocor- rência está sendo acompanhado pela cor- regedoria estadual da Polícia Civil. Ao divulgar novo álbum no Amapá, de seus 44 anos de carreira, cantor Amado Batista diz que sua relação com o presidente Bolsonaro é apenas de amizade, e que campo político não é algo que ele cogite emplacar. “Torço pelo Brasil”, diz. Unifap recebeu nesta segunda (17) calouros que estarão ao longo da semana conhecendoa estrutura da universidade. Expectativa, de acordo com a coordenadora de gradua- ção, Elda Araújo, é que 1,4mil novosacadêmicos ingressem nos cursos oferecidos pela instituição. s nomes, as situações e os pedidos da mensa- gem são comuns no ciberespaço e merecem nossaanálise. Estamos lendoumanotíciafalsa (fakenews)queviralizaemsegundospelosaplicativos dos smartphones e causam um dano político incal- culável.Os compartilhamentose ascurtidasganham força quando o produtor das fake news apresenta informações aparentemente verdadeiras, numa lin- guagem fácil e destinada a um público que já tenha umaopiniãodesfavorávelemrelaçãoaospersonagens envolvidos na mentira. O fenômeno recente – que definiu2016comooanoque marcaa eradapós-ver- dade–suscitauma série deanálisessobre oambiente virtual. No entanto, vamos nos concentrar em dois pontos para a nossa reflexão: o discurso do ódio e o controle da política. Oconteúdodasnotíciasfalsasna política écarac- terizadopeloódioemrelaçãoaooutro. Significa que, majoritariamente, as fake news desprezam um dos elementos constitutivos das sociedades modernas pós-Segunda GuerraMundial, queé acapacidade de reconhecimento do outro e do diálogo. Ambas são condições para a construção de processos políticos civilizacionais que permitam concordar e discordar, oucriar consensose dissensosdentrodeumambiente de valores políticos democráticos e republicanos. Avançando na nossa análise, a negação do outro significa anossaprópria mortecomosujeitoque vive em sociedade. Como mostrou Hannah Arendt, os campos de concentração foram grandes espaços de negaçãoe debanalidadedomalorientadospeloódio. Não estamos afirmando a necessidade de concordar com o outro, mas de reconhecê-lo como um sujeitodiscursivo–mesmoque nósdiscor- demos totalmente dele.Aquiestáaessência da política com traçosdemocráticoseque nos distancia de regimes autoritários ou totalitários. Considerando o outro e o diálogo como centrais no século 21, como deve- mos proceder para controlar as notícias falsas? Arespostaé maiscomplexa doque imaginamos.Primeiro,porqueociberespaço organizadoemescalaglobaledeacessodifu- soparapartesignificativadapopulaçãomundial nãotem20anos.Issosignificaqueestamosexpe- rimentandonovidades tecnológicasdiáriasemuma velocidadedetransmissãoexponencialemque ainda não conseguimos mensurar quais serão os impactos disso nas pessoas. Vamos pensar em quantasmensa- gens recebemos, lemos na íntegra, analisamos de maneiraprofundaerespondemoscorretamentetodos os dias no Facebook, WhatsApp, Twitter, Instagram etc.Conseguimoscontabilizarenquantoestudamose trabalhamos?Semcontarasmensagensquerecebemos namadrugada.Parecequeninguémmaisdorme!Des- saforma,a qualidadedosfiltrossobreasnotíciasrece- bidas e compartilhadas é muito limitado. Osegundoponto, etalvezumdosmaiscomplexos para enfrentarmos no momento, está ligado ao fun- cionamento dos algoritmos que orientam os aplica- tivos usados e a arquitetura de funcionamento das redes. Sabemos como funcionam? Estamos cientes de como e de quem define o que aparece na nossa linhado tempodoFacebookoudoGoogle?Sabe- mos quem tem o controle? Conhecemos quais são as empresas especializadas em criar ten- dênciasa partir de notíciasfalsas?A ausência de respostas efetivas e transparentes para as poucas perguntas formuladas já demonstra queosprojetosde lei,comooPL 473/17, do senadorCiroNogueira(PP/PI),oPL6.812/17 e o PL7.604/17, do deputado Luiz Carlos Hauly(PSDB/PR),quebuscamregularocom- partilhamentodenotíciasfalsaspelosusuários, são limitados,insuficientes,ineficazeseatémes- mo perigosos. O perigo encontra-se no controle político que poderá ser realizado pelos órgãos públicos e privados semque asociedadetenha acessorealaosmecanismos e procedimentos adotados. As decisões tomadas no Brasil já demonstram o caminho do controle. Estamos em um novo período da nossa organi- zação social, que merece uma profunda análise orien- tada por valores democráticos e republicanos, pois a ficção do passado transformou-se em realidade. A combinaçãodoódioe docontrole políticodifundidos pelas notícias falsas coloca-nos na mesma condição dos personagens de George Orwell no livro 1984. Se avançarmos neste caminho, podemos terminar com um “Ministério da Verdade” – público ou pri- vado –, criado para combater as notícias falsas, mas que, na prática, retira as nossas liberdadese nosdeixa sem saber quem realmente está produzindo as fake news sobre política, previdência, o mercado de tra- balho, a educação e a saúde.
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