Diário do Amapá - 28/02/2020

/ / / / de uma vida perdulária eram pagos em seu nome, sem nunca se preocupar quanto custavam ou quem pagava as despesas. Encarnando ainda o espírito perdulário deslumbrou se com o seu maior, a criação de um Jardim do Éden par- ticular no Petit Trianon, um castelo no terreno de Ver- salhes com seu próprio bosque. Espantem se com os capri- chos requintados de Maria Antonieta: O jardim deveria ser o mais natural possível, inclusive o detalhe do mus- go plantado à mão nas árvores e nas pedras esverdeadas por um lodo criado artificialmente, Para dar o toque da vida campestre. Convocou camponesas para ordenhar as melhores vacas leiteiras do reino; até lavadeiras e faze- doras de queijo, vestidas com roupas camponesas que a própria rainha ajudava a desenhar, pastores apascentavam ovelhas com laços de seda no pescoço. Para matar a ociosidade, ficava horas observando as moças recolherem o leite em ânforas de porcelana ou colhia flores nos jardins floridos do Petit Trianon. Ali era o seu restrito mundo fechado e inacessível a qual- quer um dos mortais. Enquanto Maria Antonieta delei- tava se com seus caprichos, a França despencava para o caos, a fome grassava e a tensão social aumentava. Só os asseclas e favoritos da corte lhe interessavam. Durante o seu reina-do, não leu um só relatório de um ministro. Nem uma só vez visitou as províncias e conviveu com os parisienses ou recebeu uma delegação enviada por eles. Achava que sendo rainha o povo é que lhe devia tributar afeto. Em 1784, a rainha, se enredou num escândalo. O mais caro colar da Europa foi comprado em seu nome, e duran- te o julgamento do fraudador, a vida faustuosa da rainha tornou se pública; o povo descobriu quanto ela gastava em jóias, vestidos e baile de máscaras. Um lustro de anos depois eclodiu a Revolução Francesa. Naquele ano o povo marchou sobre Versalhes, expulsando a família real do palácio, obrigando¬-a a morar em Paris. Nem uma só vez ela saiu do palácio em Paris para ouvir o povo. Não aprendera a lição. Em 1792, o casal real foi transferido do palácio para a prisão. Declarado o fim da monarquia, Luís XVI foi julgado e guilhotinado. Enquanto aguardava a sentença, ninguém foi visitá la, nem mesmo sua própria família da Áustria, inclusive o seu irmão que agora era rei. Em outubro de 1793, genu- flexa, entregou o pescoço, à guilhotina. Lawrece escre- veu: "Os governos viam os homens apenas como massa, mas nossos homens, sendo irregulares não eram forma- ções, mas indivíduos ...” onquistar corações e mentes é uma das leis do poder que nenhum político ou governante deve despre- zar. Vejamos como o governante pode transgredir essa lei: Na segunda metade do século XVIII reinava na França Luís XV. A França aspirava mudanças. Quando o sucessor, o futuro Luís XVI , desposou a jovem imperatriz da Áustria de quinze anos, os franceses jubilam prevendo um futuro promissor. A jovem noiva Maria Antonieta, esbanjava beleza e vida. Com sua graciosidade e alegria, mudou o clima tedio- so da corte. Os franceses estavam enfatuados com a vida dominada por um faustuoso harém. da corte de Luís XV, e estavam contando os minutos para servir a nova rainha. Em 1773, Maria Antonieta. faz seu “debut” publicamente nas ruas, de Paris, o povo em festa cercou sua carruagem aplaudindo. Aí foi quando ela se revelou que não estava pre- parada para exercer o poder "Que sorte", escreveu ela para a mãe, "estar numa posição em que se ganha tanto afeto por tão pouco”. Luís XV morreu e Luís XVI em 1774 subiu ao trono. Agora a rainha entregou se ao seu irresistível prazer. Que era vestir os vestidos mais deslumbrantes e caros e portar as jóias mais valiosas do reino; oferecia um grande núme- ro de festas e bailes de más-caras. Todos esses caprichos Ex guarda da SUCAMdenuncia efeito da contami- nação pelo veneno DDT. Cairo Trindade concedeu entrevista contundente no rádio, denunciando como o Brasil demorouparaselivrardosprodutos responsáveis por encurtar a vida de quem os manipulou. Wellington Costa/Seed

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