Diário do Amapá - 29/02/2020

/ / / / asd azul 3>6 magenta 4>8 Embora contrário à mani- festaçãodo dia15 esemarredar um dedo mindinho sequer da oposição a Bolsonaro, Randolfe (Rede) tem defendido publicamente acabar com emendas impositivas. Ele postou vídeo nas redes afirmando não considerar adequado entregar a um só deputado a destinação de R$ 30 bi, mas diz que o Executivo tem que ter como gerir as verbas da União. Presidente do Senado, Davi busca consenso para que o novo marco regulatório do saneamento básico tramite com celeridade atéa aprovação, sem que seja atingidopor mudançassignificativas que possam alterar sua essência. A tarefa é, sem dúvida, desafiadora. O pacote de obras de Davi Alcolumbre prevê para este ano a reforma do Monumento Marco Zero e também do Sambódromo, na esteira do sucesso da parceria com Clécio no Carnaval. Segundo o mano Josiel, pré-candidato do DEM à PMM e seu porta-voz e suplente no Senado, 7 milhões de reais em emendas já estão disponibilizados na conta do GEA. Em meio à expectativa do funcionalismo público em relação ao teor da PEC da Reforma Administrativa que o presidente deve enviar ao Congresso, correm rumoresde que osprofessorespodem ser enquadrados como um grupo funcional de 3ª categoria e terão salários ainda mais achatados. Algumasescolasda redepública retomamasaulase iniciamnovo período letivo após o carnaval. Expectativa é que em 2020 a Educação amapaense mantenha o ritmo de recuperação depois dos anos de crise econômica e política queatingiuocenárioeducacionalemtodoopaísnosseisúltimosanos. As relações entre Bolsonaro ea imprensanunca foramamenas, mas agora parece que azedaram de vez. O tom agressivo e a linguagem áspera do presidente dificul- taram ainda mais a interlocução. Veículos como a Folha de SP e a Globo elevaram o tom da crítica eo presidente responde sempredoseumodo bastantepecu- liar. Háquatro anospartiuparao Olimpo do SambaJoséAguinaldo daSilva, o Macunaíma, vítima de câncer, deixando lacuna no car- naval da Boêmios do Laguinho. Várias homenagens foram feitas por boemistas, coirmãs e gente do samba. Merecido. Passado o carnaval, parlamentares já ele- gem como meta fazer com que o desfile das escolas volte para o Sambódromo em 2021, apesar decobrançasdapopulação paraque, ao invés do carnaval, emendas sejam destinadas pra melhorar a saúde pública no estado. Prefeiturável Marcos Roberto (PT), na busca por apoio a sua pré-candidatura, reuniu recentemente com ex-sindicalista Pery Arquilau, figura histórica da legenda trabalhista no Amapá e que andava afastado do partido e da política. Pery deve se refiliar ao partido e concorrer a uma vaga na CVM. Cabe ao STF julgar se quem se recusa a fazer o bafômetro pode ser punido com multa e perda da CNH. A recusa, atualmente, éconsiderada infraçãogravíssima, como previsto no Código Brasileiro de trânsito (CTB). Casos suspeitos no Brasil sobe de 132 para 182. E São Paulo é o estado com maior número de quadros sob investigação, com 66 pacientes. Regina Duarte diz 'sim' a Bolsonaro, assume pasta da cultura dia 4 de março, e até já encerrou relação contratual de 50 anos com a Rede Globo. Relator das emendas impositivas pelos R$ 30 bi pra serem distribuídos entre parlamentares, deputado Domingos Neto (PSD/CE), ante reação das ruas e também de parte da oposição no CN, já sinaliza por um entendimento: "O melhor caminho é o diálogo e de construir pontes. Preci- samos de bombeiros em momentos de tensões como esse", argu- menta o parlamentar cearense. Jáem Brasília, Davi Alcolumbre (DEM) tenta costurar acordo entre Planalto eCongresso para esvaziar manifestação convocada por bolonaristas. Mas, enquanto tricota nosbastidores, temevitado a imprensa, mesmo porqueacumulaposição depresidentedoCongresso Nacio- nal—logo, alémdoSenado, também representa aCâmaraFederal, até que Maia retorne da Europa. DalvaFigueiredo (PT) temanalisado o cená- rio político para assumir um posicionamento em relação às eleições municipais e osobjeti- vos do partido. Apósconversar com liderançasnacionais, a intenção agora é dialogar com o diretório municipal para que se busque o consenso a uma candidatura própria em Macapá. Ela não esconde desejo de ocupar 1ª fila, masadmiteque abremãopraMarclos Roberto em havendo consenso. Terminado o carnaval, resta o riso dos vencedores e o choro de quem perdeu. Agora, A cultural local se volta para o Ciclo do Marabaixo e a quadra junina. Noutra ponta, criam-se expectativas em torno do Amapazão e das participaçõesdeSantose Ypirangaem certamesorganizados pela CBF. Clécio e Davi, além de desfilarem por várias escolas de samba, tambémcomemoraramdividendospolíticosque o retorno dodesfiledasescolas de samba trouxepara ambos. Em 130 anos de república, o momento atual é, sem dúvida, o pior na relação entre um presidente e a imprensa. Nem a ditadura do Estado Novo Varguista e nem a ditadura militar inaugurada com o golpe de 1964, apesar da censura e dos Atos Institucionais, tiveram tanta dificuldade em lidar com a imprensa. s números sobre acidente do trabalho no Brasil são alarmantes. Dados do Observa- tório Digital de Saúde e Segurança do Tra- balho do Ministério Público do Trabalho (MPT) revelam que o país registrou cerca de 4,26 milhões de acidentes de trabalho de 2012 até o último dia 3 de agosto. Ou seja, 1 acidente a cada 48 segundos ocorre nos mais diversos setores e ambientes do trabalho brasileiros. Desse total, 15.840resultaram emmortes, ouseja,uma morte emacidenteestimada a cada 3h 38m 43s. As estatísticas revelam que sãonecessáriaspolí- ticas imediatas e maisefetivas de prevençãode aci- dente nas atividades profissionais, pois os reflexos para os cofres públicos são alarmantes. Segundo estimativas do Observatóriodo MPT, cerca de R$ 28,81 bilhões foram gastos de 2012 até agora com benefícios acidentários, que incluem auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por mote e auxílio-acidente. Significa que oInstituto Nacional do Seguro Social (INSS) gasta R$ 1,00 a cada sete milésimo de segundos com acidentes no país. Outro registro relevante é sobre o afastamento do ambiente do trabalho: são mais de 335 milhões de dias de trabalho perdidos por causa dos acidentes de trabalho no Brasil, desde 2012. Apenas no ano passado, um total de 895.770 acidentes foram registrados no Brasil. Cortes, lace- ração, ferida contusa e punctura (furo ou picada) responderam por cerca de 92 mil casos. Ainda con- tabilizam nos dados 78.499 fraturas e 67.371 con- tusões e/ou esmagamentos. O elevado número de acidentes do tra- balho no Brasil está diretamente ligado ao modelo político que o país encara a relação trabalhista. O Governo Federal já enfrentava problemas em relaçãoaos acidentes do trabalho e, agora, com a aprovação da reforma trabalhista, que vigora desde novembro doano passado, essas estatísticas devem ser mais acen- tuadas. Asmedidas da reforma contrariam inúmeras convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a nossa própria legislação, criampossibilidade de par- celamento de férias, jornada excessiva, entre outras. Por exemplo, no caso das horas extras, estudoscomprovam que inúmeros acidentesde tra- balhoacontecemna extensão da jornada detrabalho. Vale ressaltar que entre as novas regras está a liberação da terceirização para todas as atividades. Isso deixa claro que o Governo Federal fez uma opção pela economia e não pelo lado humano do trabalhador. Importante frisar que 70% dos aciden- tes, hoje, acontecem nas empresas terceirizadas, pois são as mais frágeis, com uma estrutura mais enxuta. A lei tem que proteger o fato social, que neste acaso é a saúde do trabalhador. Hoje com a tercei- rização ampla, vai crescer em escala o número de acidentes no trabalho. E as próprias empresas, que visam somente o lucro, vão sofrer prejuízos com o alto número de acidentes e afastamentos. Trata-se de uma das dezenasdasarmadilhas impostas pela reforma as empresas. Outro dado revelador é que 5,5 mil acidentes do trabalho acontecem por dia no mundo, que dá cerca de 200 milhões de acidente por ano. Ou seja, temos um Brasil dizimado por ano quando o assunto é acidente do trabalho. Esses são números relevantes, pois chancela que é uma questão universal. OBrasil ratificoumuitas convenções da OIT de proteção ao trabalhador, mas, como se vê, não aplica e nem respeita na prática. Vale ressaltar que a nossa Consti- tuição Federal é clara nas regras de proteção à saúde do empregado no ambiente do trabalho, mas a própria reforma trabalhista contraria a nossa Carta Magna. Cabe ressaltar que na história existem, em tese, dois tipos de capitalismo, além do chamado capita- lismo consciente. Temos dois tipos de empregadores. O capitalista tradicional e o capitalista industrial. O capitalista tra- dicional pensa exclusivamente no lucro a qualquer custo e não se preocupavam com os acidentes. Eles contratavammenores, pessoas sem treinamento, não faziam obras ou investimentos para a melhoria do ambiente do trabalho. Já os capitalistas industriais vieram com uma outra ideia, investiram um pouco para explorar melhor a mão de obra. O pensamento era “ vou conseguir com que as pessoas trabalhem felizes e produzam mais”.

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