Diário do Amapá - 29/02/2020

/ / / / ocê usa o Uber ou o 99POP para se locomover pela cidade? Se a resposta for sim, é preci- so ter cuidado com um golpe que, ape- sar se não ser exatamente novo, tem ganhado cada vez mais força. Moto- ristas estão burlando o GPS do aplica- tivopara deixar as corridas mais caras. Mas não para por aí: após serem puni- dos pela plataforma, osgolpistas com- pram contas falsas para continuarem pegando passageiros e ganhando dinheiro. Em uma outra modalidade, eles conseguem “furar a fila” e pegar corridasnosaeroportos commais faci- lidade. No YouTube, motoristas dos apli- cativos já postaram vídeos denuncian- do o esquema praticado por outros. Segundo os depoimentos, para tornar as corridas mais caras, os motoristas burlam o GPS do próprio aplicativo para que as viagens duremmuitomais tempo do que o necessário. O golpe é conhecido como Treme Treme e, nas redes sociais,há relatos de corridasque saíram quase quatro vezes mais caras do que o orçado pelo aplicativo. O esquema polêmico se dá de for- ma simples e só funciona se o celular do motorista forAndroid,porum recur- soqueé nativo dosmartphone e dosis- tema operacional. Apesar de poder notar que o caminho está mais longo doque ocomum, opassageironãocon- segue perceber o golpe efetivamente, uma vez que omotorista está seguindo o caminho indicado pelo GPS. Após encerrada a corrida, quando os passageiros reclamam os valores excessivos e entram em contato com as empresas, os motoristas são puni- dos. Assim, a conta do fraudador, na Uber, fica negativa e as corridas que entrarem servirão para abater a dívi- da. O jeito encontrado de burlar os descontos, é comprar contas falsas. Para isso, o motorista consegue, inclu- sive em grupos no Facebook, com- prar aparelhos celulares com o apli- cativo de motorista já logados emuma conta com dados de terceiros. Dessa forma, é possível continuar pegando e fraudando corridas. A morte da YouTuber Emily Hartridge na última sexta-feira, 12/07, reacendeu nas redes sociais a polê- mica questão da segurança das patinetes elétricas como meio de transporte alternativo. Até o momen- to, poucos casos fatais ganharam repercussão, mas especialistas alertam para os riscos da alta velocida- de e do não uso do capacete. O ortopedista do Instituto Nacional de Trauma- tologia e Ortopedia (INTO), Leonardo Rocha, lem- bra que veículos sob duas rodas, como bicicletas, motos e patinetes, deixam seus condutores mais vul- neráveis. Isso porque, diferente do carro, não há pro- teção para o caso de um impacto repentino. E, quan- doa velocidade entra na equação,uma batida pode ser fatal. Em uma explicação física, quanto maior a com- binação entre o peso e a velocidade, mais grave pode ser o acidente. E é aí que mora o perigo. Entre os veí- culos de duas rodas, a patinete é a mais vulnerável, de acordo com o médico. “A patinete conseguiu uma velocidade surpreendente. Tem casos, emmédia, que eles avisam que pode chegar a 30km/h. Essa veloci- dade é significante para causar um dano grave ao crâ- nio. Então o risco maior é o do traumatismo crania- no encefálico”, alerta. Porém, Leonardo destaca que o tipo de capacete também influencia no nível de segurança que o usuá- rio do transporte terá. "Todo mundo acha que só pro- teger a calota craniana é o suficiente. Só que também existe muito trauma facial. Quando se é arremessa- do para frente, se não tiver tempo de reação para se proteger com omembrosuperior (braço ou mão) você fica vulnerável na face”, explica. Isso significa dizer que apenas usar a proteção parcial, deixando o rosto exposto, pode não ser sufi- ciente. “Só o capacete para a calota craniana, não pro- tege completamente. Mas, pelo menos, dos danos mais graves e potencialmente letais, você está prote- gido”, explica.

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