Diário do Amapá - 29/02/2020

s importações de carne bovi- na pela China vão recuar no primeiro semestre de 2020 devido àepidemia de coronavírus,que está afetando a circulação de pessoas e o comércio em todo o mundo, disse o Rabobank em relatório divulgado nesta quinta-feira (28). A situação pode reprimir a bonan- ça verificada nas exportações de car- nes do Brasil recentemente, uma vez que frigoríficos locais estiveram entre osprincipaisbeneficiadospelademan- da adicional da China porimportações de alimentos, depois de a peste suína africana atingir a oferta de carne do país asiático desde meados de 2018. O bancoafirmouque amplosesto- ques chinesesde carne bovina conge- lada,armazenadosemmercados locais emmeioaospreparativospara oferia- do do Ano Novo Lunar, não foram consumidos em janeiro por causa do coronavírus, que levou ao fechamen- to de restaurantes no país. Alguns deles, segundo o Rabo- bank,podempermanecer fechadosaté março, já que muitas pessoas conti- nuam evitando refeições fora de casa. "Restaurantes de serviço rápido podem ser os menos impactados, enquantorestaurantes 'hotpot'e de ser- viços completos sofrerão uma queda acentuada nas vendas no primeiro semestre", disse o relatório. Citando incertezassobrese ocoro- navíruspode ser contido aindanopri- meiro trimestre,o Rabobankmencio- noua possibilidadedaindústriade res- taurantese turismocontinuarem estag- nadas até abril ou maio. "Os menores volumes de vendas significam que a demanda por carne bovinaserámaisfracado que em anos normaisno primeirosemestre",apon- tou o banco. Asexportaçõesde carne bovina do Brasil atingiram uma receita recorde de 7,5 bilhões de dólares em 2019, guiadas pela forte demanda chinesa, que representou 26,6% do volume exportado por frigoríficos locais, de acordo com dados compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Se contabilizadas as vendas para HongKong,ovolumesaltapara 45%. Minerva,JBS eMarfrigestãoentre algunsdosprincipaisexportadoresde carne bovina do Brasil. / / Índice de Confiança de Serviços (ICS) medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 1,7 ponto em fevereiro,para94,4,omenor nível desde outubro de 2019. Em médias móveis trimestrais, o índice cedeu 0,3 ponto, interrompendo a tendência ascendente iniciada em julho do ano passado. A variação negativa do ICS foi observada em 6 dos 13 seg- mentos da pesquisa, e foi determinada pela piora das expec- tativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-S) recuou 1,3 ponto, retornando ao nível de setembro de 2019 (90,2), enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) diminuiu2,0pontos, para 98,9, voltando a ficar abaixo dos 100 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços subiu pelo segundo mês consecutivo, com avanço de 0,6 ponto percentual em fevereiro, para 82,9%, o maior nível desde junho de 2016. Desconforto maior Desde outubro do ano passado, em termos de médias móveis trimestrais, tanto o Indicador de Desconforto (com- posto pela média das parcelas padronizadas demanda insufi- ciente, taxadejuroseproblemas financeiroscomo limitações à melhoria dos negócios) quanto o ISA-S mantiveram ten- dências de queda e alta, respectivamente. No entanto, em 2020 o Indicador de Desconforto voltou a crescer, acumulando ganho de 2,0 pontos nos dois primei- rosmesesdoano,eoISA-S registrouqueda de0,7ponto.Mes- mo com a taxa Selic no menor patamar histórico, 15,2% dos empresários do setor entrevistados ainda consideram a taxa de juros como uma limitação ao andamento dos negócios. “Pelo segundo mês consecutivo houve perda de confian- ça no setor de serviços devolvendo quase todos os ganhos obtidos no final de 2019, fazendo com que o índice retorne ao patamar de setembro”, diz Rodolpho Tobler, economista da FGV, em comentário no relatório.

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