Diário do Amapá - 26 e 27/07/2020

/ / azul 3>6 magenta 4>8 Com Waldez e Clécio na linha de frente, mas com Davi e bancada federal na retaguarda, pessoal da covid, aqui, apesar das dificuldades, tem feito o possível, e até o impossível, pra evi- tar que o contágio se alastre ainda mais estado adentro. Nosso respeito e reconhecimento, merecidamente. No dia de São Tiago, GEA exibe documentário em homenagem aos 243 anos da festividade. Documentário explica o ciclo da festa, dando uma visão geral de todos os passos da encenação histórica da batalha entre mouros e cristãos e do simbolismo cultural encontrado na fé do povo mazaganense ao santo guerreiro. TRE-AP inocenta Clécio de acusa- ção sobre possível fraude de inserção de pessoas no Bolsa Família em 2014. MPE eleitoral, a quem cabe acusar, reconheceu inocência do prefeito de Macapá no caso. Em tempos de pandemia, as festividades religiosas estão se reiventando e também aderindo ao formato virtual. Exemplos? São Tiago, São Cristóvão e Sant’Ana. Ruben Bemerguy (Rede) diz que ainda não conversou com ninguém, mas admite, já em voga, criação de uma frente política de esquerda em Macapá. Marco Roberto reafirma pré-candidatura petista em Macapá e, orgulhoso, convida plateia pra ouvir con- versa com a presidente Gleise, em live, segunda 27, às 7 da noite. Nas últimas 48 horas, Macapá não registrou nenhuma morte por Covid-19. E já é o 6º dia de julho que omunicípio não registra nenhum óbito, de acordo com dados divulga- dos diariamente. As datas sem mortes pela doença em MCP são dia 2, 6, 9, 21, 23 e 24 de julho, mantendo o número de óbitos na capital em 363. Com dona PF no calcanhar de Serra e Alkmin, tucanos de alta plumagem, PSDB vai 'tisnado' pra disputa eleitoral, emnovembro. Ruim proCovas, que busca reeleição em SP. Em tripé com Luiz Carlos (PSDB) e Abdon (PP), Davi se encontra com Bala, Isabel e Jory, da Frente por Santana, de onde sai um candidato à prefeitura santa- nense, em novembro. Nada contra governo botar na rua servidor público que fraudou auxílio emergencial. Mas, e os "bacanas", aqueles que sequer moram no Brasil? À boca pequena, mas já se fala, sim, numa possível candidatura de Randolfe à prefeitura, em novembro, como alternativa pra evitar ruptura política com Clécio, inevitável se por caminhos opostos em novembro. Mas, por enquanto, essas vozes que se ouve vêm dos bastidores, porque os dois [Clécio e Randolfe] ainda não chegaram a conversar sobre essa possibilidade —mas pou- co provável que vingue, pelos compromissos supostamente já assumidos, opinam entusiastas de ambos. "Nada de 2ª onda da Covid em Macapá", tranquliza Silvana Vedovelli. Mas alerta: "não podemos relaxar nos cuidados como prevenção e, além do distanciamento, das máscaras e ácool gel, temos de manter nossas casas mais arejadas", disse. Bolsonaristas das redes driblam bloqueio e seguem 'sentando a peia' no ministro Moraes (STF). Com Waldez e Davi ciceroneando, ministro Azevedo (Defesa) vistoria obras de infraestrutura a mil, estado aden- tro —maioria por conta de recursos federais, via emendas parlamentares, em Brasília. Durante entrevista no Togas e Becas, na Diário FM, Rubem não poupou elogios à gestão de Clécio na PMM. "Macapá já foi muito maltratada, mas Clécio fez um governo respeitável, embora a cidade ainda precise de muita coisa”, disse Rubem. “Estaremos juntos nessa caminhada para ganharmos as eleições e trabalharmos muito nais por Santana”, disse Davi, durante encontro em Santana. stá sendo lançado Saúde no Brasil — Provocações e Reflexões, livro da maior importância para o País. Embora reunindo textos escritos ao longo de vários anos, e José Aristodemo Pinotti, seu autor, tenha falecido há dez anos, a reação do Brasil à pandemia enfatiza a necessidade de que todos os responsáveis pela Saúde o leiam e reflitam sobre sua mensagem. Um aspecto essencial é sermos um país com sistema de atendimento universal à saúde — o único com mais de cem milhões de habi- tantes. Sem ele nem podemos imaginar a escala — já desmesurada — que teria entre nós a catástrofe da Covid-19. Os pobres sabem que sua única esperança, nessa hora, é o SUS. O SUS não nasceu com esse nome. Cha- mava-se SUDS. Fora uma sugestão cristali- zada na 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986. Fui aconselhado a não comparecer, pois seria “de esquerda” — era presidida pelo Sérgio Arouca, da Fiocruz, filiado ao PCB —, mas não só compareci, acompanhado dos ministros Rafael de Almei- da Magalhães e Roberto Santos, como deter- minei que suas conclusões fossem observa- das. Daí surgiram as normas que cria- ram os Sistemas Unificados e Des- centralizados de Saúde, implemen- tados por meio de convênios com o governo federal. Pinotti era Secretário da Saúde de São Paulo e criou Sistemas Locais de Saúde em todo o Estado. Com o conhecimento do grande médico que foi um dos heróis da saú- de pública no País — além de cons- tituinte e reitor da Unicamp — Pinotti mostra como o SUDS virou SUS na Constituição e depois de meu governo o ter implantado passou por um período de des- monte, de que nunca se recuperou. Seu livro revela alguns dos aspectos mais críticos da política brasileira de saúde pública — aliás, da ausência de uma Política de Estado de Saú- de Pública. Uma vez lembrei aqui a apropriação de minhas iniciativas, citando o conto de Erasmo Dias, O roubo dos personagens. Começa pela lei de incentivos fiscais à cultura, a Lei Sar- ney, que acabaram para recriar como Lei Rouanet. Fui eu quem, no manifesto da Bossa Nova da UDN, falou pela primeira vez em “desenvolvimento com justiça social”. Fui também pioneiro em propor cotas raciais, o programa do leite, o vale- transporte e por aí iríamos longe. Rafael de Almeida Magalhães, algum tempo antes de falecer, me escreveu uma carta lembrando o caso do SUS, a equiparação dos direitos previdenciários do traba- lhador rural ao urbano, o benefício de prestação continuada — renda mensal vitalícia a idosos, incapacitados e deficientes, que é dada 4,8 milhões de pessoas e no valor de 29 bilhões. E lembro ainda a lei de distribuição gratuita do coquetel contra a AIDS, levada pela ONU a vários paí- ses por todo o mundo. O Dr. Dráuzio Varella diz que o SUS é “a maior revolução da história da medicina bra- sileira” e que “sem o SUS é a barbárie”. É com a autoridade de seu criador que fico chocado com a notícia de que a taxa de cura da Covid é 50% maior na rede privada. É um indicador da desigualdade social incompatível com o espírito que criou o SUS e com os próprios princípios básicos do Estado brasileiro. Salvemos o SUS! ODr. Pinotti dá o caminho. Em discussão com Randolfe, urbanitários calculam que pelo menos 300 funcionários da Eletronorte, no país, estão no caderninho de demissão da estatal até final do ano. E desses, 35 do Amapá, ou seja, 25% do quadro fun- cional da empresa aqui.

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