Diário do Amapá - 03/06/2020

LUIZ MELO Diretor Superintendente ZIULANAMELO Diretora de Jornalismo Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o debate dos problemas amapaenses e do país. O Diário do Amapá busca levantar e fomentar debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional. ZIULANAMELO Editora Chefe MÁRLIO MELO Diretor Administrativo DIÁRIO DE COMUNICAÇÕES LTDA. C.N.P.J: 02.401.125/0001-59 Administração, Redação e Publicidade Avenida Coriolano Jucá, 456 - Centro CEP 68900-101 Macapá (AP) www.diariodoamapa.com.br ulcão permeava nossas vidas. Erupções em demasia construíam nossos dias. Nosso mar já naquela época sofria con- seqüência do clima na adolescência. Meu mun- do enlouquecido pelos tormentos interior nave- gava estupidamente em mar agitado. Não tínhamos logísticas de nossos sonhos e por isto se colocava num lugar inatingível. Caminhava só com impulsão e fora do trilho. Não imaginava a chegada ao porto, apenas acreditava que agitações das ondas nos leva- riam onde o destino resolvesse desembocar. Hoje somos escravos do planejamento. Erguemos nossos sonhos dentro da clareza solar. Os objetivos de adolescentes não foram abandonados, apenas amarrados firmemente na maturidade.Aumentamos até a distancia de nossos horizontes, porém repartimos as tarefas e dividindo os passos numa maratona possível. Hoje tirarmos da garrafa o peso que afun- dava nossos sonhos. Ela a garrafa caminha sua- vemente sobre a mais intensa tempesta- de. Compreendemos que o mundo tem sua lógica, porém ela não é só racio- nal, e que o sonho de uma convivên- cia mais harmoniosa pode ser reali- dade. Derrubar barreiras que alicerça a evolução humana é tarefas daque- les que acredita que os habitat natu- rais dos sonhos coletivos possíveis são a realidade. Serenidade na maturidade não que dizer alienação e sim uma maneira inte- ligente de sobreviver nas mais intensas ondas que o mar da vida fabrica. Serenidade na maturidade é proteger nossos sonhos da dissipação, erguendo tapumes vita- lícios capaz de nos levarmos a realidade com sabedoria. Serenidade na maturidade é ainda entrar em alto mar, porém agora mais fortes do que as ondas gigantesca. Serenidade na maturidade não é dimi- nuir o potencial de nosso arco de ado- lescente, porém treinar bem mais e só ter certeza de lançar a fecha quando o alvo for possível de ser atingido.Acre- ditar mais na competência do que na sorte. Serenidade na maturidade é acre- ditar que os sonhos não são cegos e são traçados pelos nossos instintos, porém captáveis pelos nossos sacrifí- cios. Serenidade na maturidade é recomeçar novas bases de nossos novos sonhos, porém na certeza que o empreendimento deve ser despren- dimento nosso para com a humanidade. Serenidade na maturidade é erguer barreiras de concretos, protegendo aquele sonho de ado- lescência que impregnou em nossa caverna inti- ma e de velho hoje, ainda tem a vitalidade de um medalhista de um atleta de olimpíadas. s desafiospara a sociedade brasileira, para a economiamundial e, em espe- cial para a indústria, são muitos. No entanto, temos que nos reinventar para enfrentar essa fase que se instala com a dis- seminação da pandemia da Covid-19. E a indústria 4.0 é um dos caminhos para aden- trar nesse estágio do ‘novo normal da indús- tria’ainda mais fortalecida. Dados apontam a quarta revolução industrial como uma oportunidade para o País. Aindústria repre- senta hoje menosde 10%do Produto Interno Brasileiro (PIB) e o Brasil ocupa a 69º posi- ção no Índice Global de Inovação. Ou seja, temos ummundo exponencial para avançar e ganhar espaços cada vez maiores. Um primeiro e importante olhar é enten- der como definir a quarta revolução indus- trial. Há vários conceitos considerados como Internet das Coisas (IoT), robótica, simula- ção, segurança cibernética, manufatura adi- tiva, realidade aumentada, machine learning, cloud, virtualização, interfaces digitais, big data, ciência de dados, tecnologias integra- das, enfim, há um espectro de conceitos tec- nológicos muito amplo. Na minha opinião, o grande erro é ter a visão de que até então a quarta revolução industrial era uma revolução tecnológica. Não vivemos uma revolução tecnológica, vivemos sim uma revolução de modelo de negócios. As tecnologias, emergentes ou não, são importantes nesse momento, ou melhor, fundamentais. Mas não devemos pensar em tecnologia por tecnologia. E um dos fatores que comprova isso é a ameaça chinesa que vivíamos em 2011, data simbólica do início desse movimen- to, quando aAlemanha estabeleceu a indústria 4.0 como meta de suas unidades produtivas, durante a fei- ra de Hannover daquele ano.Mas a motivação desse objetivo nunca foi “apenas” aplicar tecnologias emergentes e integração de toda cadeia de valor, mas, principalmen- te, atingir altos níveis de excelência operacional, propiciando um maior nível de competitividade frente à ameaça oriental. Os líderes digitais precisam se atentar de que a tecnologia deve ser aplicada, porém de uma forma bem estruturada para atingir os níveis operacionais tão almejados em um determinado processo produtivo. Nos últimos cinco anos, percebemos que com um trabalho assertivo nas plantasindus- triais é possível auxiliá-las a alcançar o obje- tivo da quarta revolução, aumentando o nível de excelência a partir de melhores decisões operacionais, através de uma jornada evo- lutiva de maturidade analítica: descritiva (reportar), analítica (analisar e monitorar), automática (automatizar), preditiva (prever e predição inteligente) até chegar no nível de prescrição (antecipar e atuar). Com isso, atingimos o nível máximo de maturidade data-driven, atacando diretamente os KPIs de negócios impactados pela flexibilidade, confiabilidade e eficiência operacional. Éimportante estudar o processo de toma- da de decisão e as dores que impedem a transformação para esse modelo data-driven. Como criar essa cultura e alcançar osresultados esperados? Na primeira fase, normalmente esbarramos na qualidade de dados, gaps, lacunas, e este é o ponto nevrálgico para atuar com uma abordagem que estimula o pensa- mento coletivo, trazendo as pessoas para o centro, com interações cons- tantes nos processos de criação, de for- ma incremental evolutiva, para, então, desenhar e implementar a melhor tecno- logia, com o melhor custo-benefício-risco. Assim, é possível trazer uma solução tecno- lógica para base da pirâmide, a fim de usá-la da forma mais adequada. E claro, explorar os dados que serão gerados na sequência. Conseguiremos resultados para o negócio quando conseguirmos explorar em sua tota- lidade a correlação dos dados vitais e transa- cionais estruturados e organizados em uma camada única (data-lake), sobre a qual os algoritmos de inteligência artificial, deep lea- ning, machine learning e soft-sensor, auxiliam ou até influenciam diretamente nas decisões operacionais. Conseguimos resultados em algumas unidades industriais através dessa aborda- gem. Predições de falhas, de peso de maté- ria-prima, do teor de sílica, detecção de vazamento em processos de mineração e predição de alarmes críticos são alguns exemplos. Acreditamos nesse caminho como o “novo normal” da indústria 4.0.

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