Diário do Amapá - 13/06/2020

LUIZ MELO Diretor Superintendente ZIULANAMELO Diretora de Jornalismo Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o debate dos problemas amapaenses e do país. O Diário do Amapá busca levantar e fomentar debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional. ZIULANAMELO Editora Chefe MÁRLIO MELO Diretor Administrativo DIÁRIO DE COMUNICAÇÕES LTDA. C.N.P.J: 02.401.125/0001-59 Administração, Redação e Publicidade Avenida Coriolano Jucá, 456 - Centro CEP 68900-101 Macapá (AP) www.diariodoamapa.com.br situação realmente é complicada, muitos profissionais estão vendo os seus ganhos caíremvertiginosamente ejá seencontram desesperados com a situação, sem saber o que fazer. Bom, é hora de uma operação de guerra, mas nadade desespero.Mas,setemqueter emmente que é um momento excepcional e para isso as decisõesnãopodem serasmesmasque tomamos em outros períodos. Lembrando que até mesmo deixar de pagar algumascontaspode sera soluçãonessemomen- to. Muitas contas podem ser postergadas, como está acontecendo em relação de água e energia, outras devem ser repensadas e renegociadas, como pode ocorrer no caso de aluguéis. Gastos como TV a Cabo, streaming, dentre outros devem ser eliminados,excessos também. Éo momentoderever nossa vida totalmente,por mais que seja por apenas um período. É preciso comprarapenaso estritamente necessário, nunca foi tão importante evitar desperdícios. Repensar costumes e vícios. Tenha a certeza de que com planejamento e organização, é possível se adequar. Uma impor- tanteorientaçãoéque,por maisquepossa parecer difícil, tudo vai passar. Veja algumas ações que podem ser tomadas no meio dessa crise: • Éfundamental nessemomentoreunira famí- lia, abrir a realidade e pensar em ações conjuntas de redução; • Este é o momentode focarna ali- mentação, básica sem luxos e supér- fluos, opte pelos produtos básicos, com custosmenoreseesqueça marcas e outras questões que possam elevar o preço; • Caso tenha,é fundamentalproteger areserva financeira,épreciso terdinheiro, ele vale muito mais meses momentos; • Avalie a possibilidade de postergar o paga- mento de energia, água e gás, em muitos casos esses não serão cortados em função da crise; • Busque suspender pacotes TVs a cabo e reduzir tambémospacotesde telefone e Internet, lembrando que é fundamental buscar por redu- çãosem corte,mas lembrandoque pode precisar de ferramentas para trabalho ou procura de ser- viços; • Não comprar roupas e acessórios qualquer nesse momento, valorize o que já se tem; • Buscar por atividades que não envolvam custos, ao estar em casa pode buscar principal- mente a capacitação; • Em casos de dívidas, analisar individual- mente e, se possível, suspender o pagamento ou renegociar as prestações, nada de gastar o pouco de reservafinanceiraque possater; • Exercite o desapego, busque por produtos em casa que possam ser ven- didosearrecadar algumdinheiro,mes- moqueseja valor baixo(use ambientes de venda online); • Busquepeloaprimoramentode sua atividade fim ou em um nova que esteja estudando atuar; • Faça sua inscrição em planos de desem- pregados, ou rendas baixas, o governo está com situação de adesões emergenciais; • Se for informal ou tiver MEI ou pequena ou micro empresa, buscar linhasapoio que ogoverno está oferecendo, • Se tiver cartão de crédito e faturas que não tenha como saldar ou que vão comprometer seu caixa e sua reserva, o melhor a fazer é ligar para o credor e dizer "devo, não nego, mas não posso pagar agora"; • Caso necessite fazer empréstimos, evite a quaisquer custos linhas como cheque especial e cartão de crédito que possuem juros exorbitantes; • Buscarporumapossibilidadede rendamesmo estandodentro de suacasa,a horaé deserhumilde e buscar formas de ter alguma renda extra. medoé um sentimentocomum a todosos sereshumanos.Em condiçõesnormais,o medopermitequeaspessoas identifiquem situaçõesde perigoepermitetambémqueos indi- víduosse adaptem àsmaisvariadascircunstâncias do cotidiano, por exemplo. Em decorrência da pandemia e da quarentena, as pessoas estão dis- tantes das suas respectivas rotinas habituais e, consequentemente,expostasanovosmedos.Essa nova realidade acabou por desregular o alarme interno dos indivíduos para situações de risco. Em razão disso, não raro, um complexo estado de ansiedadetomaconta do cotidiano.Hojecon- versamossobre comopodemos ajustar asengre- nagens da nossa mente e sobre como podemos amenizar a tensão do cotidiano. São váriososmedosque,em excesso,podem fazer comque oserhumanodesenvolva um qua- dro de ansiedade.Apandemia potencializou nos indivíduos o medo de adoecer, o medo de que um parente ou amigo adoeça e o medo de que nãoseja possívelcumpriroscompromissosfinan- ceiros, por exemplo. Segundoo psicólogoThomasBerkovec,para nãoceder osmales, impostospelaspreocupações excessivas do cotidiano, causadoras de ansiedade, o primeiro passo é o autoco- nhecimento.Conforme estudos dopsi- cólogoThomasBerkovec,por meioda prática diária do autoconhecimento, as pessoas podem aprender a identi- ficar, em si, indícios de um quadro de ansiedade. Ademais, o referido cien- tista cita, como segundo passo para controlar aansiedade,a necessidadede assumirmos uma postura crítica diante das armadilhas, impostas pelos medos excessivos. Diariamente,somosbombardeadoscomnotí- cias alarmistas e catastróficas. Às vezes, parece que há uma competição para descobrir quem melhorconsegueaterrorizarapopulaçãobrasileira. Emdecorrênciadisso,osníveisdeansiedadeatin- gem índices preocupantes. Leitor (a), se tu estás, frequentemente, sentindo tensão muscular e irri- tabilidade,por exemplo, “semmotivo aparente”, pode ser que tu estejas sendo acometido (a) por umquadrodeansiedade.Setu tenscondiçãofinan- ceira, sugiroque procuresajudade um (a)profis- sional da saúde mental.Faço talsugestão,porque, segundo a psiquiatra Ana Beatriz Silva, a ansie- dadeexcessivarepresentaumdosprincipais fatoresdebilitantesparaa saúdemental da população.Assim comoopsicólogoTho- masBerkovec,a psiquiatraAnaBeatriz Silva recomenda o autoconhecimento e o autocuidado, como uma forma de transformar as experiências de medo e de ansiedade em um processo de rees- truturação interior. Os quadros de ansiedade, portanto, ocorremquando osmedos, impostos pelo cotidiano, atravessam a fronteira da norma- lidade. Para complicar ainda mais a situação, infelizmente, não faltam pessoas tentandoescra- vizar umas as outras pelo medo. Em razão disso, precisamosprotegera nossasaúde mental.Quando reservamosumtempoparanósmesmos,por exem- plo, damos a nós uma oportunidade de perceber quais dosnossosmedosfazem sentidoe quais dos nossosmedosnão tem razãopara existir.Ademais, para preservar a nossa saúde mental,faz-se neces- sárioque fujamos,semprequepossível,dasnotícias alarmistase catastróficas.Issoporquenãopodemos entregar a nossa paz de espírito nas mãos de indi- víduos mal intencionados que “talvez” estejam querendo nos controlar pelo medo

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