Diário do Amapá - 07/03/2020

/ / / / eram os escravos. Nascia como propriedade do pai, que lhe arranjava o casamento, como se fosse um negócio de troca comercial, pas- sando ser propriedade do marido, que espe- rava que a esposa fosse uma boa dona de casa, boa parideira e mãe; não precisava ter uma boa cultura e ser letrada, para que a mes- ma não contestasse a condição de submissão exigida por ele. Era tão degradante a história da mulher no Brasil, que ainda hoje é considerada uma das grandes conquistas femininas da história do Brasil, o direito de votar e ser votada, pois até 1932 era prerrogativa apenas dos homens. Como heroína desta conquista des- taca-se Carlota Queiroz a primeira parla- mentar eleita em 1935. Quem é esse ser visto de maneira diferente pela sociedade dominante machista? Se no trânsito dirige melhor do que o homem. No lar administra melhor a casa. Escuta melhor os filhos no lar. No trabalho é mais produti- va, diligente e rende mais. Vive mais do que o homem. Enfrenta dupla jornada de trabalho parecendo não saber o que é cansaço. Que a história da humanidade deixe de ser escrita sob a ótica masculina e pela clas- se hegemônica, refletindo apenas sobre a figura do homem, como sujeito do Universo esquecendo-se dos feitos marcantes das mulheres, que também fizeram a história. A deusa Atena da mitologia grega, deusa as sabedoria e das artes, teve o Parthenon construído com esmero arquitetônico exclu- sivamente para ela. Sem destronizá-la porque Atena é tam- bém mulher, mas que o Parthenon da histó- ria seja ocupado por todas as mulheres. dia da Mulher, 8 de março é festejado desde o início do século XX. A efemé- ride tem suas raízes nas manifestações das mulheres por melhores condições sociais, como trabalho digno, salário justo e direito de voto. O objetivo dessa data é, não só lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, mas também refletir sobre as dis- criminações e a violência perpetrada contra esse ser humano, pelo simples fato de ser mulher. A mulher brasileira tem levantado a sua bandeira de emancipação ao longo da histó- ria, para conseguir seu espaço, mesmo viven- do numa sociedade repressora, preconceituo- sa e discriminadora. No período de colônia, a mulher era reco- nhecida como uma propriedade, assim como Circulou nas redes sociais ontem a informação de que o Amapá poderia ter seu primeirocaso suspeito de cornavírus, em um paciente que deu entrada no Hospi- tal de Emergênca. Mas, felizmente, as autoridades da saúde pública não confirmam o caso. Após a realização de todos os procedimentos con- tidos no Plano de Contingência em andamento, o paciente avaliado no HE nãoapresentoucaracterísticas clínicas definidas como identificação da doença. Marcelo Loureiro/Secom

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