Diário do Amapá - 11/03/2020

ela sexta semana consecu- tiva, os economistas do mercado financeiro redu- ziram a estimativa de inflação para 2020. De acordo com o rela- tório de mercado divulgado pelo Banco Central (BC), conhecido como “Focus”, a previsão de inflação para este ano caiu de 3,40% para 3,25%. Os dados constam de um levantamento feito na semana passada com mais de 100 insti- tuições financeiras. A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abai- xo da meta central, de 4%. O intervalo de tolerância do siste- ma de metas varia de 2,5% a 5,5%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacio- nal (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Na semana passada o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís- tica (IBGE) divulgou que o Índi- ce Nacional de Preços ao Consu- midor Amplo (IPCA) ficou em 0,21% em janeiro. A taxa foi a menor para o mês desde o início do Plano Real, em julho de 1994. Para 2021, o mercado finan- ceiro manteve a estimativa de inflação em 3,75%. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%. setor industrial brasilei- ro enfrenta um paradoxo. Num país com 11,6 milhões de desempregados, metade das fábricas do país diz ter dificuldade para encontrar mão de obra qualificada. Os dados integram um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nes- ta terça-feira (11). Em 2011 e 2013, quando um levantamento similar foi reali- zado, 66% das empresas do setor industrial reclamavam de falta de trabalhadores qualifi- cados. "O dado da falta de mão de obra chama muito a atenção com esse nível de desemprego e com uma indústria patinando que não encontra um caminho de crescimento", afirma o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Rena- to da Fonseca. A redução na fatia das fábri- cas que diz não encontrar mão de obra qualificada de 2011 para cá é explicada pela crise econômica, segundo a CNI. Com a recessão em 2015 e 2016 e a lenta da economia nos anos seguintes, muitas indústrias reduziram o quadro de funcio- nários e deixaram de contratar. A pesquisa da CNI ainda apontou que as empresas têm dificuldade em encontrar mão de qualificada em todos os níveis, mas nos cargos de pro- dução essa é barreira é maior. Pelo levantamento, 96% das empresas reportaram dificulda- de em contratar operadores qua- lificados, e 90% disseram que o maior desafio está em encon- trar técnicos capacitados. / / balança comercial registrou superávit de US$ 1,160 bilhão no início de fevereiro, até domingo (9), informou o Minis- tério da Economia nesta segunda- feira (10). O superávit acontece quando as exportações superam as importa- ções. Quando ocorre o contrário, é registrado déficit comercial. Na primeira semana deste mês, as exportações somaram US$ 4,656 bilhões, valor 18,3% maior do que o registrado no mesmo período de fevereiro do ano passado. Já as importações totalizaram US$ 3,495 bilhões, com alta de 10,8% na mes- ma comparação. De acordo com o governo, hou- ve aumento, neste mês, nas expor- tações de manufaturados (12,1%), de semimanufaturados (32,8%) e de produtos básicos (19,4%). Nas importações, cresceram os gastos com farmacêuticos (+39,8%), plásticos (+15,8%), equipamentos mecânicos (+11,7%), combustíveis e lubrificantes (+7%) e equipamen- tos eletroeletrônicos (+6,1%), entre outros. Acumulado de 2020 No acumulado deste ano, até 9 de fevereiro, porém, a balança comercial registrou déficit de US$ 575 milhões, informou o Ministé- rio da Economia. Em 2019, neste mesmo período, houve superávit de US$ 2,068 bilhões. De acordo com o governo, no acumulado deste ano, as exporta- ções somaram US$ 19,096 bilhões (queda de 14,7% na comparação com o mesmo período do ano pas- sado). A média diária foi de US$ 707 milhões. As importações somaram US$ 19,670 bilhões, recuo de 1,4% em relação ao mesmo período de 2019. A média diária foi de US$ 728 milhões. Ano de 2019 e projeções No ano passado, a balança comercial registrou superávit de US$ 46,6 bilhões. Com isso, o sal- do positivo, assegurado principal- mente pela exportação de produtos básicos, ficou 19,6% abaixo do de 2018. A expectativa do mercado finan- ceiro para este ano é de nova queda do saldo comercial. Segundo pes- quisa realizada pelo Banco Central na semana passada, a previsão para 2020 é de um saldo positivo de US$ 36,4 bilhões nas transações comer- ciais do país com o exterior. ano começou forte no mercado de capitais. Em janeiro, as companhias brasileiras captaram R$ 14,8 bilhões no mercado doméstico, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Finan- ceiro e de Capitais (Anbima). No exterior, as empresas emitiram US$ 5,7 bilhões — ou R$ 23,7 bilhões — no primeiro mês do ano. Segundo a Anbima, o acesso ao mercado de capitais internacional pelos grupos do país aumentou em 653,3% na comparação com janeiro de 2019, quando foram cap- tados apenas US$ 750 milhões. Foram seis operações de dívida no primeiro mês e nenhuma emissão de ações. No mercado doméstico, as debêntures responderam por 43,2% do volume, com R$ 6,4 bilhões. O montante representa o arrecadado em 25 operações. As ofertas vinculadas ao setor imobiliário atingiram 26,3% do total de emissões. Os fundos imobiliários alcan- çaram R$ 2 bilhões, ou 13,4% de novas emissões, e os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) atraíram quase o mesmo volume, com R$ 1,9 bilhão, que repre- senta 12,9% do volume total emitido em janeiro. produção da indústria brasileira recuou em 7 de 15 locais pesquisados em 2019, segundo dados divul- gados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasilei- ro de Geografia e Estatística (IBGE). As quedas mais intensas foram nas indústrias do Espí- rito Santo (-15,7%) e Minas Gerais (-5,6%). Região Nor- deste (-3,1%), Bahia (-2,9%), Mato Grosso (-2,6%), Per- nambuco (-2,2%) e Pará (-1,3%) registraram as demais taxas negativas. Desde 2016, quando apenas o Pará encerrou o ano com a indústria operando no campo positivo, não se observa- va quedas tão disseminadas entre as regiões pesquisadas, segundo o IBGE. “O resultado negativo emMinas decorre da menor pro- dução do minério de ferro, logo após rompimento da bar- ragem de Brumadinho. Já a indústria capixaba foi influen- ciada pela situação em Minas e também pela menor pro- dução de óleos brutos de petróleo e gás natural, e pela que- da no setor de celulose, mercado que anda saturado”, dis- se o analista da pesquisa, Bernardo Monteiro. Já as maiores altas em 2019 foram no Paraná (5,7%), Amazonas (4,0%) e Goiás (2,9%). Rio Grande do Sul (2,6%), Rio de Janeiro (2,3%), Santa Catarina (2,2%), Ceará (1,6%) e São Paulo (0,2%) tambémmostraram taxas positivas no acumulado no ano. Na média geral do país, a produção industrial recuou 1,1% em 2019,depois de 2 anos seguidosde expansão, con- forme divulgado anteriormente pelo IBGE. A queda no ano passado foi puxada principalmente pela indústria extra- tiva, que registrou um tombo de 9,7%, pressionada pelos itens de minério de ferro. Veja o resultado de cada uma das regiões: Amazonas: 4% Pará: -1,3% Região Nordeste: -3,1% Ceará: 1,6% Pernambuco: -2,2% Bahia: -2,9% Minas Gerais: -5,6% Espírito Santo: -15,7% Rio de Janeiro: 2,3% São Paulo: 0,2% Paraná: 5,7% Santa Catarina: 2,2% Rio Grande do Sul: 2,6% Mato Grosso: -2,6% Goiás: 2,9%

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