Diário do Amapá - 19 e 20/03/2020

procuradora-geral de Justiça, Ivana Cei, e os promotores de Justiça que atuam na área da saú- de emMacapá, Santana, Laranjal e Vitó- ria do Jari, reuniram na tarde de segun- da-feira (16), com o secretário de Estado da Infraestrutura (Seinf), Alcir Matos, e representantes da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) para cobrar informa- çõessobre a execução das obras da saúde que estão paralisadas, inacabadas ou em projetos não executados. No encontro, realizado na Procuradoria-Geral de Jus- tiça, foram tratadas as paralisações de obras de reforma, adaptação e ampliação de Hospitais emMacapá e Santana, Uni- dade Mista de Saúde de Vitória do Jari, além do projeto para ampliação do Hos- pital de Laranjal do Jari. A PGJsolicitou que os representantes do Governo do Amapá informassem o por quê da paralisação das obras, princi- palmente na capital e nos municípios cita- dos, iniciando pela situação de Santana. Alcir Matos informou que as obras, que dependem de recursos do BNDES para serem executadas,seusprojetos tive- ram que passar por readequação por exi- gência da instituição financeira, como o caso do Hospital Estadual de Santana. “Avançamos na área de projetos. Con- tratamos um escritório de arquitetura e osprojetos foram elaborados e entregues em janeiro. Fizemos um projeto global, de um hospital completo em Santana, antes era por bloco. Estamos aguardando a aprovação do Banco, que está nos estu- dos iniciais de análise, e nós precisamos desses recursos para realizar as obras”, informou o secretário da Seinf. coordenador da Vigilância Epidemiológica do Ama- pá, Dorinaldo Malafaia, confirmou ao programa LuizMe- loEntrevista (Diário FM 90,9) que o Ministério da Saúde (MS) não fez a busca das amostras de pacientes suspeitos do Amapá para exame no Instituto Evandro Chagas, em Belém, que é o órgão de referência mais próximo, den- tre os quatro existentes no país. Ele disse que o protocolo estabe- lecido pelo próprio MS prevê que a responsabilidade do transporte desse material é do governo fede- ral, que não o fez ainda. Diante da repercussão negati- va da notícia, de que os exames de pessoas suspeitas do Amapá ainda não tinham sido analisados, o Ministério manifestou-se dizen- do que faz o transporte suplemen- tar e que os estados poderão rea- lizar também o transporte das amostras. “Se tem uma coisa boa em meio a essa polêmica toda foi essa nota, que contradiz o a norma maior hierarquicamente, mas ago- ra o governador já autorizou a contratação emergencial desse transporte, já que o Ministério da Saúde estabelecia um bloqueio anteriormente”, disse ele. Idosos O coordenador lembrou que a cada ano a pessoa vai perdendo imunidade, processo que se ace- lera a partir dos 40 anos de idade, exigindo um cuidado maior.“Mas não basta ser apenas idoso, pois a preocupação é com idosos com alguma doença de base, como hipertensão ou diabetes, que aca- bam agravando o chamado grupo de risco”, disse. Dorinaldo disse também ser importante – embora doloroso – mante a recomendação de isola- mento entre crianças e os idosos da família. Amedida, diz, em paí- ses que apresentam os melhores resultados no enfrentamento da epidemia foi a partir da adoção de medidas drásticas como não aglomerar pessoas, manter dis- tância mínima de 1,5 metro, den- tre outras. Ele explicou que a medida se justiça devido a possibilidade das gotículas que ficam em suspensão no ar quando uma pessoa fala, e se for alguém contaminado, cer- tamente passará para quem estiver próximo. Itália O coordenador também elo- giou a postura do ministro da saú- de do Brasil, Luiz HenriqueMan- detta, que é médico, que tem ado- tado um discurso bastante técnico e franco a respeito do problema. Para Dorinaldo, a pior coisa numa hora dessa seria politizar a condução do estado de emer- gência. “Na Itália houve muita confusão entre as autoridades no começo da epidemia e hoje se formos analisar a curva epide- miológica do Brasil, se asseme- lha muito ao que ocorreu na Itá- lia no começo também”, alertou o especialista.

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