Diário do Amapá - 31/03/2020

asd azul 3>6 magenta 4>8 “Por favor, não sigam orientações do presidente da República”, disse o gover- nador Doria (SP) sobre o coro- navírus. O pastor Silas Malafaia (Assembleia de Deus), sempre afeito a polêmicas, resolveu comprar a briga de Bolsonaro em relaçãoàs restrições impostaspeloEstadode Calamidade e pelo isolamento social. Em vídeoaos seguidores, opastor disse que ocaos social é mais nocivo e letal do que o covid-19. Será? Até sábado (28), as autoridades de saúde da Guiana Francesa anunciaram a confirmação de 37 casos positivos para o covid-19. Há cerca de uma semana a fronteira do Brasil com odepartamento ultramarino francês naAmérica do Sul foi fechada, depois que os primeiros casos da doença foram diagnosticados no ado francês. OMS atualizoupara4.579númerode casosconfirmados do novo coronavírus no Brasil e o registro de 159 mortes pela doença. No domingo, eram 4.256 casos e 136 óbitos. Um dos motores do barco que recolhe o lixo no Rio Oiapoque, na fronteira com a Guiana Francesa, foi furtado na quinta (26). Feito o registro policial não se tem ainda informações sobre suspeitos. A Comissão de Relações Exteriores (CRE) da Alap, presidida por Cristina Almeida, está acompanhando o caso. Hospitais, clínicas e laboratórios devem informar aos municípios sobre atendimento de casos suspeitos do novo Coronavírus —para que sistema siga dando omelhor de si, ao fim e ao cabo. Governadores, Amapá no meio, se dizem indignados e prometem reagir a eventual decreto de Bolsonaro, que segue invisível, apesar da urgência, urgentíssima do momento. Amapá deve receber 46médicos doprograma dogover- no federal para seis municípios, sendo 33 para Macapá. Porque, explicou Doria, pela evolução dos casos em SP, lockdown (termo usado para situações de paralisação total ouparcialdodeslocamento de pessoase, conseqüentemente, da economia) não deve ser necessário. Até agora o governo doAmapá já disponibilizou R$ 14 mi para ações de combate aocoronavírus, mas recebeu ape- nas R$ 1,6 milhão (2 reais per capita) do governo federal. O resto prometido ainda não saiu do papel. A Semana Santa é o principal evento do cristianismo em todo o mundo e reúne multidõesnosdias que lembram a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Este ano, de acordo com oVaticano, de forma inédita e imprevista, os fiéis ficarão em casa devido à pandemia de covid-19. Mas a fé permanece. Uma manifestação contra o isolamento social e as reco- mendações da OMS, no combate ao covid-19, foi desmo- bilizada pela Polícia Militar. Marcada para o sábado (28) e convocada pelas redes sociais, a manifestação previa aglomeração de pessoas com risco de contaminação pelo coronavírus. A taxa de letalidade passou de 3,2% para 3,5% —na prática, pode ser menor, uma vezque uma grande quantidade de infectados ainda não foi testada. NoAmapá, a contaminação pelocoronavírus chega fase de pico no mês de abril. Até aqui, o estado contabilizou 8 casos confirmados, 311 suspeitos e 229 descartados. Dos casos suspeitos, 269 são de Macapá e 23 de Santana, que são respectivamente os municípios mais populosos. Nodomingo (29), exatamente ummês após o naufrágio que sofreu e resultou em mais de 30 mortos e 51 sobrevi- ventes, o navio Karoline 3 foi retirado do fundo do Rio Amazonas. A embarcação estava a 12 metros de profundidade e a mais de 400 metros da margem mais próxima. Depois do presidente do TJAP, João Guilherme Lages ter atestado positivo para ocovid-19, o desembargador Car- losTork, o juiz Paulo Madeira e os servidores JoãoTrajano, Suely Calandrini e Renivaldo Moraes estão entre os casos suspeitos e sob internação. Familiares e colegas de trabalho estão sob monitoramento. or conta da crise mundial causada pelo novo coronavírus,70% das indústrias bra- sileirasdo setor eletroeletrônico enfrentam problemas para manter a produção. O principal problema, aponta levantamento daAssociação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee),é a falta de materiais, com- ponentes e insumos que eram importados da China.Osfabricantesde produtos de Tecnologia da Informação,como celularese computadores, são os mais afetados. “No total, 80% de tudo que é importado de componente eletrônico vem do continente asiá- tico, o que demonstra uma grande vulnerabili- dade. Não é o setor eletroeletrônico que tem essa situação, mas é uma coisa que nos faz pen- sar muito seriamente em diminuir essa vulne- rabilidade”,relata opresidente daAbinee,Hum- berto Barbato. Como a atividade industrial do país asiático também diminuiu, o reflexo aqui foi imediato. Segundo a pesquisa da Abinee, das 50 compa- nhiasouvidas, três já trabalham com paralisação parcial das fábricas. Nos próximos dias, outras sete têm paralisações programadas. Se informações preliminares estimam fatu- ramento da indústria eletroeletrônica de R$ 154 bilhões em2019, os prejuízospara este ano, até o momento, ainda não são conhecidos. Segundo aAbinee, a prioridade agora é cuidar e manter o emprego de 235 mil funcionários que prestam serviço ao setor no país. A apreensão diante dos impactos econômicos, ao menos, serviu para mostrar que é possível ser menos dependente dos produtos chineses. Para isso, a instalação de indústrias que abastecem o setor requer regras mais claras e menos burocracia. “Nós temosuma boademanda, temos um mercado interno importante. Entre- tanto, ele não é suficiente para justificar a vinda de determinado fabricante de compo- nentes para cá. Para isso, precisamos fazer a lição de casa: diminuir o Custo Brasil, fazer as reformas que estão sendo colocadas, para que a gente possa voltar a ser uma grande base de pro- dução e de exportações”, espera HumbertoBar- bato, que defende que a aprovação da reforma tributária para melhorar oambiente de negócios e atrair investimentos. Os números preliminares do ano passado reforçam isso. Segundo dados da Abinee, com base em informações do IBGE e da Secretaria de ComércioExterior (Secex), a China é a prin- cipal origem das importações de componentes do Brasil, totalizando US$ 7,5 bilhões em 2019, o que representou 42% do total importa- do. Isso significa dizer que somente o país asiático foi responsável por 25% do total de insumos do setor (nacionais + importados). Enquanto isso, as exportaçõesda indústria eletroeletrô- nica caíram de US$ 5,9 bilhões, em 2018, para US$ 5,6 bilhões, em2019. Este ano, os prejuízos podem ser maiores, levando em conta que mais da metade das fabricantes de eletroe- letrônicos vão ter sua produção afetada e não vão devem atingir a produção pre- vista para este semestre ou ainda não calcu- laram os efeitos da crise.AAbinee estima que seja necessário, no mínimo, dois meses para que o ritmo de produção volte ao normal. Socorro às empresas Enquanto as grandes reformas não chegam e o governo ajusta seu orçamento para recolocar a economia nos trilhos, o setor industrial adota medidas para atenuar os efeitos econômicos da crise.“ACNI tem feitoum conjunto de propostas, de diferimento e parcelamento de dívidas fiscais e tributáriaspara dar maisoxigênio às empresas”, explica o Diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi.

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