Diário do Amapá - 30/08/2022

Uma mansão que já foi de Clara Nunes, uma ilha paradisíaca em Angra dos Reis (RJ), um jogador de futebol da Seleção, um empresário e político de Minas Gerais e um advogado influente próximo à família Bolsonaro. O script está num processo que chegou ao TJRJ, sob relatoria do desembargador Adriano Guimarães. A disputa é pela propriedade de fração da Ilha Comprida. Espólio da cantora, foi vendida há décadas para a M. Locadora de Veículos, de Santos. No processo, de um lado estão as empresas do jogador e do empresário – que alegam ter comprado a posse em 2011 da M. Locadora. Endividada e sem as certidões negativas à época do negócio, fechou-se “contrato de gaveta” sem escrituras. Fundador do PT, embora empurrado para escanteio no jogo do Poder, José Dirceu não precisa de aval de Lula da Silva para articular apoio ao candidato. E o está fazendo. Viaja para capitais a fim de articular palanques e reforçar os quadros dos diretórios do partido a fim de fidelizar líderes locais sob sua tutela. É o velho Dirceu, de volta. Depois de o Governo cravar o Auxílio de R$ 600 para os pobres, a presidência do Banco do Brasil entrou na onda e deu agrado, mesmo simbólico, aos funcionários. Aumentou de R$ 15 para R$ 40 este mês a Verba de Relacionamento Interno (existe desde 2002) em comemoração ao lucro recorde. Ex-governador pelo Paraná, Roberto Requião tem poder no MDB estadual e o seu espólio eleitoral. Mas nem tanto mais, na visão dos amigos do PT, pela cena flagrada há dias no Hotel Canta Galo, em Jacarezinho (PR). Ele telefonou para Gilberto Carvalho e reclamou da falta de apoio à sua candidatura ao Governo que vai abrir palanque a Lula no Estado. Lamentou viajar só de carro e exigiu apoio oficial, ou vai pegar a canga e ir para uma praia. Destilou reclamações, diz testemunha ocular. Requião foi prefeito de Curitiba quando a hoje presidente do PT, Gleisi Hoffmann, era líder estudantil. A meta do Governo em fazer caixa na venda de preciosos imóveis fez a “primeira vítima”. Foi demitido o chefe da Superintendência da Secretaria de Patrimônio da União em Brasília por “valer-se do cargo para lograr proveito”.

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