Diário do Amapá - 23/02/2022

www.diariodoamapa.com @diariodoamapa @diariodoamapa A no novo, vida nova... Para al- guns, sim, para outros, nem tanto. Quando nos referimos a animais de estimação, logo imagina- mos ϐilhotes foϐinhos, peludos, mor- dendo e lambendo nossos pés e mãos, fazendo a maior festa e nos trazendo aquela felicidade e bem- estar que é tão peculiar dessas espé- cies C . ontudo, a realidade infeliz- mente é outra. Um ano acaba, outro começa, projetos, desaϐios, objetivos e contas apagar,martelamnossas cabe- ças já atormentadas comtantas preo- cupações que fazem parte da estressante rotina de umser humano adulto. Assim, aquele ϐilhote pequeno e foϐinho, ontem, deu lugar a um ani- mal de porte médio ou grande, hoje. Animal, como qualquer outro ser vivo, gera despesas e responsabilida- des, e com todos esses fatores, o fan- tasma do abandono ronda a cabeça de quem adotou ou comprou o pe- queno animalzinho de forma incon- sequente e irresponsável. Dito isso, infelizmente muitos animais são abandonados e condenados a uma morte lenta e dolorosa pelos motivos mais fúteis e equivocados que pode- mos lembrar aqui. Cito: o animal cresceu e ϐicou grande para o aparta- mentoou casa, despesas comalimen- tação, saúde ou a falta de tempo para o lazer do cão ou gato, o animal ϐicou idoso e já não gera mais alegria à fa- mília, hiperatividade, latidos excessi- vos, xixi nas cortinas, cocô no tapete ou um simples sapato roído. Essas e outras situações covardemente podem levar ao terrível abandono e, consequentemente, à morte de um ser inocente e indefesoque daria sua vida de bom grado para salvar a de seu algoz. A Organização Mundial de Saúde estima que só no Brasil existemmais de 30milhões de animais abandona- dos, entre dez milhões de gatos e 20 milhões de cães. Em cidades de grande porte, para cada cinco habi- tantes há um cachorro. Desses, 10% estão abandonados. No interior, em cidades menores, a situação não é muito diferente. Em vários casos o número chega a ¼ da população humana. Segundo dados da Suipa (ONG do Rio de Janeiro), o número de adoções ainda está aquém do necessário para retirar todos os animais da situação de abandono. A cada dez cães rejeitados, umen- contra um novo dono. No caso dos gatos, a cada 28, um é adotado. Ima- gine agora todo o esforço e trabalho das poucas pessoas que dedicam suas vidas comoativistas da proteção e do direito animal no Brasil e no mundo. Lembrando sempre que o abandono de animais é crime e está previsto em lei (Lei 9.605/98). Com- bater o problema é fundamental. Mais importante ainda é não deixar que issoaconteça. Assimsendo, cons- cientização é tudo. Sabemos que todos precisam ter direito à vida e nós, humanos, com certeza somos a minoria perante as demais espécies do nosso Planeta Terra. Por isso, de- vemos protegê-las ou nomínimo res- peitá-las. Para ϐinalizar, queridos e caros lei- tores, desejo um 2016 repleto de saúde, prosperidade, sabedoria, sen- sibilidade e compaixão. Que sejamos amigos dos nossos melhores amigos e ϐiéis companheiros, pois quem trata umanimal comcompaixãoestará tra- tando e dando muito amor a si mesmo.

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