Diário do Amapá - 06 a 07/03/2022
www.diariodoamapa.com @diariodoamapa @diariodoamapa ma das questões mais recor- rentes e desaϐiadoras no Brasil, alémda corrupção, é a violência. Quando temos a oportu- nidade de sair do país e observar out- ras culturas passamos a raciocinar de outra forma e ver o quanto se sentir seguro é fator substancial para felici- dad I e n . stigou-me essa reϐlexãoo fatode estar no exterior e, no local onde fui, por uma semana inteira amídia se pôs a divulgar o caso de um senhor que após uma partida de futebol apanhou da polícia na frente do ϐilho. O caso de tão incomum naqueles lados, ocupou os noticiários, levando inclusive as autoridades locais serem ouvidas sobre as providências que se- riamtomadas, semfalarnasmesas re- dondas e opinião de diversos especialistas sobre essa violênciapoli- cial. No Brasil isso é um fato cor- riqueiro, sem falar das mais diversas formas de violência que são por nós vividas. Conversando com um amigo médicoeleme atualizou dos assuntos tratados na imprensa brasileira e me explicou que um médico tinha sido cruelmente assassinado no Rio, quando andava de bicicleta e emnen- hummomento reagiu ao assalto. E aí nos pegamos dando conselhos para os ϐilhos e amigos: olha, em caso de assalto não reaja, entregue seus bens. Saímos de casa, alémde todos os riscos inerentes de uma cidade, não sabendo o que nos vai acontecer. Qual a principal causa de tudo isso? Pergunto-me. São inúmeras e já foramestudadas por diversas pessoas e pesquisadores, sob todas as óticas que se possa imaginar. Enfrento aqui uma que talvez poucos tiverama coragemde abordar. Será que o nosso país e nosso Amapá não estão carentes de solidariedade e valores morais? A vida humana passou a ser ceifada por um celular, uma bicicleta, uma briga de trânsito. A intolerância é a regra e o respeito a exceção. Podemser criados novos presídios de segurança máxima, equipada a polícia com o que de melhor há em termos de tecnologia, câmeras vigi- lantes nas ruas, chips incrustados nos réus, todavia, se tudo isso não vier revestido de valor, de nada adianta. Dentro do conceito de soli- dariedade podemos colocar o respeito ao próximo e, sendo assim, a vida e o patrimônio recebem noções valorati- vas bemmais pertinentes. Nenhuma sociedade evolui se esse velho conceito não for restaurado. Ressaltoque nãoestou aϐirmandoque crimes e violência nãoocorremlá fora. O que questiono é a ótica homem co- letividade: pra conter a violência tam- bém é preciso o olhar de respeito ao outr L o e ! var vantagem em tudo, deϐiniti- vamente, não nos faz melhor. Fico tão encantada quando esquecemos algo em uma mesa de um café, por exem- plo e, minutos depois, voltamos ao local e a coisa está do mesmo jeitinho que a deixamos!.
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