Diário do Amapá - 06/12/2024

FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA SEXTA-FEIRA | 06 DE DEZEMBRO DE 2024 E m 2022, o Brasil tinha 7,9 milhões de empresas ativas, conforme re- gistrou o Cadastro Central de Em- presas (Cempre). Desse total, 32,9% (2,6 milhões) eram empregadoras e tinham 40,5 milhões de pessoas ocupadas em seus quadros. Do total de empregados, 90,1% (36,5 milhões) eram assalariadas, recebendo média mensal de R$ 3,1 mil. Os números fazem parte da pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo (2022), divulgada nesta quinta-feira (5), pelo Instituto Bra- sileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Órgãos da administração pública, en- tidades sem fins lucrativos e organizações internacionais não estão incluídos no con- ceito de empresas da pesquisa, como tam- bém, os microempreendedores individuais (MEI). Nascimento Os dados mostram que, dentre as em- presas empregadoras, 405,6 mil nasceram em 2022 – o que significa uma taxa de nascimento de 15,3%. Em relação às con- tratações, essas empresas recém-criadas foram responsáveis por aproximadamente 1,7milhão de trabalhadores, que representa 4,6% do total de assalariados. O termo nascimento utilizado pelo IBGE é o evento demográfico caracterizado pelo início da atividade de uma empresa ou unidade local. Também são conside- radas nesta categoria, as empresas que passaram 24 meses inativas, sem funcio- nários e depois volta à atividade. “São as empresas que são novas ou aquelas que, ao longo da sua existência ficam dormentes por um período que simplesmente fica sem funcionar. Se ela passou mais de 24 meses sem funcionar, quando ela retorna, para a gente, é consi- derada uma empresa que nasceu”, explica o gerente da pesquisa, iego Gonçalves Ferreira em coletiva de apresentação dos dados. Em comparação aos dados de 2017, a taxa de nascimento avançou de 10,9% para 15,3%, em 2022. Em paralelo, a par- ticipação do pessoal assalariado subiu de 3,3% para 4,6% em igual período. Em um recorte por sexo do trabalha- dor, a pesquisa constatou que as mulheres eram a menor parte dos vínculos das em- presas (41,7%) nas empresas sobreviventes, ou seja, as que nasceram em 2017. “A participação feminina caiu entre 2018 e 2020 e voltou a crescer a partir de 2021”, acrescentou Eliseu Oliveira, analista da Gerência de Análises do IBGE na co- letiva de apresentação dos dados. Na observação do nível de escolari- dade, os dados mostram que a maioria não tinha nível superior. “A análise por nível de escolaridade dos assalariados revela que desde de 2019 houve uma queda de 9,5% para 8,8% na participação dos que tinhamnível superior. Essa participação semanteve estável depois dessa queda, alcançando 8,9% de partici- pação em 2022”, informou o analista. Mortes A taxa de mortalidade das unidades locais empregadoras no conjunto do país atingiu 9,2%. As maiores taxas, inclusive superando a nacional, foram registradas nas regiões Centro-Oeste (10%) , Norte (9,6%) e Nordeste (9,3%). ■ CEMPRE O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (4) o Projeto de Lei (PL) 3.449/2024, que permite ao Ministério da Fazenda zerar as alíquotas do imposto de importação para medicamentos no Regime de Tri- butação Simplificada. O limite para isenção é US$ 10 mil, cerca de R$ 57 mil, para importação por pessoa f ísica para uso próprio ou individual. Aprovado pela Câmara dos Deputados em outubro, o texto segue para sanção presidencial. O PL, de autoria do deputado José Guimarães (PT- CE), incorpora o texto das medidas provisórias (MPs) 1.236/2024 e 1.271/2024, sobre o tema de tributação simplificada, e da MP 1.249/2024, sobre o Programa Mover. ■ TRIBUTAÇÃO Projeto que isenta medicamentos do imposto de importação vai à sanção ● BRASIL TINHA 7,9 MILHÕES DE EMPRESAS ATIVAS EM 2022, DIZ IBGE A Confederação Nacional do Co- mércio de Bens, Serviços e Tu- rismo (CNC) estima que o Natal deste ano movimente R$ 69,75 bilhões em vendas, o que representa aumento real de 1,3% (já descontada a inflação) no faturamento do varejo. Mesmo assim, o setor ainda não vai conseguir igualar o patamar pré-pandemia: em 2019, a mo- vimentação foi de R$ 73,74 bilhões. A estimativa é que super e hiper- mercados representem 45% (R$ 31,37 bilhões) da movimentação financeira. Na sequência, vêm lojas especializadas em itens de vestuário, calçados e acessórios, com 28,8% do total (R$ 20,07 bilhões), e estabelecimentos voltados para artigos de usos pessoal e doméstico, com 11,7% (R$ 8,16 bilhões). “A atual dinâmica de consumo tem atuado no incremento das vendas neste fim de ano. Mas as condições menos fa- voráveis causadas pelo aperto monetário iniciado em setembro pelo Banco Central já são sentidas pelo consumidor final. Isso explica a curva de crescimento menos acentuada no comparativo com o ano passado, quando projetamos o aumento de 5,6%”, disse o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros. Os números são desfavoráveis para os que buscam um vaga de trabalho. A CNC estima a contratação de 98,1 mil funcionários temporários para atender ao volume de vendas do Natal, 2,3 mil trabalhadores a menos do que no ano passado. “Curiosamente, o número é menor do que o do ano passado, quando mais de 100mil temporários foram contratados. A razão disso é o fato de que o quadro de funcionários das empresas veio cres- cendo ao longo do ano, com o aumento de aproximadamente 3% na força de tra- balho, nos últimos 12 meses, ou seja, mais de 240 mil vagas criadas”, afirmou o economista-chefe da CNC, Fábio Ben- tes. Segundo ele, isso faz com que o varejo dependa menos do trabalho tem- porário. “Já para 2025, a expectativa do próprio setor é que sejam efetivados aproxima- damente 8 mil desses trabalhadores tem- porários”, disse o economista. A desvalorização cambial deve au- mentar os preços dos produtos natalinos, com crescimento médio de 5,8%, de acor- do como Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), na medição dos 12 meses encerrados em dezembro. O valor da cesta deve ser pressionado pela alta do valor dos livros (12,0%), dos pro- dutos para a pele (9,5%) e dos alimentos em geral (8,3%). Por outro lado, devem ficar mais baratos presentes como bici- cletas (queda de 6,2%), aparelhos telefô- nicos (redução de 5,5%) e brinquedos (diminuição de 3,5%). Na análise por estados, São Paulo (R$ 20,96 bilhões), Minas Gerais (R$ 7,12 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 5,86 bi- lhões) e Rio Grande do Sul (R$ 4,77 bi- lhões) devem concentrar mais da metade (55,5%) da movimentação financeira pre- vista pela CNC. Paraná e Bahia são os estados commaiores projeções de avanço nas vendas: aumento no faturamento de 5,1% e 3,6%, respectivamente. ■ NATAL DESTE ANO DEVE MOVIMENTAR R$ 69,75 BILHÕES NO VAREJO, DIZ CNC COMÉRCIO V Foto/ Rovena Rosa/Agência Brasil

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