Diário do Amapá - 07/12/2024
| ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA SÁBADO | 07 DE DEZEMBRO DE 2024 A Pré-Sal Petróleo S/A (PPSA) estima comercializar 78 milhões de barris de petróleo da União no dia 25 ju- nho do ano que vem na B3, em São Paulo, durante o 5º Leilão que comercializará a produção da União dos campos de Mero, Búzios, Sépia, Itapu e Norte de Carcará. A informação é do superintendente de Comercialização da empresa, Guilherme França. O anúncio foi feito durante o Fórum Técnico PPSA, realizado, nesta quinta- feira (5), no Hotel Prodigy Santos Dumont, ao lado do terminal na região central do Rio. O edital do 5º Leilão de Petróleo deve ser publicado emmarço de 2025. OCampo Mero é o que temmaior volume de cargas: 51,5 milhões de barris a serem comercia- lizados em 12 meses. Na sequência é o de Norte de Carcará. “O campo tem início de produção agendado para 2025 e o leilão comercializará 12 milhões de barris da União em 18 meses. Os lotes Itapu (6,5 milhões) e de Sépia (4,5 milhões) também serão de 18 meses e de Búzios (3,5 milhões), de 12 meses”. A PPSA informou que os volumes re- presentam estimativas atuais da parcela de petróleo da União em 2025 e 2026 nestes campos, mas que poderão ser re- vistos até a publicação do edital para uma projeção mais refinada. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a comercialização do óleo é estratégica para a segurança ener- gética e o desenvolvimento econômico do Brasil, gerando emprego e renda para a população. “Mesmo com todos esses esforços, ainda não é possível determinar quando alcançaremos o pico da demanda por petróleo, e por isso precisamos repor nossas reservas, garantindo segurança energética, que é tão relevante quanto a transição”, comentou o secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis doMME, PietroMendes, que representou o ministro Alexandre Silveira no evento. Leilão de Gás Natural No mesmo encontro, o superinten- dente da PPSA também adiantou que o 1º Leilão do Gás Natural da União está previsto para o quarto trimestre de 2025. “Estamos neste momento analisando a contratação do Sistema Integrado de Escoamento (SIE) e do Sistema Integrado de Processamento (SIP), necessários para a realização do leilão. São contratos com- plexos e estamos avaliando inclusive, a possibilidade de assinar o contrato e fazer uma cessão de direitos no processamento. O que for mais atrativo para a União”, in- formou em texto divulgado pela empre- sa. França prevê que a União disponha até 1,3 milhão de metros cúbicos de gás natural para ofertar ao mercado até 2027. Esse cálculo não considera o fator de ren- dimento das Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN), “o que significa que parcela desse gás será transformada em GLP e líquidos”. Conforme a empresa, a produção se refere aos contratos de partilha de Búzios, Sapinhoá, Sépia e Atapu, além da partici- pação da União com área não contratada nos acordos de individualização da pro- dução de Tupi e Atapu. ■ PPSA UNIÃO DEVE LEILOAR 78 MILHÕES DE BARRIS DE PETRÓLEO EM 2025 O s chefes de Estado do Mercosul e a representante daUnião Europeia (UE), Ursula von der Leyen, anun- ciaram, nesta sexta-feira (6), que foi firmado o acordo de livre comércio para redução das tarifas de exportação entre os países que compõe essesmercados. As negociações se arrastavam há 25 anos. O acordo foi anunciado em coletiva de imprensa emMontevidéu, no Uruguai, onde ocorre a 65ª Cúpula de Chefes de Es- tado do Mercosul. Com a presença do presidente Luiz InácioLula da Silva; dopresidente argentino, Javier Milei; do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou; e do Paraguai, Santiago Peña, foi anunciado que as negociações foram concluídas para regras de livre comércio entre os países dos blocos. Ao todo, o acordo envolve nações que somam mais de 750 milhões de pessoas. A presidente da Comissão Europeia destacou que a medida marca o início de uma nova história. “Agora estou ansiosa para discutir isso com os países da UE. Este acordo funcionará para pessoas e em- presas. Mais empregos. Mais escolhas. Prosperidade compartilhada”. Assinatura Apesar das negociações terem sido encerradas, ainda é necessário que o acordo seja assinado. Os textos negociados passarão por revisão jurídica e serão traduzidos para os idiomas oficiais dos países. Em se- guida, o acordo precisa ser aprovado in- ternamente emcada uma das nações. Não há prazo para a finalização desse proces- so. “Após a assinatura entre as partes, o Acordo será submetido aos procedimentos de cada parte para aprovação interna – no caso do Brasil, o Acordo será submetido à aprovação pelo Poder Legislativo. Uma vez aprovado internamente, oAcordo pode ser ratificado por cada uma das partes, etapa que permite a entrada em vigor do Acordo”, informou o governo brasileiro. Oportunidade O presidente do Uruguai, anfitrião do encontro que anunciou o fimdas negocia- ções, lembrou que o acordo foi possível apesar das diferenças políticas entre os países do Mercosul. Para o mandatário uruguaio, é uma oportunidade. “Um acordo desse tipo não é uma so- lução. Não há mais soluções mágicas. Não há burocratas ou governos para firmar a propriedade. É uma oportunidade. Émuito importante que os passos sejampequenos, mas seguros”. A presidente da Comissão Europeia lembrou dos laços históricos entre os dois continentes e que o acordo é uma "neces- sidade política" em um mundo cada vez mais fragmentado e convulsionado. “Num mundo cada vez mais confli- tuoso, demonstramos que as democracias podemapoiar-se umas às outras. Este acor- do não é apenas uma oportunidade eco- nômica, é uma necessidade política. Somos parceiros com mentalidades comuns, que têm raízes comuns”, afirmou Ursula. Ursula von der Leyen disse ainda que está consciente da oposição de agricultores europeus, especialmente os franceses, preo- cupados que uma invasão de produtos do Mercosul lhes tomemmercado. “Este acor- do inclui salvaguardas robustas para pro- tegê-los”, comentou. ■ MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA FIRMAM ACORDO COMERCIAL NEGOCIADO HÁ 25 ANOS LIVRE COMÉRCIO V Foto/ Ricardo Stuckert / PR
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