Diário do Amapá - 08 e 09/12/2024

CIDADES DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 08 E 09 DE DEZEMBRO DE 2024 12 |CIDADES | DIÁRIO DO AMAPÁ FALECOMAREDAÇÃO E-mail: diario-ap@uol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa C om as plataformas de apos- tas online cada vez mais po- pulares no Brasil, também crescem os problemas relaciona- dos à prática, e sobre o assunto o psicólogo André Romero alertou, entre outras coisas, que o vício em Bets pode trazer malef ícios seme- lhantes aos da dependência quí- mica. O psicólogo abriu sua fala pon- tuando que a prática está em alta na região Norte, e que no Amapá os usuários das Bets são numero- sos. Complementou dizendo que a prática vem atingindo parcelas so- cialmente vulneráveis relacionadas à economia familiar. André disse que também por conta da possibi- lidade de retorno financeiro, mui- tas pessoas começam a apostar. “É um ideal de felicidade sem esforço; as Bets surgem como uma fórmula mágica, trazem a ilusão de ficar rico facilmente. Tudo isso entra na mente das pessoas, o que pode aumentar com o incentivo de familiares. Os efeitos são seme- lhantes aos de vício em drogas; os danos são os mesmos na mente das pessoas”, alertou o psicólogo. André declarou que o primeiro passo para se livrar do vício em apostas é procurar ajuda, seja ela profissional ou de familiares, reco- nhecendo a situação: “Todos nós temos o desejo de vencer, mas de- vemos ter o controle e evitar situa- ções que afetem negativamente nossa saúde mental”, concluiu. ■ MEDIDA SEGUE ATÉ FEVEREIRO/25 O Governo do Estado intensifica a fiscalização do pe- ríodo de defeso de peixes, que proíbe a pesca e comer- cialização de 21 espécies até 15 de março de 2025 nos 16municípios. A iniciativa visa proteger o ecossistema de rios e lagos durante a temporada de reprodução dos animais, co- nhecido como período da Piracema. EmMacapá, equipes de fiscalização da Secretaria de Es- tado doMeioAmbiente (Sema) atuaramnas feiras dos bairros Novo Horizonte, Pacoval, Jardim Felicidade, Feira do Produ- tor e Feira Maluca, com duas ocorrências de apreensão e au- tuação. “Durante as fiscalizações realizamos duas apreensões, uma delas considerada pequena, até o momento. Foram 98 kg de pescado, sendo 20 kg de pescada-branca, 40 kg de jeju e 38 kg de tamoatá, que foram doados ao Abrigo São José, além de autuarmos dois estabelecimentos. Nas visitas às fei- ras, detectamos que os empreendedores estão seguindo a le- gislação fazendo a comercialização dos produtos com o Documento deOrigemdo Pescador”, explicou o coordenador deMonitoramento e FiscalizaçãoAmbiental da Sema, Bruno Esdras. No Amapá, as medidas de proteção começaram a valer no dia 15 de novembro. As determinações dos 4meses do pe- ríodo de defeso seguem as normativas estabelecidas empor- tarias da Sema, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Nesse período, a possibilidade de comercialização só é possível somente como Documento de Origemdo Pescador (DOP), emitido pela Sema, para os pescadores que adquiri- ram mercadorias antes do defeso, ou ainda proveniente de piscicultura devidamente licenciada ou procedente de locais com época de defeso é diferenciada, desde que, esteja acom- panhado do devido comprovante de origem do pescado e de nota fiscal ou Documento Auxiliar de Nota Fiscal. A Sema e os órgãos de fiscalização ambiental atuam na repressão da pesca, no transporte, na comercialização, no be- neficiamento e na industrialização ilegal das espécies de pes- cado protegido. Osecretário adjunto da Sema, Cássio Lemos, lembrou que neste período o pescador artesanal e profissional ficam cobertos financeiramente pelo seguro defeso. ■ PESCA PROIBIDA ATÉ MARÇO O Governo do Estado alerta aos produtores de soja que já está em vigor o vazio sanitário, definido por meio da portaria nº 1.111, da Secretaria de Defesa Agro- pecuária (SDA), que organiza o calendário de semeadura ao nível nacional referentes a safra 2024/2025. O período do vazio está emvigor desde 1º dezembro de 2024, e vai até 28 de fevereiro de 2025 em todas as regiões do Amapá. Durante o período designado, não se podemanter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento. Já a data de semeadura, que é quando pode correr o plantio, se inicia em 1º de março de 2025 e segue até 8 junho de 2025. As recomendações são da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Diagro). “Esse período é justamente para evitar pragas e doen- ças, principalmente a ferrugem asiática. Durante o tempo semplantio, existe a quebra do ciclo da praga, o que evita a proliferação. Essa doença atinge diretamente as folhas e grãos, influenciando diretamente na produção”, destacou o gerente de Defesa Vegetal da Diagro, Tiago Baltazar. Ovazio sanitário foi instituído peloMinistério da Agri- cultura e Abastecimento (Mapa) como uma das medidas fitossanitárias para o controle da ferrugem da soja, com pelo menos 90 dias sem a cultura e plantas voluntárias no campo. ■ Fiscalização no período de defeso de peixes é intensificada Governo do Amapá alerta produtores de soja sobre período do vazio sanitário PSICÓLOGO ALERTA SOBRE RISCOS DAS PLATAFORMAS DIGITAIS DE APOSTAS PARA SAÚDE MENTAL A Universidade do Estado do Amapá (Ueap) realizou nos dias 5 e 6 de dezembro, o 1º Simpósio de Pedagogia (Simped), em Ma- capá. O evento, com tema “As Pedagogias no Contexto Amazô- nico na Educação Básica e Superior”, visa criar um espaço de diálogo e trocar experiências sobre práticas pedagógicas no contexto da Amazô- nia. No primeiro dia, a programação contou commesas redondas e ofi- cinas voltadas à temática. Osimpósio foi aberto comumamesa redonda com a presença de docentes de outras instituições para discutir o uso da Base Nacional ComumCurricular, dentro das várias especificidades que a região amazônica apresenta. “Oobjetivo é trazer as vozes plurais das pedagogias, porque compreendemos que as práticas sãomúltiplas, diferentes e que elas precisam ser discutidas e consideradas. Dentro de todo esse evento, temos um espaço para falar da educação de jovens e adultos, da quilombola, indígena e outrasmodalidades que aconteceme são promovidas pelo saber fazer das pedagogias em todo o estado”, pontuou a coordenadora do evento, a professora Annebelle Magalhães. Foramdiscutidas, ainda, as realidades emcomunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas e suas diferentes formas de organização, e como isso afeta a prática do ensino. Os debates contribuem não só para formação dos alunos, mas acima de tudo para a sociedade amapaense e o estado na totalidade, segundo a docente do Instituto Federal do Amapá (Ifap), professora Darlene Minervino. “É um evento que se soma a uma discussão ao nível nacional, quando a gente pensa que falar de diversidade, plura- lidade, formação e pedagogia, é falar de tudo aquilo que envolve o desenvolvimento do ser humano no seu contexto in- tegral”, ressaltou Darlene. ■ Ueap debate práticas pedagógicas sobre a educação básica e o ensino superior na Amazônia 1º SIMPÓSIO DE PEDAGOGIA DOUGLAS LIMA EDITOR EFEITOS

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