Diário do Amapá - 08 e 09/12/2024

ENTREVISTA SENADOR |ENTREVISTA | DIÁRIO DO AMAPÁ DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 08 E 09 DE DEZEMBRO DE 2024 14 O senador Davi Alcolumbre quebra o silêncio, na reta final para da campanha para presidir novamente o Senado Federal e voltar a ser o terceiro na linha sucessória da República, cargo que diz poder usar para pacificar as relações em Brasília. Diário - Esse trabalho do Legislativo, nesse tipo de entrega, é o que mais aproxima o senhor de poder executar. O legislador tem muito disso, o mandato acaba sendo muito limitado pelo formato que tem? Davi Alcolumbre - Na verdade a gente fica em Brasília bus- cando trazer para o Amapá o melhor de tudo, vendo o que está acontecendo nos outros estados brasileiros, vendo qual é o for- mato que o Brasil e o mundo está adotando, e a gente tem bus- cado isso no Senado Federal, nas nossas relações que a gente construiu com amigos, com grandes empreendedores, com grandes empresários que acreditam que eventos como esse po- dem promover a felicidade para as pessoas, que eventos como esse podem fazer as pessoas, num réveillon, terem mais empre- go, circular recursos na economia em todas as áreas. Ou seja, a gente conseguiu a modelagem do privado para fazer o maior Ré- veillon da história, do Amapá, mas ao mesmo tempo, nesse mo- mento que o mundo está olhando para a Amazônia, a gente transforma o réveillon no meio do mundo, na Linha do Equador, no endereço mais belo, esquina com o Rio Amazonas. O Amapá ter o maior réveillon da Amazônia brasileira. E com a participa- ção de grandes artistas nacionais que vão se integrar à nossa cul- tura local, porque esse olhar o governador Clécio também teve com a sua equipe, da gente fortalecer a nossa tradição, as nossas origens, o Marabaixo que estava aqui, a nossa tradição, da nossa cultura, que fez um belíssimo espetáculo, fortalecer os artistas locais e dedicar um dia para que esses artistas possam também divulgar a sua arte e trazer os eventos nacionais, tendo a convic- ção que a participação do Estado em toda a infraestrutura é muito pouco, perto do resultado disso para a sociedade. Diário - E esse projeto de voltar a presidir o Congres- so ajuda quanto esse mandato aqui pelo Amapá? Davi - Na verdade, essa é uma construção política. Ninguém chega à condição que nós estamos chegando hoje no cenário na- cional, tendo recebido o apoio de várias lideranças políticas, de vários partidos políticos, dos nossos colegas senadores para uma missão muito grandiosa e muito desafiadora. E com certeza abso- luta eu peço para Deus discernimento todo dia, agradeço a Deus e ao povo do Amapá a oportunidade que me deu de estar em Brasí- lia. Tive a honra e o privilégio de por um biênio presidir o Senado Federal e o Congresso Nacional e isso foi um fato histórico tam- bém. Para mim, como pessoa e como agente político, mas espe- cialmente para os amapaenses. E por quatro dias, a presidência da República. Por quê? O Senado tem 200 anos, nunca um amapaen- se presidiu o Senado. Eu fui o senador mais jovem da história do Senado Federal a assumir a cadeira de presidente. Eu fui também o primeiro senador de primeiro mandato a ser eleito presidente do Senado. Eu fui o primeiro amapaense a ser inteiramente presi- dente da República. E agora, a poucos dias dessa construção, que foi feita a várias mãos, é a oportunidade de estar novamente nessa condição estratégica, sabendo das dificuldades e dos desafios. Diário - Como o que exatamente, senador? Davi - O nosso país está muito dividido. Nós estamos vivendo uma polarização política que está disseminada na sociedade brasileira, nas famílias brasileiras e não é diferente do amapá, daí a gente poder ter essa confiança, no Senado, na sua ampla maio- ria, de poder chegar ao dia 1º de fevereiro e consolidar essa elei- ção, é a certeza do peso redobrado no ombro, da gente ser ponte e não destruir pontes, da gente ser um elo com a sociedade, com o parlamento brasileiro, com as instituições, com o Poder Exe- cutivo, com o Poder Judiciário, e fazer a diferença novamente pelo Amapá, que foi quem me deu a chance de chegar ao Sena- do, mas olhar o Brasil com muita atenção e com muito cuidado. Diário - Acima de tudo estabelecer o diálogo, o que se costuma dizer ser a essência da política, não é? Davi - Para a gente pacificar o Brasil, a gente precisa ter pessoas envolvidas a serem bombeiros, e eu quero me propor a ser um bombeiro para tentar construir pontes e ajudar a pacificar o Bra- sil. E, lógico, defender as agendas importantes do Estado brasilei- ro, porque você tem um país muito rico, mas com muitas desi- gualdades ainda. E a gente precisa diminuir essa desigualdade para pôr um fim. Uma legislação, apoiando o governo na agenda adequada, incentivando o Senado da República e o Poder Legis- lativo a ser proativo nas decisões, não dá para ser só reativo, você precisa ter um input adequado para ter um output adequado. E isso é o que eu quero buscar fazer, se Deus me permitir, e poder chegar novamente pela segunda vez à presidência do Senado e buscar conciliar o Brasil. ■ (A íntegra em diariodoamapa.com) Edição: CLEBER BARBOSA | Fonte: DESCENDÊNCIAS.PT V FOTO/ Joelson Palheta PERFIL Senadorda República pelo segundomandato consecutivo pelo estado doAmapá. Perfil biográfico - David Samuel Alcolumbre Tobelem nasceu em 19 de junho de 1977, em Macapá, capital do Amapá. É casado com Liana Andrade e pai de dois filhos, Davi e Matheus. - De perfil notadamente conciliador, o senador amapaense Davi Alcolumbre foi o presidente do Congresso Nacional (biênio 2019-2020) mais jovem da história. - Foi também o primeiro judeu a assumir a Presidência do Senado Federal. - Na Presidência do Senado foi também presidente do Congresso em Legislatura marcada por alta renovação parlamentar, se destacou pelo diálogo, pela busca de consensos, e por ser defensor do equilíbrio, da harmonia e do respeito entre os poderes. - Prova disso é que 11 partidos distintos integraram a Comissão Diretora do Senado (2019- 2020), um fato inédito na história recente da Casa. - Parlamentares das cinco regiões do país formam o colegiado. - Todas as siglas partidárias foram contempladas no comando das 13 comissões permanentes. Pregando a pacificação - “Muitas vezes fui instado a demolir pontes, quando o meu compromisso sempre foi o de erguê-las” – diz Davi, a respeito de sua natureza pacificadora. Davi Alcolumbre ■ Senador Davi Alcolumbre (UNIÃO/AP) fala comexclusividade do Diário doAmapá, emMacapá. Onossopaísestámuitodividido; éprecisopacificaroBrasil. nossop

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