Diário do Amapá - 08 e 09/12/2024

‘LILO & STITCH’, AGORA EM LIVE-ACTION, CHEGA AOS CINEMAS EM MAIO DE 2025 P elo que tem sido visto nos últi- mos anos, a onda dos live-ac- tions parece estar longe do fim, e o que se pode esperar é que muitos dos clássicos animados sejam reima- ginados neste formato. Alguns dos es- túdios mais famosos do segmento se- guem apostando neste estilo de adap- tação, que vale reforçar, vem tendo di- ficuldade para agradar o grande pú- blico. Omais novo anúncio é o do clássico ‘Lilo & Stitch,’ lançado originalmente em2002, e que teve umgrande sucesso ao trazer uma história não tão inova- dora, porém contada de uma forma divertida e cativante. Para o ano que vem, a Disney já adiantou o visual so- mente de um dos protagonistas, que está bem fiel a sua versão original. Até dezembro de 2024 só umteaser foi divulgado, e nele é apresentado Stitch, com uma aparência bem se- melhante a que foi vista 22 anos atrás, agora, é claro, comtraçosmais realistas para contracenar com pessoas de pele e osso. Outros personagens, como Lilo, que embora já tenha sua atriz escalada, ficaram de fora do primeiro material de divulgação. O longa deve apresentar a mesma narrativa do primeiro filme, mostrando a vida de uma garotinha solitária no Havaí que encontra umamigo no alie- nígena Stitch, criado para ser uma força de destruição, e que após uma série de acontecimentos acaba che- gando no planeta terra. Com a direção de Dean Fleischer- Camp (Fraud, Catherine), o longa traz de volta o diretor e dublador Chris Sanders para dar voz a Stitch, papel que ele tem feito em quase todas as obras relacionadas ao alienígena. Lilo será vivida pela pequena havaianaMaia Kealoha, enquantoNani, sua irmãmais velha no filme, fica com Sydney Agu- dong (West Michigan ,Encurralada na Fazendo). Lilo & Stitch chega aos ci- nemas em 23 de maio de 2025. ■ POR WALLACE FONSECA ARTE CINEMATOGRÁFICA |CULTURA| DIÁRIO DO AMAPÁ DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 08 E 09 DE DEZEMBRO DE 2024 FALECOMOHERALDO E-mail: heraldocalmeida@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @heraldocalmeida Instagram: @heraldoalmeida65 19 Cultura HERALDOALMEIDA CULT’ ART Piratas da Batucada já inaugurou sua loja. Loja do Piratão. Na Rua Eliezer Levy - Trem. Venda dos produtos da escola. Loja Piratas da Batucada retorna para o ginásio do Santa Inês, Orla de Macapá. O local será reformado e entregue à comunidade do ‘Piratão’. Ensaios e outros eventos serão realizados naquela quadra. De volta Conhecido como o poetinha da Amazônia. Cantor e compositor amapaense, também com vários discos gravados. Seu primeiro projeto musical foi o disco “Revoada”. Osmar Júnior Desfile das escolas de samba do Amapá tem novo horário de início em 2025, às 21h. Antes iniciava, às 22h, e com os atrasos as últimas escolas eram prejudicadas. Boa iniciativa. Horário É um cantor e compositor amapaense com vários discos gravados, mas sua marca foi o projeto “Vida Boa”, o primeiro do artista. Zé Miguel Cantor e compositor amapaense, também com vários discos gravados, nascido no “Formigueiro”, atrás da igreja de São José (Centro). Seu primeiro disco gravado foi “Formigueiro”, em homenagem ao lugar onde nasceu. Val Milhomem A melhor voz que o Amapá já produziu para cantar a nossa gente. É o melhor intérprete tucuju, também com inúmeros discos gravados. Seu primeiro projeto musical gravado, foi o disco “Sentinela Nortente” (1989). Amadeu Cavalcante Lá no Araguari Há uma estrada pra lua Onde a minha vida Sentou e seguiu Osmar Júnior A ESTRANHA MÚSICA DE DJAVAN U m amigo riu quando eu disse que Djavan tem um estilo musical estranho e belíssimo. Mas é isso mesmo que penso. Ele diz coisas e canta em melodias inusitadas, cheias de beleza. Vejam só que expressão: “Lambada de serpente”. Penso que nin- guém nunca disse isso antes. Nosso imaginário se acostumou com o sentido brega, folclórico, que foi emprestado ao termo lambada. Logo pensamos naquelas músicas de ritmo quente, comuns em festas populares de um passado não muito distante. Impulsionados pela curiosidade que Djavan nos causou, descobrimos que lambada significa “golpe apli- cado com pau, chicote ou objeto flexível”, e no sentido figurado, “crítica severa; descompostura”. Claro que também significa “dança e música sensual e em ritmo rápido”, sentido com o qual estávamos acostumados. “Nunca ninguém falou como este homem”. Assim disseram a respeito de Jesus Cristo. Poderíamos dizer algo semelhante à obra de Djavan: “Nunca ninguém cantou como este homem”. Em uma de suas entrevistas na TV, o cantor se mostrou familiarizado e despreocupado com a aplicação do adjetivo “estranho” à sua obra. Diz ele: “Quando fui ser ouvido pela primeira vez, já houve essa polêmica. “Você tem algum talento, mas a música que você faz é muito estranha. Não se sabe onde está a primeira parte, é complicado, você tem que mudar isso, fazer uma coisa mais acessível para facilitar sua própria vida”. Tinham razão os que falavam assim, mas outros também disseram: Não, essa coisa estranha é o seu trunfo, não mexa nisso. Você vai sofrer mais, vai ter mais problemas, mas vá em cima disso”. A estranheza se dá, obviamente, pelo fato de estarmos a ouvir algo que nos parece inédito. Também, por estarmos a ver uma coisa que, à primeira leitura- escrita, não nos penetra o entendimento. Quando nos pomos a tentar acompanhá-lo, sentimo-nos como se nos expressássemos num outro idioma. Sentimo-nos papagaios repetindo o que alguém disse. Todavia, aquilo que só entendemos a custo, nos soa belíssimo e extremamente poético. Por ser poético, compreendemos, trata-se de algo indizível. Temos que nos contentar com o pouco que conseguimos ver, mas que nos faz tanto bem. “Cuidá dum pé de milho que demora na semente – meu pai disse: meu filho, noite fria, tempo quente. Lambada de Serpente, a traição me enfeitiçou – quem tem amor ausente já viveu a minha dor. No chão da minha terra um lamento de corrente – um grão de pé de guerra pra colher dente por dente”. ■ (www.apoesc.blogspot.com.br) . V Foto/ Divulgação LAMBADA DE SERPENTE

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