Diário do Amapá - 12/12/2024

FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA QUINTA-FEIRA | 12 DE DEZEMBRO DE 2024 A s vendas de imóveis em todo o país cresceram 19,7% de janeiro a setembro, na comparação com o mesmo período de 2023. Os lança- mentos imobiliários aumentaram 17,3%, e o Valor Geral de Vendas (VGV) subiu 21%. As unidades enquadradas no pro- grama Minha Casa, Minha Vida (MCMV) representaram 58,7% dos lan- çamentos e 43,6% das vendas. Até no- vembro, cerca de 500 mil unidades do MCMV haviam sido contratadas. Os dados foram divulgados nesta quarta- feira (11) pelo SindusCon-SP. Segundo o balanço da entidade, que representa empresas da indústria da construção paulista, na cidade de São Paulo, na comparação com o pe- ríodo de janeiro a setembro do ano passado, os lançamentos aumentaram 44,4%; as vendas, 36%; e o VGV, 21%. As unidades do MCMV registraram elevações de 94,2% nos lançamentos e 64,2% nas vendas, representando 56% do total das unidades vendidas. Nos acumulado de janeiro a outubro, em comparação com o mesmo período de 2023, o número de unidades resi- denciais beneficiadas por crédito ha- bitacional cresceu 12,8%, atingindo 1,131 milhão. Os investimentos públicos e privados em infraestrutura devem somar R$ 259,3 bilhões em 2024 (1,84% do Produto Interno Bruto, o PIB), ante R$ 224,9 bilhões em 2023. De acordo com os dados, até outu- bro, o consumo de cimento aumentou 4,3%. Nesse mesmo, período foram criados pelas construtoras no país cerca de 230 mil empregos com carteira as- sinada, dos quais 45 mil no estado de São Paulo, sendo 19 mil na capital pau- lista. No país, a taxa de emprego au- mentou 7,6% no segmento de infraes- trutura, 5,5% no de edificações e 4,7% no de serviços para a construção. Entretanto, o balanço revela que houve dificuldades na contratação de mão de obra qualificada e no custo dos funcionários, com 60,4% informando esses problemas. Para solucionar essas dificuldades, 43% informaram que in- vestem em capacitação interna, 28% oferecemmais benef ícios, 27% realocam colaboradores da empresa, 19%mudam processos para reduzir a dependência de mão de obra, e 18% aumentam sa- lários. Quanto ao aumento dos custos, até novembro, o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) subiu 5,80%, puxado pela mão de obra (aumento de 7,67%), seguida de materiais e equipa- mentos (+4,59%) e serviços (3,97%). Pesquisado em dez capitais do país, o INCC-M registrou o maior percentual de aumento nesses 11 meses em São Paulo (6,48%), seguido do Rio de Janeiro (6,36%) e do Recife (6,29%). ■ DADOS O índice de inflação que faz parte do cálculo do reajuste anual do salário mínimo fechou no- vembro em 0,33%, chegando a 4,84% no acumulado de 12 meses. Os dados referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foram divulgados nesta terça-feira (10), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O salário mínimo de 2024 é de R$ 1.412. Para 2025, a regra de reajuste em vigor determina que o valor sofra duas correções. Uma é pelo INPC de 12 meses acumulado até novembro do ano anterior, 2024. Ou seja, 4,84%. ■ ÍNDICE Inflação que calcula reajuste do salário mínimo fica em 4,84% ● VENDAS DE IMÓVEIS NO PAÍS CRESCEM 19,7% DE JANEIRO A SETEMBRO O s dois projetos de lei em trami- tação na Câmara que compõem o pacote de corte de gastos anun- ciado pelo governo serão relatados pelos deputados Átila Lira (PP-PI) e Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL). Os relatores são escolhidos pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), geralmente em acordo com a maioria dos líderes partidários. A proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata do corte de gastos continua sem relator. Devido à insatisfação do Legislativo com o atraso na liberação de emendas parlamentares, a expectativa é que o pacote de corte de gastos seja apreciado apenas na próxima semana. Lira avaliou que faltam votos para aprovar as medidas e que a indefinição sobre as emendas atrapalha o andamento das matérias. O presidente da Câmara convocou sessões de segunda a sexta-feira nas duas próximas semanas na tentativa de esgotar a pauta antes do recesso parlamentar, previsto para começar no dia 20 deste mês. Relatores O deputado Átila Lira foi escolhido para relatar o Projeto de Lei 210/2024, que prevê o bloqueio e o contingencia- mento das emendas parlamentares até a mesma proporção dos bloqueios aplicados às demais despesas não obrigatórias do governo, ou seja, até 15% do valor total. Oprojeto ainda limita o uso de créditos tributários acima de R$ 10 milhões caso haja déficit nas contas públicas. Além disso, nos casos de déficit, o texto proíbe concessão, ampliação ou prorrogação de inventivos fiscais e também o aumento de despesas com pessoal que ultrapasse 0,6% acima da inflação. Já o deputado do MDB Isnaldo Bu- lhões Jr. ficará responsável pela relatoria do Projeto de Lei 4614/24, que impõe novos limites para o reajuste do salário mínimo e critérios mais rígidos para a concessão do benef ício de prestação con- tinuada (BPC), medidas que receberam críticas dentro do próprio PT. O governo já reconhece a possibilidade de que esse tema sofra mudanças. O PL ainda limita o reajuste do salário mínimo a 2,5% acima da inflação. Atual- mente, o salário base da economia brasi- leira é reajustado de acordo com o cres- cimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Oprojeto relatado pelo deputado Bulhões tambémfixa novas regras para a concessão do Bolsa Família e reduz os repasses para o Fundo Consti- tucional do Distrito Federal. O objetivo dos projetos é adequar o crescimento das despesas da União à regra do arcabouço fiscal, que prevê um teto para os gastos públicos. A equipe econômica calcula que as medidas devem reduzir as despesas em cerca de R$ 70 bilhões nos dois primeiros anos e cerca de R$ 325 bilhões em cinco anos. ■ PROJETOS DE CORTE DE GASTOS SERÃO RELATADOS POR DEPUTADOS DO PP E MDB PL V Foto/ Joédson Alves/Agência Brasil/ARQUIVO

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