Diário do Amapá - 15 e 16/12/2024

Maus lençóis Prefeita eleita de Amapá, Kelly Lobato, já diplomada, enfrenta agora denúncia de que abusou de poder de autoridade e de outras prerrogativas, na campanha para eleição municipal de 6 de outubro deste ano, e se torna passível de cassação, junto com o vice dela e um vereador aliado. Sufoco, né? Mas a situação de Kelly não se resume nisso. O marido dela está preso, acusado de mandante e testemunha de crime de morte frio e covarde a um octogenário, chamado ‘Maranhão’, por causa de terras. Consta que Kelly também é suspeita de envolvimento no homicídio, pois deveria 45 mil reais à vítima, que além de dona de terras era agiota no município e da qual ela teria tomado dinheiro emprestado. Ramerrão Há poucos dias, organização que trabalhava ou trabalha com garimpo ilegal e contrabando de minérios, ouro principalmente, foi atingida fortemente por ação da Polícia Federal, que conseguiu tirar-lhe pelo menos R$ 4 bilhões oriundos das atividades. Essa prática ilegal envolvendo minérios é uma cultura no Brasil, por assim dizer, tão antiga que é, porém MPF parece acreditar num basta, tanto que acaba de apresentar manifestação à Justiça Federal, pedindo medidas de controle sobre o comércio de ouro de garimpo no país, reforçando pedidos feitos em ação ajuizada em 2019. Estranho! Forças ocultas parecem agir no país, pelo menos no Ibama e na Aneel. Esse instituto e essa agência fazem o que querem e não são punidos. Emperram o progresso do país, com medidas antieconômicas e antissociais. O Ibama, por exemplo, leva na barriga a questão da pretensão da Petrobras explorar petróleo na costa atlântica do Amapá, mesmo com o presidente Lula se dizendo favorável à medida. E a Aneel, por sua vez, fica a aumentar tarifa de luz elétrica, tornando a vida do brasileiro mais difícil. O amapaense, então, vai à loucura com isso, apesar de por aqui as lideranças políticas darem um jeito de pagar a distribuidora de energia, por meios que não diretamente o bolso do consumidor. Cuidado! Há quem diga que os países e estados amazônicos, se continuarem a se preparar para a COP 30, criando apenas demandas econômicas para mostrar ao mundo e se aproveitarem da riquíssima biodiversidade existente, vão acabar tendo decepção, pois as grandes potências estariam interessadas, em se tratando de COP, apenas com as questões climáticas que, a persistirem como estão, acabarão abalando ainda mais a natureza com grandes catástrofes. Ainda bem que o Amapá tem um setor bastante ativo que trata de alterações climáticas, e isso já vem de mais ou menos 20 anos atrás. Repercussão Nessa semana que passou, houve evento em Macapá para agitar discussões acerca da probabilidade de se explorar petróleo na costa do Amapá. Esse assunto, aliás, toma conta do país, mas parece só não preocupar o Ibama que, com discurso de defesa ambiental, exige mil e uma providências da Petrobras. Como a esperança, dizem, é a última que morre, até mesmo o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região acredita que um dia o ouro negro será tirado das entranhas oceânicas amapaenses, e por causa disso já tem em pauta criar uma Vara da Justiça Trabalhista no município de Oiapoque. E-mail: douglasjaty@hotmail.com Jornalista DOUGLAS LIMA E-mail: coluna.argumentos@yahoo.com.br - blog: cleberbarbosa.net |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 15 E 16 DE DEZEMBRO DE 2024 CLEBERBARBOSA argumentos 4 Em2022, 87,3% da população do Amapá morava em domicílios com acesso à internet. Os novos dados do Censo 2022 foram divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). AS ÚLTIMAS ENERGIA - Segundo o levantamento, 99,3% das crianças brasileiras com até cinco anos possuem registro civil, um aumento de 2% em relação a 2010. Todas as regiões do país alcançaram índices superiores a 97%, e cerca de 20% dos municípios brasileiros alcançaram 100% de cobertura. A região Norte recebeu destaque por apresentar os maiores avanços no período. Minas Gerais lidera em porcentagem entre os estados, com 99,7% das crianças registradas. Os dados também apontam para uma inclusão significativa de crianças negras nas regiões Norte e Nordeste, enquanto o Sul apresenta o maior percentual de crianças brancas registradas. Amapá conectado V CB/ Reprodução Paradoxo Um curiosa levantamento doMinistério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), mostra um recorte curioso sobre o registro civil dos recémnascidos. OAmapá lidera o ranking de sub-registros, que é quando o assentamento em cartório não ocorre nomesmo ano de nascimento. Mas pelomenos o estado corre atrás para fazê-lo. Segurança As Forças de Segurança do Estado iniciaram na sexta-feira, 13, a Operação Especial Contra o Crime Organizado nos municípios de Macapá e Santana. A ação é liderada pela Polícia Militar do Amapá (PM-AP) e busca intensificar o combate às facções criminosas durante o período de fim de ano, alinhando-se às operações Papai Noel e Protetor. Integração O titular da SEJUSP, José Neto, diz que essa operação é uma resposta direta ao crime organizado em nosso estado, especialmente neste período do ano, quando há maior circulação de pessoas e dinheiro. Estamos empenhados em proteger a população e garantir que o final de 2024 seja marcado pela tranquilidade e integração entre as forças. Educação O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ofertará, em 2025, mais de 600 vagas em universidades públicas do Estado do Amapá. A distribuição das vagas ficou assim: Instituto Federal do Amapá (Ifap): 694 vagas.; niversidade do Estado do Amapá (UEAP): não aderiu; Universidade Federal do Amapá (Unifap): também não aderiu. Importações O Ingresso de Mercadoria Nacional (PINs) internados na área de atuação da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) alcançou R$ 47,42 bilhões de janeiro a setembro deste ano, apontou balanço divulgado, nesta quinta- feira (12), pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). O Amazonas concentrou 65% do valor total de internamento e o Amapá é o segundo, com 12,35%. INDÍGENAS - A pesquisa também inclui dados específicos sobre crianças indígenas, considerando tanto o registro civil convencional quanto o Registro Administrativo de Nascimento Indígena (RANI). Segundo o levantamento, as regiões Norte e Centro-Oeste concentram as maiores proporções de crianças indígenas sem registro formal, com 8,4% e 3%, respectivamente. Nessas áreas, o RANI é amplamente utilizado como alternativa. Estados como Espírito Santo, Sergipe, Paraíba e Alagoas lideram com taxas acima de 98% no registro de crianças indígenas em cartório. Por outro lado, Roraima (26,8%) e Amapá (6,6%) as maiores taxas de sub-registro.

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