Diário do Amapá - 15 e 16/12/2024
FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa |ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 15 E 16 DE DEZEMBRO DE 2024 A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional aponta diminuição de ritmo em quatro dos 15 locais analisados. As maiores quedas foram registradas no Rio Grande do Sul (-1,4%) e no Rio de Janeiro (-1,3%). Na passagem de setembro para outubro, a produção industrial brasileira recuou 0,2%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Es- tatística (IBGE), que divulgou o levanta- mento nesta sexta-feira (13), no Rio. No acumulado em 12 meses houve alta de 3%, com 17 dos 18 locais pesqui- sados mostrando resultados positivos, enquanto o índice acumulado no ano teve expansão de 3,4%, com resultados positivos em todos os 18 locais analisados. A indústria nacional está 2,6% acima do seu nível pré-pandemia Segundo o IBGE, o destaque de ou- tubro em termos absolutos e segundo lugar em influência negativa foi o mau desempenho da indústria gaúcha (-1,4%), eliminando parte do avanço de 2% re- gistrado no mês anterior. Os setores de produtos do fumo; produtos químicos; e celulose, papel e produtos de papel fo- ram os que mais contribuíram para esse resultado. A pesquisa revela que a maior in- fluência negativa em outubro foi a in- dústria do Rio de Janeiro (-1,3%), que ocupou o segundo lugar no ranking de maiores recuos na produção industrial, marcando o segundo mês seguido de queda na produção. Nesse período, acu- mulou redução de 3%. Os principais res- ponsáveis para a performance da indústria do Rio foram os setores extrativos e de máquinas e equipamentos. São Paulo avança 2% Maior parque industrial do país, São Paulo avançou 2% de setembro para ou- tubro, a maior influência positiva no re- sultado da indústria nacional. Trata-se da segunda taxa positiva seguida da in- dústria paulista, acumulando um ganho de 3,1%. “Os setores de veículos automotores; produtos químicos; e máquinas, aparelhos e materiais elétricos foram os que mais influenciaram a dinâmica da indústria do estado. Esse resultado deixa a indústria paulista 3,8% acima do seu patamar pré- pandemia e 19,5% abaixo do seu nível mais alto, alcançado emmarço de 2011”, disse Bernardo Almeida, analista da pes- quisa regional. Pelo lado das altas, Pará (7%), Mato Grosso (4,6%), Paraná (3,7%) e Ceará (3,5%) anotaram as taxas mais expressivas. O analista lembra que “a indústria pa- raense é pouco diversificada, mais con- centrada no setor extrativo, justamente o que impulsionou o crescimento da in- dústria do estado em outubro. Esse bom desempenho acontece depois de três meses de resultados negativos, período no qual houve perda de 7,5%”. ■ PRODUÇÃO INDUSTRIAL CAI EM QUATRO DOS 15 LOCAIS PESQUISADOS PELO IBGE PIM V Foto/ Marcello Casal JrAgência Brasil O volume de vendas do comércio varejista cresceu 0,4% no país em outubro deste ano, na com- paração com o mês anterior. Essa é a segunda alta consecutiva do indicador, que já havia avançado 0,6% em setembro. Os dados da Pesquisa Mensal do Co- mércio (PMC), foram divulgados nesta quinta-feira (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor também apresentou altas de 6,5% na comparação com outubro do ano passado, o que representou o 17º resultado positivo do setor. O cres- cimento acumulado no ano chegou a 5%. Em 12 meses, o varejo acumula alta de 4,4%. Na passagem de setembro para ou- tubro, seis das oito atividades pesquisadas apresentaram alta: móveis e eletrodo- mésticos (7,5%), equipamentos ematerial para escritório, informática e comuni- cação (2,7%), tecidos, vestuário e calçados (1,7%), combustíveis e lubrificantes (1,3%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,3%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,3%). “O setor de móveis e eletrodomés- ticos foi o que tevemaior alta emoutubro, refletindo os dois meses anteriores de queda. Ao longo do ano, o segmento apresenta uma volatilidade alta, com maior amplitude tanto de altas quanto de baixas, mais intensa do que a dos demais setores”, afirma o pesquisador do IBGE Cristiano Santos. Por outro lado, duas atividades ti- veram queda: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,1%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,5%). O varejo ampliado, que também considera os segmentos de materiais de construção e vendas de automóveis e peças, cresceu 0,9% de setembro para outubro. A alta foi puxada principalmente pelas atividades de veículos e motos, peças e partes, que avançou 8,1%. Os materiais de construção tiveram alta de apenas 0,7%. O varejo ampliado também teve altas nas demais comparações temporais: 8,8% na comparação com outubro de 2023, 4,9% no acumulado do ano e 4,3% no acumulado de 12 meses. Receita nominal A receita nominal do comércio va- rejista teve altas de 0,9% na comparação com setembro deste ano, 11,9% em re- lação a outubro de 2023, 8,8% no acu- mulado do ano e 8% no acumulado de 12 meses. A receita nominal do varejo ampliado tambémapresentou resultados positivos: 1,4% de crescimento na comparação com setembro, 13,5% em relação a ou- tubro do ano passado, 7,9% no acumu- lado do ano e 7,2% no acumulado de 12 meses. ■ PMC Pela primeira vez desde agosto, o Banco Central (BC) vendeu dólares das reservas internacionais, sem comprar o dinheiro de volta, para segurar a alta da moeda norte-americana. A autoridade monetária leiloou na tarde desta sexta-feira (13) US$ 845 milhões para fazer cair a cotação. O leilão à vista ocorreu pouco antes das 15h. A última venda de dólares do tipo ocorreu em 30 de agosto, quando a autoridade monetária vendeu US$ 1,5 bilhão. Atualmente, o BC tem US$ 363,6 bilhões em reservas internacionais. Na quinta-feira (12), o BC tinha leiloado US$ 4 bilhões das reservas internacionais. No entanto, havia vendido o dinheiro na modalidade leilão de linha, com o compromisso de comprar de volta uma parte em fevereiro e outra em abril e reincorporar os recursos às reservas externas. Após a intervenção desta sexta-feira, a cotação desacelerou e caiu para R$ 6,02. Antes da ope- ração, o dólar comercial estava sendo vendido a R$ 6,07. Nesta sexta-feira, a moeda norte-americana abriu em queda, chegando a ser vendida a R$ 5,99 nos primeiros minutos de negociação. No entanto, o dólar reverteu o movimento ainda durante a manhã, passando a operar em alta. ■ COTAÇÃO BC vende US$ 845 mi das reservas internacionais para segurar dólar ● VAREJO TEM ALTA DE 0,4% DE SETEMBRO PARA OUTUBRO, DIZ IBGE Bets: AGU diz que há dificuldades para impedir uso do Bolsa Família A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou nesta sexta-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, um pedido de esclarecimento sobre a decisão que determinou ao governo federal a adoção de medidas imediatas para proibir o uso de programas sociais para rea- lização de apostas eletrônicas, conhecidas como bets. No documento, a AGU informa que há dificuldades operacionais para cumprir a decisão do ministro Luiz Fux, do STF, proferida no mês passado, para impedir gastos dos beneficiários com as apostas. O governo federal apontou que há dificuldades para identificar nas contas os recursos provenientes dos benef ícios e o dinheiro de outras fontes de renda. Dessa forma, não é possível impedir que a conta seja utilizada para apostas. Outro esclarecimento feitopelaAGUtrata da abrangência da restrição das apostas. O objetivo é esclarecer se a deter- minação vale também para apostas de bets estaduais. Barreiras "A adoção de medidas imediatas encontra barreiras de ordem prática de dif ícil superação, razão pela qual faz-se imprescindível o aclaramento do acórdão recorrido", afirmou a AGU. Não há prazo para o julgamento do pedido de esclareci- mento. No dia 14 de novembro, o plenário do Supremo ra- tificou a liminar proferida por Luiz Fux. Na decisão, o ministro também determinou que as regras previstas na Portaria nº 1.231/2024, doMinistério da Fazenda, sobre a proibição de ações de comunicação, de publicidade e propaganda e demarketing dirigidas a crianças e adolescentes tenham aplicação imediata. ■ ● APOSTAS
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