Diário do Amapá - 17/12/2024

FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA TERÇA-FEIRA | 17 DE DEZEMBRO DE 2024 O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e o Pacto Contra a Fome assinaram, nesta segunda-feira (16), em São Paulo, Termo de Cooperação Técnica no âmbito do combate à fome e redução do desperdício de alimentos no Brasil para a modernização de bancos de ali- mentos de entrepostos e armazéns. Com presença do ministro da pasta, Paulo Teixeira (foto), e da cofundadora e presidente do conselho do pacto, Geyze Diniz, a solenidade foi realizada na Com- panhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na capital paulista, maior central de abastecimento de ali- mentos da América do Sul. Também par- ticipou do evento o diretor-presidente da Ceagesp, José Lourenço Pechtoll. A meta da cooperação técnica é via- bilizar o estudo das experiências bem sucedidas executadas por centrais de abastecimento do Brasil no que diz res- peito ao aproveitamento, redução de per- das de alimentos e ao desenvolvimento de proposições de replicação dessas ini- ciativas em entrepostos e armazéns, em especial na Ceagesp e na Ceasa Minas, vinculadas ao Ministério do Desenvolvi- mento Agrário e Agricultura Familiar. “O propósito do presidente Lula é tirar o Brasil do mapa da fome e garantir segurança alimentar”, disse o ministro Paulo Teixeira. Explicou que o acordo assinado hoje é uma estratégia de re- construção do banco de alimentos da Ceagesp para fazer com que ele tenha os melhores padrões, de modo a potencia- lizar o aproveitamento das doações que recebe e que são encaminhadas à popu- lação em situação de insegurança ali- mentar. Durante a solenidade, foi assinado protocolo de intenções entre o MDA e a Ceagesp visando incentivar a agricultura familiar e apoiar cooperativas. Oministro destacou que a medida deverá promover a ampliação da presença dos agricultores familiares nos espaços de comercialização e de abastecimento alimentar da Cea- gesp. Renegociação de dívidas “Estamos agora neste fim de ano pre- parados para fazer uma imensa entrega, além do ‘desenrola’ [renegociação de dí- vidas com bancos], créditos e obtenção de novas áreas para a reforma agrária. Nós também viabilizamos um sistema de assistência técnica e extensão rural. Este conjunto é uma entrega muito subs- tantiva que estamos fazendo neste fim de ano”, acentuou o ministro. “Vamos entregar só neste ano 15 mil assentados e 70 mil pessoas incorporadas no programa de reforma agrária”, infor- mou Teixeira. “Eu espero que o Congresso Nacional, na aprovação do Orçamento, também dedique recursos para os programas de reforma agrária”, acentuou. Teixeira afirmou, ainda, que o decreto sobre a renegociação e perdão de parte das dívidas dos agricultores está pronto para ser assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A previsão é que seja firmado até janeiro próximo, no má- ximo. Com a medida, os agricultores po- derão voltar a tomar crédito. ■ COMBATE À FOME A inflação recuou para cinco das seis faixas de renda analisadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em novembro deste ano, na comparação com o mês anterior. Apenas as famílias com renda alta tiveram um aumento na taxa de inflação no período (ao passar de 0,27% em outubro para 0,64% para novembro), devido à alta de 22,7% nas passagens aéreas. A maior queda foi observada entre as famílias com renda muito baixa, para as quais a taxa recuou de 0,75% para 0,26%. O resultado foi provocado pela redução da tarifa de energia, apesar das altas nos alimentos. As demais faixas de renda apresentaram as seguintes variações: renda baixa (de 0,71% para 0,32%), renda média- baixa (de 0,61% para 0,35%), renda média (de 0,54% para 0,39%) e renda média-alta (de 0,49% para 0,35%). ■ IPEA Inflação perde força nas faixas de renda média e baixa ● GOVERNO ANUNCIA ESTRATÉGIA PARA ENTREPOSTOS E ARMAZÉNS O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) informou nesta segun- da-feira (16) que o petróleo ca- minha para fechar o ano como principal produto da pauta exportadora brasileira pela primeira vez na série histórica iniciada em 1997. O Brasil exportou US$ 42,8 bilhões de petróleo até novembro, à frente da soja e dominério de ferro. Segundo estimativa do IBP, até o final do ano, o petróleo deve somar US$ 47 bilhões em exportações. Desde 2016, a balança comercial do setor tem apresentado saldo líquido positivo. De acordo com o IBP, a projeção de produção para 2025 é de 3,6 milhões de barris de petróleo por dia (bpd). Atual- mente, essa produção é de 3,4 milhões de barris. “Esse aumento de produção é a matu- ração de investimentos do pré-sal, a entrada de algumas FPSOs (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, da sigla em inglês) do pré-sal”, disse o pre- sidente do IBP, Roberto Ardenguy. Estima-se também quase R$ 600 bi- lhões em royalties, participações especiais e comercialização do óleo da União com o setor nos próximos quatro anos. OBrasil é o oitavo produtor de petróleo do mundo e o nono maior em parque de refino. O setor de óleo e gás representa 17%do Produto Interno industrial brasileiro e fornece 45% da oferta interna de ener- gia. O país é o segundo produtor mundial de biocombustíveis, o oitavomercado con- sumidor do mundo com geração de 1,6 milhão de empregos diretos e indiretos. A geopolítica terá um papel central mais uma vez em 2025 na discussão dos fluxos energéticos. “As guerras e conflitos que têm acon- tecido, Ucrânia, Rússia, os conflitos no Oriente Médio, eles influenciam direta- mente esses fluxos energéticos, a impor- tação e exportação, todas essas dinâmicas”, disse a gerente de análises técnicas do IBP, Isabela Costa. No campo macroeconômico, ela des- taca o acompanhamento da evolução dos indicadores dos Estados Unidos e da China, principais consumidores de petróleo. Pelotas e Margem Equatorial O IBP destacou entre as novas áreas de exploração a Bacia de Pelotas. A parte emersa da bacia ocupa aproximadamente 40,9mil quilômetros quadrados (km²) dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Em território brasileiro, a bacia se estende desde o Alto de Florianópolis, ao norte, limite geológico com a Bacia de Santos, até a fronteira geográfica com o Uruguai, ao sul. A Petrobras, em parceria com a Shell, assinou 26 contratos de concessão com a AgênciaNacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para exploração da bacia. Oconsórcio terá como operadora a Petrobras com 70% de participação e a Shell com30%, com investimento previsto de R$ 1,5 bilhão. Já aMargemEquatorial, que comporta cinco bacias sedimentares: Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar, além da Foz do Amazonas, tempotencial para adi- cionar 1,106 milhão de barris de petróleo por dia na produção nacional a partir de 2029. ■ PETRÓLEO DEVE FECHAR O ANO COMO PRINCIPAL PRODUTO DA PAUTA EXPORTADORA IBP V Foto/ Tania Regô/Agência Brasil

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