Diário do Amapá - 28/12/2024

ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ SÁBADO | 28 DE DEZEMBRO DE 2024 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail: reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO E o vento levou... Ficará para 2025 a análise pela Câmara dos Deputados do texto do Acordo sobre o Comércio de Aeronaves Civis da Organização Mundial do Comércio, celebrado em Genebra, em 12 de abril de 1979. Isso mesmo. O acordo firmado há 45 anos chegou na Câmara em outubro passado. O comércio mundial anual dos produtos cobertos pelo tratado alcança US$ 3,73 trilhões em exportações e importações. Couro na conta Mais uma câmara de comércio exterior se mostrou disposta a ajudar a retomada da economia gaúcha depois das enchentes de março. O Quênia pretende importar couro do Estado sulista. O aviso foi dado pelo embaixador do país, Lemarron Kaanto, ao deputado Lucas Redecker (PSDB- RS), presidente da Comissão de Relações Exteriores. Mais Médicos O Programa Mais Médicos, criado para reforçar o atendimento no SUS, se mostra promissor. Até novembro contabilizou mais de 26,5 mil médicos ativos. Destes, mais de 10 mil são intercambistas vindos de outros países – com destaque para Cuba (1.680) e Bolívia (130). Em 2021 o Ministério da Saúde registrou cerca de 15,3 mil profissionais. Mas o maior contingente está em cidades de média e baixa vulnerabilidade. Lado de lá Embora o Brasil desde 1974 reitere o seu apoio ao princípio de “Uma Só China”, um ministro de primeira-classe, Luís Cláudio Villafañe, equivalente a Embaixador, foi designado para chefiar o Escritório de Negócios do país, em Taipei, capital de Taiwan – que se declara independente dos chineses. A China sempre ameaça cortar relações com países que não reconhecerem Taiwan como uma província da potência asiática. Tratado nuclear Desde 2018, o Governo brasileiro tenta a ratificação do Tratado para a Proibição das Armas Nucleares, assinado em Nova York em 20 de setembro de 2017, pelo então presidente Michel Temer. A ratificação do acordo pode comprometer definitivamente o Programa Nuclear Brasileiro. Embora o Brasil tenha renunciado constitucionalmente ao desenvolvimento de armas nucleares, a pressão dos Estados Unidos segue forte para que o Brasil não avance um milímetro mais em seu Programa Nuclear, conduzido pela Marinha. O tratado de 2017 seria a pá de cal. Além disso, ao ratificar o Tratado que os países nucleares não aderem, o Brasil também perderia qualquer capacidade de barganha para negociar com as grandes potências, tornando-se definitivamente um “anão diplomático”, termo cunhado pela diplomacia israelense. P esquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que 49%dos entrevistados disseramacreditar que, em 2025, o Brasil irá melhorar. O resultado é o mesmo em relação ao levantamento de outubro, mas dez pontos abaixo do registrado na pesquisa de dezembro do ano passado, que somou 59%. Já a percentagem dos entrevistados que disseram que o país irá piorar passou de 23% em outubro para 28% em dezembro, ficando 11 pontos acima do registrado no mesmo período do ano anterior, de 17%. O levantamento da Febraban, divulgado nesta quinta- feira (26), foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 5 e 9 de de- zembro, com 2 mil pessoas, nas cinco regiões do país. A pesquisa mostrou ainda que, para a maioria (66%), o país melhorou em 2024 (40%) ou ficou igual (26%) em relação a 2023. Essa soma era de 79% em dezembro de 2023 (melhorou: 49%; ficou igual: 30%), o que representa um recuo de 13 pontos no acumulado do ano. Já a percepção de piora do ano corrente em relação ao ano anterior, que era 20% em dezembro do ano passado, cresceu de forma contínua em 2024, alcançando, em de- zembro de 2024, para 32%, um aumento de 12 pontos em relação a dezembro de 2023. “Os sentimentos para 2024 e as perspectivas para 2025 carregam sentimentos de otimismo e cautela, que refletem o que ocorreu ao longo de todo ano. De um lado, o período que se encerra teve um viés positivo para as pessoas e as famílias, com a alta do emprego, mas também foi influenciado negativamente pela seca, queimadas e pelo noticiário de alta da Selic, dos juros e da inflação”, destacou o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe. ■ FEBRABAN Pesquisa: 49% dos brasileiros acreditam que país vai melhorar em 2025 O s trabalhos de busca dos mer- gulhadores por desaparecidos na queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) fo- ram suspensos devido ao risco de desa- bamento. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit) iden- tificou uma movimentação no que so- brou da estrutura da ponte, por isso re- comendou a suspensão dos trabalhos. De acordo com a Marinha, o corpo de uma das vítimas foi encontrado por pescadores ontem (26) à noite, a apro- ximadamente 6 km do local do desaba- mento. Duas vítimas foram localizadas também nesta quinta-feira, mas os cor- pos não foram resgatados devido a risco para o trabalho dos profissionais. Com isso são nove o número de mortos e oito desaparecidos. Na quinta-feira, os mergulhadores localizaram os caminhões que trans- portavam agrotóxicos e ácido sulfúrico a uma profundidade de cerca de 35 me- tros. Eles também localizaram uma moto e uma caminhonete. Agência Nacional de Águas e Sa- neamento Básico (ANA) continua mo- nitorando a qualidade da água no To- cantins. Segundo a agência reguladora, até o momento não há risco de conta- minação da água por vazamento de produtos químicos. A Marinha informou que novos equipamentos chegaram nesta sexta- feira (27) e devem auxiliar nas buscas. Entre eles, uma câmara hiperbárica e o de mergulho independente, que tem o suprimento de ar feito por mangueiras que chegam na superf ície. Com isso vai ser possível realizar o trabalho por um período maior. Além disso, veículos que ficaram na ponte ainda não foram retirados devido ao risco de desmoronamento. O Dnit informou que uma força-tarefa se en- contra na região. O objetivo, segundo o órgão, é in- tensificar o apoio à população, com a contratação de balsas para a travessia do Rio Tocantins, além de acelerar o trabalho de apuração das causas pela queda da estrutura. “Com a decretação de emergência, o DNIT atua com celeridade na con- tratação da reconstrução da nova ponte. A autarquia reforça, ainda, que há rotas alternativas de deslocamento entre as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), na BR-226/TO”, disse o órgão. ■ DNIT RISCO DE DESABAMENTO SUSPENDE BUSCAS NA PONTE ENTRE O MA E TO V Foto/ Bombeiros Militar/Governo do Tocantins

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