Diário do Amapá - 15 e 16/09/2024
www.diariodoamapa.com @diariodoamapa @diariodoamapa Diversos estudos identificam uma correla- ção entre a ansiedade materna e o comporta- mento de crianças que estão sendo submetidas a tratamento odontológico. Essa situação pode fazer com que a visita ao den- tista não seja associada a algo normal e, dessa forma, os pais demorem para levar seus filhos ao odontopediatra. Ao longo do tempo, se esses pacientes não forem submetidos ao tra- tamento preventivo, a que deveriam, o trata- mento necessário se tornará mais especializado, com procedimentos mais inva- siv A os s . pessoas não nascem com ansiedade e medo de tratamento odontológico e/ou o den- tista. Essa associação ocorre através do pro- cesso de socialização. As crianças são tão suscetíveis à ansiedade quanto os adultos, e sua ansiedade é resultado da comunicação de relato de experiências ruins ou mesmo de ameaças que os pais fazem. Tudo isso torna o gerenciamento clínico e psicológico mais difí- cil por causa das diferentes compreensões das crianças. Portanto, é necessário que seja pos- sível trabalhar além de uma abordagem sim- ples com visitas regulares aos dentistas, com ênfase na noção de que essa é uma atividade diária normal e que pode ser agradável. Nas últimas décadas, houve melhorias sig- nificativas em relação ao equipamento, proce- dimentos, técnicas e materiais dentários, no entanto, o tratamento odontológico ainda causa uma série de preocupações, especial- mente no que diz respeito à provisão de cui- dados dentários para crianças. Apesar dos amplos avanços tecnológicos em odontologia e busca de serviços mais hu- manizados focados no suporte e no atendi- mento integral, ainda há um padrão de pensamento, especialmente entre a popula- ção brasileira, que associa o ambiente dental a um lugar que irá causar dor e pode gerar sentimentos de medo e ansiedade. Tais valo- res são transferidos de uma geração para outra, criando assim um ciclo de medo e so- frimento na primeira infância. Esses senti- mentos prevalecem na idade adulta, quando serão reproduzidos novamente e transferidos para futuras gerações. Esse medo também parece estar associado ao comportamento não colaborativo e à falta de visitas a um dentista, criando assim um cír- culo vicioso, no qual pessoas com muito medo são mais propensas a atrasar seu tratamento, levando a um piora de seus problemas e a ali- mentar o medo dental que já estava presente. Portanto, mamães, nada de atrasar a visita de seu filhos no odontopediatra, ele é o profis- sional mais habilitado para deixar o sorriso do seu filho lindo e saudável. █
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