Diário do Amapá - 05 e 06/10/2025

ENTREVISTA GOVERNADOR |ENTREVISTA | DIÁRIO DO AMAPÁ DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 05 E 06 DE OUTUBRO DE 2025 14 A Folia Literária Internacional do Amapá, em sua terceira edição, consolida a estratégia de abrir novas formas de agregar valor ao enorme potencial da cultura local, segundo defende o governador Clécio Luís, em entrevista. E xiste uma máxima de que o povo nao quer só comida, mas diversão e arte também, não é? Como a Folia Literária se insere nas deman- das que passam no seu dia a dia e o seu go- verno precisa atender ou garantir governador? Clécio Luís - Olha, esse evento começou de um desejo e de uma necessidade, com muita dificuldade na prefeitura ainda, de lançar livros e de expor as nossas crianças, a juventude, a população macapaense aos livros. Nós começamos a lançar vários livros e fizemos a primeira feira literária. Na primeira já veio aqui o Luiz Inácio Vieira de Melo, que é curador de mui- tas feiras literárias. Depois veio Salgado Maranhão e outros que nos ajudaram a formatar uma feira. Nós entramos no go- verno já fazendo a primeira, e essa é a terceira edição. E está aqui, olha, para provar que não são só aqueles grandes shows nos circuitos nacionais. Oportunidade para os pequenos também, o senhor diria governador? Clécio - As pessoas, se tiverem oportunidade, se tiverem para onde acessar livros, cultura, arte, dança, literatura, enfim, elas vêm. Então essa folia literária é uma sigla de uma feira in- ternacional de literatura e livros que acontece aqui.Vários lan- çamentos estão acontecendo neste momento na folia literária. Esse local se revigora com isso. E agora o show de hoje é um show inédito que denuncia a nossa idade e que é um sonho de muita gente que está aqui, viu? Que é Beto Guedes.Beto Gue- des embalou gerações da década de 70, 80 e 90 pelo menos. E teve gente que disse ter casado aqui em Macapá sob o som de Beto Guedes. Clécio - Ele [Beto Guedes] faz parte de três a quatro gera- ções, faz parte da vida, da história, pelo menos da musicalida- de de quem cresceu ouvindo Beto Guedes. Jovens, universitá- rios, militantes sociais… todos ouvindo Beto Guedes. O Beto Guedes está aqui com quase 80 anos, mas saudável para fazer o show, pegar sua guitarra. Só a passagem de som hoje já emocionou e lotou de gente aqui com os discos de vinil para pegar autógrafo.Então, eu estou muito entusiasmado. E o que significa? Significa mostrar que o povo é ávido por cultura. A gente quer comida, diversão, lazer e arte também, com certe- za. Para ser fiel então ao quadro do podcast, em uma série sobre guia de profissões: empreender, ser um produtor de cultura no estado do Amapá, o poder público está hoje preparado para apoiar quem aca- lenta o sonho de viver da sua arte? Clécio - Exatamente. Você sabe que eu fui produtor cultural, né? Produtor cultural durante algum tempo, produzi vários artistas: Amadeu Cavalcante, Zé Miguel, Osmar Júnior, Val Milhomem, Rambold Campos. E a Clícia foi produtora tam- bém durante bastante tempo. Ela chegou a montar uma pro- dutora chamada Bacabeiras Produções, que tinha um progra- ma na [rádio] Diário FM chamado “Festa na Floresta”. A Clí- cia, minha irmã, que hoje é secretária de Cultura. Essa profis- são ou esse of ício, assim como os guias de turismo, os recep- tores, está em alta no Amapá. Os nossos hotéis estão lotados. Nós temos hoje dois eventos concomitantes: esse que é inter- nacional e um outro do judiciário. Na semana passada tive- mos um evento de economia do mar, na retrasada outro na Expofeira… Então nós temos um calendário de eventos cultu- rais e de turismo que geram emprego e renda.. Desdobramentos para toda uma cadeia econômica. Clécio - Hoje eu estava conversando com a vereadora Gene lá de Itaubal, que disse que durante a Expofeira todos os bal- neários lotaram e isso inspirou donos de pequenos terrenos a montar estruturas turísticas. Virou uma tradição. E esses eventos também vêm ganhando boa reper- cussão fora dos domínios do Amapá, com um incre- mento no turismo receptivo, é isso? Clécio - Os guianenses vêm da Guiana Francesa, com alto poder aquisitivo, e querem tomar banho nos rios do Amapá, querem comer nossos tucunarés, filhotes, pescadas… Então realmente é um mercado novo que se abriu, está dando certo, gerando dinheiro, emprego e felicidade para muita gente. Reportagem: CLEBER BARBOSA | Foto: JOELSON PALHETA/DA PERFIL Iniciou trajetória profissional como produtor cultural. Foi militante do movimento estudantil e se formou na 1ª turma doCurso deGeografia pela UNIFAP. É especialista em Desenvolvimento Sustentável e GestãoAmbiental. Breve perfil - Aos 26 anos foi nomeado secretário de Estado da Educação, o mais jovem do Amapá e do Brasil. - Fundador do Banco do Povo e no ano de 2001, exerceu a presidência da Agência de Fomento do Amapá (AFAP). - Como Servidor Público, foi policial civil e sou professor de Geografia. - Foi eleito pela primeira vez em 2004, como vereador e reeleito em 2008. - Em 2012, foi eleito prefeito de Macapá e reeleito, em 2016. - Como prefeito de Macapá, em 2019, recebi o prêmio de “Prefeito Empreendedor”, pelo SEBRAE. - Ao final do segundo mandato, em 2020, foi avaliado como o 3º Prefeito de Capital do Brasil que mais cumpriu promessas de campanha, com 85% dos compromissos assumidos no programa de governo. - Diz conhecer todos os municípios do Estado, mas em 2021, decidiu colocar em prática o projeto “Pelo Amapá Inteiro”, morando em vários municípios. - Ele diz que isso permitiu vivenciar a realidade do dia-a- dia das pessoas, conhecer as histórias, as peculiaridades, potencialidades e dificuldades de cada região. - Em 2022 foi eleito, no primeiro turno, governador do estado. Clécio Luís ■ GovernadorClécio Luís concede entrevista à rádio Diártio FMna Folia Literária Internacional. Culturaésimumaformade empreenderaqui noAmapá Cu

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