Diário do Amapá - 17/10/2025
Investimento sustentável O Brasil registrou um aumento de 24,2% nos investimentos privados em sustentabilidade em 2025, totalizando R$ 48,2 bilhões aplicados em projetos de energia limpa, tratamento de resíduos e circularidade, segundo estudo publicado pela Amcham Brasil na última terça-feira (14/10) durante a Pré-COP30. O levantamento também aponta o crescimento no número de empresas participantes, que passou de 165 para 209. Novas diplomacias A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou nesta semana os nomes de Fernando Meirelles de Azevedo Pimentel e Luiz Cesar Gasser, para os cargos de embaixadores do Brasil na Coreia do Sul e Polônia, respectivamente. Pimentel é o atual diretor de Política Comercial do Itamaraty e Gasser é cônsul-geral do Brasil em Roma. As indicações devem ser ratificadas pelo Plenário da Casa hoje. Jeitinho Odorico Inacreditável. Antes o político brasileiro havia inventado evento para lançamento de pedra fundamental, que marca o início de uma obra, e agora tem evento até para assinatura de contrato. Odorico Paraguaçu perde para eles. O episódio acontece hoje, na cidade de Ibiporã (PR), para celebrar a assinatura da ordem de serviço que autoriza a Pavimentação da Estrada do Guarani e a Construção do Parque Lago dos Tucanos. Volta ao PRTB O ex-presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, retornou ao partido após decisão proferida pela 13ª Vara Cível de Brasília. Para Avalanche, a sua expulsão foi orquestrada por Antonio Amauri de Pinho. Ele afirma ainda que o corrido foi uma medida para retirar a candidatura de Pablo Marçal à Presidência em 2026, já que o partido representa uma 3ª via para a direita no Brasil. Potência militar No 16º dia de “shutdown” nos EUA, o exército americano está com as atividades suspensas devido a restrições orçamentárias. O país possui o exército com a maior potência militar, impulsionado justamente pelo maior orçamento de defesa do mundo. A paralisação surpreende e alerta para uma crise interna. Interesse no minério Veio aí o resultado da “química excelente” entre os presidentes Donald Trump e Lula da Silva. Após o alvoroço com a ligação entre ambos e o alerta de aliados do petista, que desconfiavam do interesse dos EUA em se beneficiar dos minerais do Brasil, o aviso se confirma. Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia (MME), revelou em uma reunião com o deputado Filipe Barros (PL-PR), que se reunirá com o Secretário de Energia dos EUA, ChrisWright, para discutir sobre minerais estratégicos. O encontro, que deve acontecer próximo ao G7 em janeiro, é o desdobramento do diálogo entre Lula e Trump. Além do país americano, a China também tem interesse nos minerais e terras raras no País. Hoje, Lula vai pela 1ª vez à sede do MME para a criação do Conselho Nacional de Política Mineral e formulação da Política Nacional Mineral do Brasil. E studos recentes feito por cientistas brasileiros con- firmaram o potencial de um exame de sangue para o diagnóstico do Alzheimer. As análises apontam o bom desempenho da proteína p-tau217 como o principal biomarcador para distinguir, por meio desse exame, indi- víduos saudáveis de pessoas com a doença. O objetivo das pesquisas, apoiadas pelo Instituto Serrapilheira, é levar os estudos para o Sistema Único de Saúde (SUS) para uso em larga escala. Segundo Eduardo Zimmer, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), apoiado pelo ins- tituto, atualmente no Brasil existem dois exames capazes de identificar o Alzheimer: o exame de líquor, um proce- dimento invasivo no qual é feita uma punção lombar utili- zando uma agulha bem fina; e o exame de imagem (tomo- grafia). Antes disso, a única forma de detectar a possibilidade da doença era o exame clínico, normalmente feito por um neurologista que fazia diagnóstico baseado nos sintomas do paciente. “Tanto o exame de líquor quanto a tomografia podem ser solicitados pelo médico para o diagnóstico da doença de Alzheimer assistido por biomarcadores. O problema é que quando pensamos num país como o Brasil, continental, com 160 milhões de pessoas que dependem do SUS, como vamos fazer esses exames em larga escala? Uma punção lombar necessita de infraestrutura, experiência e normal- mente é o neurologista que faz. Já o exame de imagem é muito caro para usar no SUS em todo o país”, afirmou. A pesquisa, assinada por 23 pesquisadores, incluindo oito brasileiros, analisou mais de 110 estudos sobre o tema com cerca de 30 mil pessoas, confirmando que o p-tau217 no sangue é o biomarcador mais promissor para identificar a doença de Alzheimer. Além de Zimmer, o estudo conta com Wagner Brum, aluno de doutorado e membro do grupo de pesquisa na UFRGS, como coautores. ■ EXAMES DE SANGUE Pesquisas brasileiras avançam no diagnóstico de Alzheimer O calor é responsável por cerca de 1 em cada 100 mortes na América Latina atualmente, e esse número pode chegar a mais do que o dobro em 20 anos, considerando o ritmo normal de envelhecimento da po- pulação e cenários moderados de aque- cimento global, entre 1º C e 3º C de au- mento para o período de 2045 a 2054. A conclusão é de uma análise de cenários feita em 326 cidades da Argentina, do Brasil, Chile, da Costa Rica, de El Sal- vador, da Guatemala, doMéxico, Panamá e Peru por uma rede de pesquisadores. Estimadas hoje em 0,87% do total, as mortes por calor podem chegar a 2,06% no pior cenário. “As pessoas idosas e as mais pobres são as que mais sofrem. Quem vive em áreas periféricas, emmoradias precárias e sem acesso a ar-condicionado ou a es- paços verdes terá mais dificuldade para enfrentar ondas de calor cada vez mais intensas. As mortes são apenas a ponta do iceberg. O calor extremo aumenta o risco de infartos, insuficiência cardíaca e outras complicações, especialmente em pessoas com doenças crônicas”, ex- plica Nelson Gouveia, professor do De- partamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), um dos autores do estudo. No Brasil, a participação considerou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do DataSUS e do Censo Demográfico, do Instituto Brasi- leiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim como nos demais países da Amé- rica Latina analisados, as mortes causadas por eventos climáticos envolvendo tem- peraturas extremas devem aumentar consideravelmente, tanto para situações envolvendo calor quanto frio. Um fator decisivo é o aumento da população acima de 65 anos na década estimada (2045-2054), que aumenta a população mais afetada por essas doenças. Os pesquisadores concluíram ainda que é possível impedir parte considerável dessas mortes desde que se inicie a construção e aplicação de políticas de adaptação climática voltadas para o au- mento de populações vulneráveis a tem- peraturas extremas, como planos de ação para períodos de calor intenso e adaptações nas cidades para diminuir a exposição a temperaturas elevadas e mi- tigar seus efeitos na saúde, de forma acessível aos idosos e a pessoas com deficiências. ■ MUDANÇAS CLIMÁTICAS MORTES CAUSADAS PELO CALOR PODEM DOBRAR E AFETAR PRINCIPALMENTE IDOSOS V Foto/ Tânia Rêgo/Agência Brasil ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ SEXTA-FEIRA | 17 DE OUTUBRO DE 2025 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail: reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO
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