Diário do Amapá - 18/10/2025

Intolerância religiosa Levantamento Oldiversity da Croma Consultoria mostra que 28% dos brasileiros consideram o Brasil tolerante em relação às crenças religiosas e 35% pensam o contrário. Enquanto 36% acreditam em um futuro mais tolerante, 35% supõe que a intolerância crescerá. A pesquisa também revela que esse preconceito atinge na maioria das vezes pessoas LGBTQIAPN+ (66%), com deficiência (61%) e negras (54%). Frente Brasil-Taiwan Os deputados Junio Amaral (PL-MG), Sanderson (PL-RS) e Bibo Nunes (PL-RS) foram os únicos que deram as caras na festa nacional de Taiwan, na semana passada em Brasília. Amaral foi além e criou a Frente Parlamentar Brasil–Taiwan, para a irritação dos chineses. Mais livros O Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) distribuiu 194,6 milhões de exemplares em 2024. Os dados constam no Anuário Abrelivros 2025, que tem como tema “Os Jovens e o Ensino Médio” e destaca a chegada da nova Política Nacional de Ensino Médio, prevista para 2026. Nos últimos 11 anos, o PNLD entregou mais de 1,5 bilhão de livros às escolas públicas. A gafe Não foi apenas visita de cortesia o café entre o presidente Lula da Silva e os ministros do STF, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Alexandre de Moraes. Conforme fontes ouvidas pela Coluna, o petista já escolheu para a vaga o advogado-geral da União, Jorge Messias. E a decisão preocupou metade da Corte, porque segundo contam nos bastidores, Messias ainda não teria o notório saber para ocupar o cargo. Setor aquaviário O Ministério de Portos e Aeroportos prevê R$ 30 bilhões em investimentos no setor portuário e hidroviário entre 2023 e 2026. Nos últimos dois anos, o Brasil aumentou em 279 quilômetros a extensão de suas vias hidroviárias economicamente navegáveis, passando de 20,1 mil para 20,4 mil quilômetros entre 2022 e 2024, um crescimento de 1,39%, revela levantamento da Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Marginal não é vítima Uma decisão da Polícia Civil do Rio de Janeiro dará maior respaldo aos agentes que participam de operações em áreas conflagradas – classificadas pela polícia como locais onde pode haver mortes por intervenção de agentes. A resolução foi assinada pelo Secretário Felipe Curi e determina que os agentes não sejam mencionados como “autores” em confrontos que neutralizem os criminosos. A partir de agora, o padrão passa a ser “interventor/vítima” para policiais e “opositor” para os bandidos. Amedida entrou emvigor nesta quarta-feira (15) com o 1º registro conforme as novas nomenclaturas. Em nota à Coluna, Curi lembrou que a reação da polícia depende da ação do criminoso e que é uma escolha dele entrar em confronto ou não. “Não faz sentido tratar esse criminoso como vítima”, afirma o secretário. S em citar o presidente Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa da Venezuela, e também de Cuba, emmeio ao aumento da pressão dos Estados Unidos (EUA) contra o governo de Nicolas Maduro. "Todo mundo diz que a gente vai transformar o Brasil na Venezuela. O Brasil nunca vai ser a Venezuela, e a Ve- nezuela nunca vai ser o Brasil, cada um será ele [próprio]. O que defendemos é que o povo venezuelano é dono do seu destino, e não é nenhum presidente de outro país que tem que dar palpite de como vai ser a Venezuela ou vai ser Cuba", disse Lula em evento do PCdoB, em Brasília. O Brasil, em conjunto com a maioria dos países da América Latina, já havia manifestado preocupação com a movimentação militar de Washington nas águas do Caribe. O presidente brasileiro falou um dia depois de Trump confirmar que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela para derrubar o governo emCaracas, o que é uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas (ONU). Lula também condenou a manutenção de Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo. “O que nós dizemos publicamente é que Cuba não é um país de exportação de terroristas. Cuba é um exemplo de povo e dignidade”, disse. Os EUA tentam, desde a década de 1960, mudar o sistema político de Cuba aplicando um embargo econômico e financeiro que pune empresas e embarcações que co- mercializem com a ilha caribenha. Com o início do novo governo Trump, as medidas contra Cuba foram reforçadas, incluindo ameaças contra nações que contratam serviços médicos da ilha, uma das poucas fontes de receita do país. Cuba vive uma crise eco- nômica com recorrentes quedas de energia. ■ INTERVENÇÃO Lula defende que “nenhum presidente” deve dar palpite sobre Venezuela O rganizações e movimentos da so- ciedade civil apresentaram nesta quinta-feira (16) um documento com seis eixos prioritários para o sucesso da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climáticas (COP30), que será realizada em Belém em novembro. Omaterial é resultado de dois dias de debates durante o evento O Caminho para Belém, em Brasília. As entidades alertam que a humanidade não pode perder mais um ano: é urgente limitar o aquecimento global a 1,5°C. O texto pede que a conferência entre- gue resultados consistentes em todos os seus pilares, para aumentar a ambição da ação climática e recuperar a confiança na UNFCCC (sigla em inglês para Conven- ção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima). “A primeira COP da Amazônia tem a oportunidade de deter e reverter o des- matamento até 2030 e ampliar o financia- mento climático público. A conferência deve dar uma resposta firme à lacuna de ambição dasNDCs”, disseAnnaCárcamo, especialista empolítica climática doGreen- peace Brasil. Eixos de ação O documento propõe um pacote po- lítico e de negociação para orientar os re- sultados da COP30. Ele está dividido em seis eixos: Redução das emissões com equidade: criarmecanismos para que países assumam cortes significativos de gases de efeito estufa ainda nesta década, em linha com a meta de 1,5°C; Transição energética justa: definir um calendário global de transição para longe dos combustíveis fósseis, conforme previsto na Contribuição Nacional Determinada (NDC, na sigla em inglês) do Brasil; Mecanismo global para transições jus- tas: coordenar apoio técnico, financeiro e tecnológico entre países, evitando o au- mento das desigualdades; Pacote de adaptação climática: concluir oMarcoUAE–Belémpara ResiliênciaCli- máticaGlobal e garantir inclusão de povos indígenas, quilombolas, comunidades locais e periferias urbanas nas decisões. Sinergias entre clima e natureza: adotar um plano de ação concreto para eliminar o desmatamento e a degradação florestal até 2030, que inclua financiamento e co- nhecimento dos povos tradicionais; Financiamento climático ambicioso: construir umRoteiro Baku-Belémque as- segure recursos novos, públicos eprevisíveis dos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento. “Não há resiliência possível sem pre- visibilidade nofinanciamentoda adaptação climática. Sem uma meta clara, cairemos num abismo já no próximo ano”, disse Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa. ■ AÇÃO CLIMÁTICA SOCIEDADE CIVIL DEFENDE URGÊNCIA DE LIMITAR AQUECIMENTO GLOBAL A 1,5°C V Foto/ Claudio Angelo/Observatório do Clima ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ SÁBADO | 18 DE OUTUBRO DE 2025 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail: reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO

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