Diário do Amapá - 21/10/2025

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (20) que vai reduzir em 4,9% o preço da gasolina A vendida às distribuidoras. O novo preço passa a valer a partir desta terça-feira (21). A gasolina A é o combustível puro que sai das refinarias e é misturado ao etanol pelas distribuidoras, para que possa ser vendido ao consumidor final nos postos de revenda. Com a redução, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará a ser, em média, de R$ 2,71 por litro, uma redução de R$ 0,14 por litro. Segunda redução em 2025 Esta é a segunda queda no preço promovida pela estatal em 2025. Em 3 de junho, a Petrobras já havia di- minuído o valor em 5,6%. No acumulado do ano, a redução soma R$ 0,31 por litro, recuo de 10,3%. No comunicado que anunciou a mudança de valores, a empresa cita que, desde dezembro de 2022, a queda no preço da gasolina chega a R$ 0,36 ─ um recuo de 22,4%, já considerando a inflação do período. O movimento da Petrobras deve representar alívio na inflação do país, uma vez que o combustível é o com maior peso no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que apura a inflação oficial. Apesar de a Petrobras ser a maior produtora do combustível no país, o preço da gasolina nas bombas não depende apenas da estatal. Após o produto ser vendido às distribuidoras, sofre influências de outros custos, como o frete, mistura com o etanol, cobrança de impostos e a margem de lucro dos postos. ■ QUEDA Petrobras reduz preço da gasolina em 4,9% a partir de terça-feira ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 TERÇA-FEIRA | 21 DE OUTUBRO DE 2025 A previsãodomercadofinanceiropara o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - con- siderado a inflação oficial do país - passou de 4,72% para 4,70% este ano. A estimativa foi publicada no boletim Focus desta se- gunda-feira (20), pesquisa divulgada se- manalmente pelo BancoCentral (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômi- cos. Para 2026, a projeção da inflação tam- bém caiu, de 4,28% para 4,27%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,83% e 3,6%, respectivamente. A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida peloBC. Definida peloConselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Depois de queda em agosto, em se- tembro a inflação oficial subiu 0,48%, com influência da alta da conta de luz. Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao ConsumidorAmplo (IPCA) acumula 5,17%, segundo o Instituto Brasileiro deGeografia Estatística (IBGE). Juros básicos Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instru- mento a taxa básica de juros - a Selic - de- finida em 15% ao ano pelo Comitê de PolíticaMonetária (Copom) do BC. As in- certezas do cenário econômico externo e indicadores que mostram a moderação no crescimento interno estão entre os fatores que levaram à manutenção da Selic, na úl- tima reunião, no mês passado. A intenção do colegiado é, de acordo com a ata divulgada, manter a taxa de juros atual “por período bastante prolon- gado” para garantir que a meta da inflação seja alcançada. A estimativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 nesses 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,25% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente. Quando o Copom aumenta a taxa bá- sica de juros, afinalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulama poupança.Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadim- plência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxasmais altas tambémpodem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o con- trole sobre a inflação e estimulando a ati- vidade econômica. PIB e câmbio Nesta edição do boletim Focus, a esti- mativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano passou de 2,16%para 2,17%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) ficou em1,8%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,82% e 2%, respectivamente. Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano a economia brasileira cresceu 0,4%. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. Oresultado representa oquarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%. A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,45 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte- americana fique em R$ 5,50. ■ MERCADO FINANCEIRO REDUZ PREVISÃO DA INFLAÇÃO PARA 4,7% IPCA V Foto/ Kevin Coombs

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