Diário do Amapá - 22/10/2025

O mercado financeiro brasileiro começou a semana com forte desempenho nesta segunda-feira (20), em um movimento duplo de valorização do Ibovespa e nova queda do dólar. O principal índice da bolsa encostou em 145 mil pontos e atingiu o maior nível desde o início do mês. Amoeda estadunidense fechou abaixo de R$ 5,40 pela primeira vez em 11 dias. O dólar comercial fechou esta segunda vendido a R$ 5,371, com recuo de R$ 0,034 (0,63%). A cotação caiu pela quarta vez seguida. Na mínima do dia, por volta das 11h15, chegou a R$ 5,36. A moeda está no menor valor desde 9 de outubro, antes de o presidente Donald Trump ameaçar elevar tarifas para a China, em meio a pressões para que o país asiático abra o mercado de minerais raros. A divisa acumula queda de 13,09% em 2025. O dia também foi positivo no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 144.509 pontos, com alta de 0,77%. O indicador está no nível mais alto desde o dia 1º, puxado por ações de mineradoras e de bancos. O avanço foi impulsionado por fatores domésticos e ex- ternos. Internamente, o otimismo dos investidores foi sus- tentadopor notícias positivas envolvendo grandes companhias e pela revisão para baixo das projeções de inflação no Boletim Focus do Banco Central. No exterior, indicadores ligeiramente melhores da economia chinesa ajudaram a fortalecer o apetite por risco. No caso do dólar, a moeda manteve a trajetória de baixa, influenciada pelo diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos. Com a Selic mantida em 15% ao ano, o país continua atrativo para investidores estrangeiros, especialmente diante da expectativa de cortes de juros no mercado americano. ■ Com informações da Reuters COTAÇÃO Dólar fecha abaixo de R$ 5,40 pela primeira vez em 11 dias ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 QUARTA-FEIRA | 22 DE OUTUBRO DE 2025 O governador do Amapá, Clécio Luís, celebrou nesta segunda- feira (20) o anúncio da concessão da licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Re- nováveis (Ibama) que autoriza a Petrobras a perfurar poços para pesquisa explora- tória no bloco FZA-M-59, na bacia sedi- mentar da Foz do Amazonas, que faz parte da área do litoral brasileiro conhe- cida como Margem Equatorial. "A notícia que tanto esperávamos chegou! O Ibama liberou a licença para a Petrobras iniciar a fase de pesquisas na Margem Equatorial. É um passo histórico rumo ao conhecimento sobre o potencial energético do Amapá e ao desenvolvi- mento da Amazônia!", escreveu o go- vernador, em postagem nas redes sociais. Com reservas potenciais estimadas em até 16 bilhões de barris de petróleo e possibilidade de produção de 1,1 milhão de barris por dia, a chamada Margem Equatorial se estende da foz do rio Oia- poque, no extremo norte do Amapá, até o litoral norte do Rio Grande do Norte, abrangendo uma das áreas marítimas mais promissoras do país para a extração do combustível fóssil. De acordo com o próprio governo federal, essa área é considerada o "novo Pré-Sal da Amazônia". O local fica a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas e a 175 quilômetros da costa do Amapá. AConfederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a exploração daMargem Equatorial pode elevar o PIB do Amapá em até 61,2%, além de gerar cerca de 54 mil empregos diretos e indiretos. O Ob- servatório Nacional da Indústria da CNI ainda indica que o desenvolvimento da região pode criar 495 mil novos empregos formais, acrescentar R$ 175 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) e produzir R$ 11,23 bilhões em arrecadações indi- retas. Municípios como Oiapoque, Calçoe- ne, Amapá, Macapá, Itaubal e Santana estão entre os principais beneficiados, com expectativa de crescimento em ser- viços, infraestrutura, habitação e formação técnica. O ministro de Minas e Energia, Ale- xandre Silveira (foto), defendeu que a pesquisa na Margem Equatorial "repre- senta o futuro da nossa soberania ener- gética". "Fizemos uma defesa firme e técnica que a exploração seja feita de forma res- ponsável ambientalmente, dentre os mais altos padrões internacionais, e com be- nef ícios concretos para brasileiras e bra- sileiros. O nosso petróleo é um dos mais sustentáveis do mundo, com uma das menores pegadas de carbono", disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em vídeo postado em suas redes sociais. O ministro também fez um agrade- cimento público à ministra do Meio Am- biente e Mudança do Clima, Marina Silva, pasta à qual o Ibama é vinculado. O licenciamento para a possível ex- ploração de petróleo da Margem Equa- torial divide setores da sociedade. Am- bientalistas e cientistas criticaram o aval do Ibama e organizações da sociedade civil e movimentos sociais prometem ir à Justiça para denunciar ilegalidades e falhas técnicas do processo de licencia- mento. O grupo também alerta para prejuízos à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que vai ser realizada no próximo mês em Belém. A Amazônia é tida como uma zona prioritária para exclusão dos com- bustíveis fósseis, por sua importância para o clima e para a biodiversidade do planeta. ■ GOVERNADOR E MINISTRO APOIAM ESTUDO DA PETROBRAS NA MARGEM EQUATORIAL FASE DE PESQUISAS V Foto/ Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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