Diário do Amapá - 23/10/2025
        
 Dinheiro extra O governo liberou R$ 2,5 milhões extras para a Embrapa realizar cinco novas pesquisas no setor. O valor se soma aos R$ 307,8 milhões já autorizados no orçamento de 2025 para a empresa, que desenvolve tecnologia para a agropecuária desde 1973. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, editou a Medida Provisória 1.321/2025 com o crédito extraordinário nesta terça-feira (21). Combustívei$ O Distrito Federal registrou o maior aumento de gasolina do País na 1ª quinzena de outubro. O combustível passou de R$ 6,32 em setembro para R$ 6,62 em outubro, aumento de 4,75%. O etanol também registrou crescimento nos preços de 5,24%, passando de R$ 4,58 para R$ 4,82. Os dados são do Índice de Preços Edenred Ticket Log. Fundos Pensão A Eletrobras está determinada a incorporar os fundos pensão Elos, Eletros, Fachesf, Previnorte e Real Grandeza em uma única entidade: a EletrobrasPrev. A decisão gerou preocupação entre aposentados e pensionistas, que somam um patrimônio de R$ 40 bilhões. Eles alegam haver falta de transparência e conflitos de interesse. Procurada, a Eletrobras informou à Coluna que “o processo tem sido conduzido com diálogo e com a participação de representantes das entidades atuais”. Guarda de portaria A Polícia Federal tem realizado vigilância até 24h e/ou noturnas com agentes em turnos na porta das casas de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal, no Lago Sul, em Brasília. A PF judiciária virou quase uma “guarda patrimonial”. Procurada em setembro pela Coluna, a assessoria da PF comunicou que as informações são mantidas em sigilo devido à segurança dos protegidos. E agora, quer cobrar a conta dos reis do STF. Ureia por milho O navio uraniano DELRUBA descarregou 60 mil toneladas de ureia no Terminal Portuário TESC, em São Francisco do Sul (SC), e posteriormente foi carregado commilho. A carga de ureia, originada no Irã e adquirida por meio de uma empresa dos Emirados Árabes, tem o valor da transação de US$ 24,39 milhões. O caso acende alerta para o controle aduaneiro e risco reputacional relacionado a cargas iranianas no Brasil. Amapá x Pará O aval do Ibama para a Petrobras começar a pesquisar o potencial de petróleo na foz do Rio Amazonas no Amapá (a mais de 200 km da foz emMacapá, vale ressaltar) inicia um novo ciclo de enorme esperança econômica para um dos Estados mais pobres do Brasil, comvistas a receber bilhões de reais em royalties nas próximas décadas, mas traz também outro desafio. A rivalidade comercial e empresarial da “vizinha” Belém, no Pará. A despeito dos limites de divisas, praticamente apenas a Ilha de Marajó e 50 minutos de voo separam as duas capitais. Desde que começou o debate sobre a eventual exploração de petróleo na linha equatorial, há investidas dentro de gabinetes (políticos e empresariais) para que as sedes das futuras petroleiras fiquem em Belém, concentrando ali as operações, embora seja de direito de Macapá receber os royalties. É um jogo de contrapesos, na visão de expoentes do Pará. O risco é o movimento esvaziar ainda mais Macapá, que requer há décadas investimentos pesados em infraestrutura de modais, logística de transportes e setor hoteleiro. O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (22), em Brasília, ações para expandir os serviços de radioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre elas, estão: A criação de um auxílio para custear transporte, ali- mentação e hospedagem dos pacientes; a centralização da aquisição de medicamentos; o repasse de R$ 156 milhões por ano em estímulo fi- nanceiro para que os serviços de saúde ampliem o número de atendimentos. “Estamos colocando a radioterapia em outro patamar, em relação ao cuidado ao paciente com câncer”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em entrevista coletiva à imprensa. Durante o evento, ele assinou portarias sobre as novas regras para os serviços de radioterapia e para a Autorização de Procedimentos Ambulatoriais de Alta Complexidade (Apac). De acordo com o Ministério da Saúde, quase 40% dos pacientes do SUS buscam atendimento fora da sua região de saúde para fazer radioterapia e precisam se deslocar, em média, por 145 quilômetros. A radioterapia é indicada em 60% dos casos de câncer. O novo auxílio garante, então, R$ 150 para custear o transporte e mais R$ 150 por dia para alimentação e hos- pedagem dos pacientes e acompanhantes. OMinistério da Saúde publicou ainda, no Diário Oficial da União, uma portaria sobre a assistência farmacêutica oncológica, que visa ampliar o acesso a medicamentos de alto custo. A partir dela, a União assume a responsabilidade pela aquisição de medicamentos para tratamento de câncer, com prioridade para novas tecnologias em oncologia. A expectativa é reduzir preços em até 60% com as ne- gociações de abrangência e escala nacional. O formato combina compra centralizada feita diretamente pelo mi- nistério, negociações nacionais via registro de preços e aquisições descentralizadas pelos serviços oncológicos, mediante autorização específica. ■ NOVO AUXÍLIO Governo anuncia apoio a pacientes e serviços que oferecem radioterapia O Ministério da Justiça anunciou mais de R$ 170 milhões em re- cursos para oProgramaMunicípio Mais Seguro, criado para fortalecer a se- gurança pública nos municípios por meio da valorização de suas guardasmunicipais enquanto parte integrante do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). O programa foi detalhado nesta quarta-feira (22), em Brasília, pelo ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça. Estão previstosmais de R$ 170milhões em recursos relacionados ao programa apenas na primeira etapa. A maior parte deles (R$ 100milhões) terá como destino o Projeto Nacional de Qualificação do Uso da Força, para a disponibilização de “instrumentos de menor potencial ofen- sivo” como espingardas e armas de inca- pacitação neuromuscular (que dão choque em seus alvos), espargidores (líquidos como spray de pimenta) e coletes à prova de bala. Cerca de 65milhões irão para oProjeto Nacional de Polícia Comunitária. Os re- cursos serão voltados ao aprimoramento da gestão da segurança públicamunicipal e ao fortalecimento das guardasmunicipais ou metropolitanas. Para a capacitação dessas guardas serão investidos cerca de R$ 5,7 milhões. Atuação global Durante a cerimônia de lançamento do programa, no Ministério da Justiça, Lewandowski disse que as organizações criminosas estão atuando de forma global, e que isso torna necessário, às forças de segurança, uma atuação “holística, estru- turante e inteligente” de abrangência local, nacional e internacional. Ao mesmo tempo, a atuação dessas forças temde ir alémda força bruta, disse o ministro. “A tarefa de atacar o crime é complexa e fica ainda mais complicada quando executada simplesmentemediante a força bruta e mediante ações policiais, ainda que estas sejam claramente neces- sárias”, esclareceu. “É preciso aplicar a inteligência a esse combate. É preciso fugir das soluções simples e pontuais, muitas vezes de caráter legislativo, como aumento de penas e en- durecimento de regimes prisionais”, acres- centou. Ao reiterar que a criminalidade hoje não é mais local nem nacional, e sim global, o ministro da Justiça disse que este é um fenômeno pernicioso que, de certa maneira, se equipara ao terrorismo; às crises econômicas; ao aquecimento climático; às guerras regionais e à corrida armamentista. Em sua avaliação, o programa vem em boa hora, após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter dado uma nova função para as guardas municipais, deixando de ser uma guarda meramente patrimonial, passando a exercer o policiamento urbano e comunitário. “Com esse programa, vamos avançar bastante a sensação de segurança para os cidadãos”, enfatizou. ■ SEGURANÇA PÚBLICA GOVERNO ANUNCIA R$ 170 MILHÕES PARA O PROGRAMA MUNICÍPIO MAIS SEGURO V Foto/ Marcelo Camargo/Agência Brasil ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ QUINTA-FEIRA | 23 DE OUTUBRO DE 2025 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail:  reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO
        
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