Diário do Amapá - 24/10/2025
        
 Cara nova Após três anos da sua privatização, em 2022, a Eletrobras anunciou nesta quarta-feira (22) a mudança de nome para Axia. Logo após, a empresa aprovou reajuste nos salários de executivos da estatal. Na época, o salário do presidente passou de R$ 52,3 mil para R$ 300 mil mensais. E no ano posterior, a Eletrobras também anunciou uma série de demissões por meio do PDV – suspensas por decisão do TST. Vergonha A absolvição dos réus no caso do incêndio que matou 10 garotos nos contêineres no CT do Flamengo é de corar de rubro-negro a Justiça Brasileira. Talvez o juiz do caso pudesse fazer uma experiência de se despachar dentro de um contêiner por um ano, só para sentir o calor do sol sem ar- condicionado. Opinião dividida O presidente da Assembleia Parlamentar da OTAN, Marcos Perestrello, visitou o Brasil para pressionar o País a condenar a Rússia pela violação dos direitos humanos da Ucrânia. A OTAN busca o apoio do Brasil para a paz e segurança. Celso Amorim prefere o diálogo com a Rússia, enquanto militares consideram um benefício a aproximação com a Aliança Atlântica – como no caso da EMBRAER. Apartheid carioca Um grupo de moradores do Leblon, Zona Sul do Rio, se mobiliza contra um novo empreendimento da construtora Mozak, que prevê apartamentos de cerca de 50 m² avaliados em R$ 2,5 milhões. O movimento alega preocupações urbanísticas, mas discursos em assembleias revelam motivações elitistas, com frases como “pagamos IPTU caro para manter a segregação”. Olho no navio As autoridades estão de olho no navio iraniano DELRUBA que descarregou 60 mil toneladas de ureia no Terminal Portuário TESC, em São Francisco do Sul (SC). Ele foi abastecido com milho e já está de saída do País com destino ao Irã. A empresa registrada como importadora é a LINK Comercial, da Kyly Confecções de Pomerode, dos sócios Elias Martins e Salésio Martins. Missão possível O Missão, o partido político que o Movimento Brasil Livre (MBL) está oficializando no Tribunal Superior Eleitoral, tem o apoio velado de um grande empresário, contam fontes que participaram da coleta das 589 mil assinaturas. O MP eleitoral já deu o aval no TSE. Procurado, o MBL não respondeu até o fechamento. Crédito emergencial Apesar dos esforços do Governo para estimular o acesso a crédito, muitos empresários ainda se retraem devido aos altos juros cobrados pelos bancos. Os altos índices de inadimplência fazem com que as instituições financeiras aumentem as taxas. O Governo até tenta fomentar a oferta de crédito, mas os bancos permanecem cautelosos. Com isso, o cenário de crédito emergencial passa a ser menos acessível para parte dos empresários. No Brasil, 95% dos empresários não buscaram ou desconhecem os pacotes emergenciais de crédito disponíveis no mercado, aponta uma pesquisa do Serasa Experian. Entre eles, 27% afirmam não conhecer o recurso, enquanto 68% nunca o solicitaram. Do total que já utilizou o crédito emergencial, 68% avaliaram a experiência como positiva, e 40% consideraram o processo de contratação fácil ou muito fácil. E m encontro com empresários brasileiros e indonésios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quinta-feira (23) em Jacarta, que são muitas as parcerias promissoras entre os dois países. Ele destacou alguns setores, como o de minerais críticos e o de biocom- bustíveis. Lula antecipou que, na COP30, o Brasil apresentará uma proposta de descarbonização do transporte marítimo internacional; e defenderá que se aumente em quatro vezes o uso de combustíveis sustentáveis no planeta. Falando mais diretamente aos investidores estrangeiros, Lula disse que o Brasil apresenta, atualmente, um cenário que congrega estabilidade fiscal, jurídica, econômica e social, o que, segundo ele, garante a previsibilidade que os investidores precisam ter para saber se vale ou não à pena fazer seus investimentos. “Isso, o Brasil faz questão de oferecer a todo e qualquer investidor que queira investir e ter seu retorno”, disse o presidente brasileiro. Minerais críticos Lula lembrou que, apesar de o Brasil ter apenas 30% de sua riqueza mineral devidamente mapeada, já conta com 10% das reservas mundiais de minerais críticos, essenciais para a transição energética. “A criação de um Conselho Nacional de Minerais Crí- ticos, vinculado à Presidência da República, será um passo para garantir a soberania”, disse. Nesse sentido, acrescentou o presidente, a experiência indonésia de incentivar o processamento de minério bruto em seu território é um importante exemplo de como atrair investimentos e gerar empregos de maior qualidade. “Não pretendemos reproduzir a condição de meros exportadores de commodities. Queremos agregar valor em nosso território, com responsabilidade ambiental e respeito às comunidades locais”, complementou. ■ SUSTENTABILIDADE Lula: parcerias entre Brasil e indonésia são promissoras A ministra doMeio Ambiente eMu- dança do Clima, Marina Silva, ne- gou nesta quarta-feira (22) que a decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Re- nováveis (Ibama) de autorizar a Petrobras a pesquisar petróleo na bacia sedimentar Foz do Amazonas tenha sido motivada por influências políticas. A licença para perfurar poços no bloco FZA-M-59, na área do litoral bra- sileiro conhecida como Margem Equa- torial, foi concedida na última segunda- feira (20). “A decisão dos nossos servidores do Ibama foi uma decisão técnica. E, se houve qualquer manifestação política, isso não influenciou o trabalho de quali- dade que foi feito pelos nossos técnicos. Claro, vivemos em um contexto político, é legítimo que as pessoas tenham aspira- ções, mas em um governo republicano, como é o do presidente Lula, a decisão foi uma decisão técnica”, disse Marina Silva, em entrevista ao Canal Gov. Ela destacou que o rigor do Ibama pode ser identificado em uma série de melhorias que foram exigidas para que a Petrobras conseguisse a licença. “Uma delas é a base de suporte ou de socorro para o que os especialistas cha- mam de fauna oleada. No projeto inicial, a base ficava emBelém, a 800 quilômetros de onde ia ser feita a prospecção de pe- tróleo. E o Ibama entendeu que era inad- missível, porque o tempo de transporte desses animais era tão longo que não teria salvamento”, disse Marina. “Agora, nós temos uma base emBelém e uma outra base perto do local da pros- pecção, que fica algo em torno de 160 km. Ou seja, todas as exigências que o Ibama fez eram altamente necessárias e se não fosse o rigor do Ibama, teria saído uma licença em prejuízo do meio-am- biente e dos interesses do Brasil”, com- plementou. Aministra reconhece que há contra- dição em explorar mais reservas de pe- tróleo às vésperas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Cli- máticas (COP30), que ocorrerá emBelém. A redução do uso de combustíveis fósseis é central para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e combater o aque- cimento global. “Existe a contradição que as pessoas levantam e com justa razão. A sociedade está debatendo não só com o Brasil, mas no mundo inteiro. Precisamos sair da dependência do uso de combustível fóssil, porque é isso que está aquecendo a tem- peratura da Terra. Qual é o caminho que se pode fazer isso? Planejar de forma justa para que todos possam fazer suas transições”, diz a ministra. “E, com certeza, não é o Ibama que toma essa decisão. Quem toma essa de- cisão é o Conselho Nacional de Política Energética”, complementa. ■ AUTORIZAÇÃO MARINA SILVA DIZ QUE LICENÇA DO IBAMA PARA FOZ DO AMAZONAS FOI TÉCNICA V Foto/ Bruno Peres/Agência Brasil ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ SEXTA-FEIRA | 24 DE OUTUBRO DE 2025 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail:  reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO
        
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