Diário do Amapá - 24/10/2025
O secretário especial da Receita Federal Robson Barreirinhas disse, nesta terça-feira (21), que a re- forma do imposto de renda é um resgate em favor da po- pulação brasileira. Ele participou de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado sobre o PL 1.087/2025 que trata da isenção de cobrança do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. O texto foi aprovado de forma unânime na Câmara dos Deputados no dia 1º de outubro e agora é analisado no Senado. “É importante lembrar que a tabela do Imposto de Renda ficou sem correção de 2015 a 2022, uma defasagem de quase 60% da tabela. Se a tabela do imposto de renda fosse atualizada como foi no período anterior a 2015, não estaríamos tendo essa discussão da reforma”, disse o se- cretário. Segundo Barreirinhas, o governo está fazendo nesse momento uma correção forte, mais equilibrada, para as pessoas mais pobres, com a arrecadação dos que ganham mais. “Não há o que se falar em prejuízo para estados e municípios. Há que se falar em um reequilíbrio da tribu- tação em favor da população brasileira. União, estados e municípios são parceiros no imposto de renda”, afirmou. Atualmente, são isentos do imposto quem ganha até R$ 3.036. O projeto determina que, em 2026, as pessoas que ganham até R$ 5 mil, terão um desconto mensal de até R$ 312,89, de modo que o imposto devido seja zero. Já quem ganha de R$ 5.000,01 até R$ 7.350,00, o desconto será de R$ 978,62. ■ PROJETO DE LEI Para secretário da Receita isenção do IR é resgate em favor do povo ● PANE Instabilidade do Pix em grandes cidades coincide com falha na Amazon No mesmo dia em que uma falha global na Amazon Web Services (AWS) afeta serviços digitais em todo o planeta, oPix registrou instabilidade nesta segunda-feira (20). Usuários de algumas instituições financeiras relatam in- terrupção de transferências e pagamentos em diferentes regiões do país. De acordo com o site Down Detector, que monitora o funcionamentodeplataformasonline, asprimeiras reclamações sobre o Pix começaram por volta das 4h da madrugada (horário de Brasília) e se intensificaram ao longo da manhã. O volume de notificações atingiu 160 relatos por minuto às 11h30, 176 às 11h40 e chegou aopicode aproximadamente 272 reclamações por minuto às 14h17. As falhas foram observadas principalmente em grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Recife. Durante o período de instabilidade, houve aumento ex- pressivo nas buscas na internet por termos relacionados ao Pix e a fintechs. No entanto, bancos tradicionais como Bradesco, Itaú e Caixa Econômica Federal também registraram aumento nas queixas. No Banco do Brasil, houve um aumento de reclamações durante a manhã, mas a situação se normalizou agora à tar- de. Pane DivisãodaAmazonresponsável por serviçosdecomputação em nuvem, a Amazon Web Services informou que enfrenta dificuldades técnicas na regiãoUS-East-1, área sob a respon- sabilidade da empresa que abrange o Nordeste dos Estados Unidos. Essa infraestrutura é usada por empresas de diversos setores para hospedagem, armazenamento e processamento de dados. ■ ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 SEXTA-FEIRA | 24 DE OUTUBRO DE 2025 E mpresas e instituições do Brasil des- tinaram mais de R$ 6,2 bilhões para ações de impacto social no ano pas- sado. O número representa um aumento de 19,4% em relação a 2023. O resultado está na pesquisa Benchmarking do Inves- timento Social Corporativo (BISC) 2025, elaborada e divulgada nesta quinta-feira (23) pela Comunitas, laboratório de ideias voltado ao fortalecimento da gestão pública brasileira. “Agente pode dizer que foi praticamente omaior ano da série histórica, comexceção da pandemia, porque, em 2020, a gente al- cançou patamares parecidos ou pouco su- periores, mas com todo o recurso extraor- dinário para a mitigação dos efeitos da co- vid-19”, disse, em entrevista à Agência Brasil, a diretora de investimento social da Comunitas, Patrícia Loyola. A pesquisa indicou ainda que o cresci- mento do investimento social corporativo foi impactado, principalmente, pelos re- cursos próprios das organizações. Em2024, chegarama R$ 4,79 bilhões, o que significa elevação de 35%. Os recursos incentivados somaram R$ 1,42 bilhão. Segundo a Comunitas, a intenção de publicar o levantamento BISC anualmente é oferecer uma visão estratégica sobre o investimento social corporativo (ISC) no país, comparâmetros efetivos para reforçar o planejamento de empresas, institutos e fundações. “Dados e evidências são parâmetros para embasar a tomada de decisão. Agente está na 18ª edição da pesquisa, e o propósito dela é ajudar executivos sociais, que são os times sociais das empresas, fundações e institutos corporativos, a olhar para o lado e se comparar. Muitas vezes, essa atuação pode ser isolada, e ela fica muito ensimes- mada na realidade da empresa ou no seu território. Ter uma rede de confiança que pode colaborar, pautada pelo aprendizado coletivo e pela troca em torno de desafios comuns, é muito rico”, afirmou a diretora. Escolhas Os temas que estãono topodas escolhas dos investidores sociais são educação e cultura, além da evolução que vem ocor- rendo em inclusão produtiva. “Agente vê inclusão produtiva subindo muito em termos de importância, para olhar para uma educação de qualificação profissional, que é uma dor social dos ne- gócios, é uma dor de falta de mão de obra qualificada. Então, a inteligência social da empresa pode vir a responder esse ponto de qualificação”, explicou. Em termos de cobertura, as ações ur- gentes voltadas para as emergências cli- máticas se tornaram unanimidade entre as empresas em 2024. “Ações mais huma- nitárias são as mais comuns de acontecer, compotencial grande de as empresas olha- rem mais para as ações de prevenção e adaptação climática, porque a gente não estámais no riscode emergências climáticas, a gente está vivendo as emergências. Os episódios vão ficar cada vez mais intensos. Amobilização que umepisódio como esse traz pode também estar a serviço de algo mais estruturante, com uma visão de mais longo prazo, que é o que a gente defende também, iniciativas que possam mitigar os efeitos das mudanças climáticas”, pon- tuou. Indústria x Serviços Patricia Loyola completou que o setor industrial é mais focado em demandas de territórios e, por isso, émulticausas, porque o local vai ter necessidade de infraestrutura, saúde, educação, segurança pública. Já o setor de serviços é mais focado em causas como educação, por exemplo. ■ INVESTIMENTO SOCIAL DE EMPRESAS E INSTITUIÇÕES CRESCEU 19,4% EM 2024 RECURSOS V Foto/ Reprodução
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