Diário do Amapá - 25/10/2025

Papel em queda No 2º trimestre de 2025, o Brasil importou quase US$ 1 milhão em aparas de papel (matéria-prima para a produção de outros produtos), uma queda de 36% comparado ao mesmo período do ano anterior. As aparas foram importadas principalmente do Uruguai (44%) e Paraguai (19%). Outra queda registrada foi na produção total de papel, que recuou 0,36%. Os dados são da Associação Nacional dos Aparistas de Papel. Surpresa na Casa O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) prepara uma surpresa para o governo. Ele irá solicitar uma audiência pública para tratar das denúncias do ex-chefe da inteligência de Hugo Chávez, o ex- general “Pollo” Carvajal. A estrela do debate será Eduardo Bolsonaro, ainda exilado nos EUA, que participará de maneira online. T21 O termo “Síndrome de Down” poderá ser substituído por “Trissomia do Cromossomo 21” em documentos oficiais e leis. É o que propõe o PL 1118/25, de autoria do deputado Duarte Jr. (PSB- MA). A palavra em inglês “down” pode ser traduzida para o português como “para baixo”, o que reforça uma visão negativa sobre as pessoas portadoras do cromossomo extra T21. Por ora, o projeto segue em análise na Câmara. Deu bom A Embraer fechou o 3º trimestre de 2025 com 62 aeronaves entregues e US$ 31,3 bilhões na carteira de pedidos. Em visita à Brasília nesta semana, cinco parlamentares da Assembleia Parlamentar da OTAN compareceram à sede da empresa para verificar linhas de montagem na finalização de quatro cargueiros KC-390 para Hungria, República Tcheca, Coréia do Sul e dois para Portugal. Time digital O Governo Federal tem aumentado as vagas para os Analistas em Tecnologia da Informação (ATI), com 182 nomeações em 2025. Foram mais de 600 desde 2023. Os ATIs, preparados com cursos de formação e integração profissional pela ANATI, são uma função estratégica responsável por sustentar sistemas como o Meu INSS e a Carteira Nacional de Vacinação Digital. As plásticas do SUS O Sistema Único de Saúde realizou mais de 716 mil cirurgias plásticas reparadoras no Brasil nos últimos cinco anos, segundo levantamento realizado pela Coluna junto ao Ministério da Saúde. Até o momento de 2025, foram efetuados 108.280 procedimentos. Outro ano de destaque é 2024, com 174.757 operações. São Paulo (295.903), Rio de Janeiro (69.775), Minas Gerais (66.088), Bahia (48.458), Rio Grande do Sul (42.110) ocupam o topo da lista de Estados com os maiores números de cirurgias pela rede pública de saúde de 2020 a 2025. Entre os principais tipos de procedimentos estão as seguintes cirurgias: 358.629 cirurgias de cataratas, 307.345 reconstruções das mamas após retirada do câncer, 28.329 reconstituições de lábio leporino, 23.857 gigantomastia (redução das mamas), 19.172 otoplastias (correção do tamanho/formato das orelhas) e 925 abdominoplastias reparadora (remoção de excesso de pele pós bariátrica). E m todo o país, há 391 etnias e 295 línguas indígenas faladas. Os dados foram divulgados, nesta sexta- feira (24), pelo Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE), no Censo Demográfico 2022 ─ Etnias e línguas indígenas. Em 2022, após mudanças na metodologia, o IBGE reconheceu mais etnias e identificou mais línguas faladas em todo o país do que as registradas em 2010, ano do recenseamento anterior. Em 2010, foram identificadas 305 etnias e 274 línguas. Segundo o Censo, 1.694.836 pessoas indígenas vivem em 4.833 municípios do país. Os indígenas representam 0,83% do total de 203 milhões de habitantes no Brasil. Em números, em 12 anos, houve um aumento de 896.917 indígenas, o equivale a um aumento de 88,82%. Etnias indígenas mais populosas do Brasil: 1ª - Tikuna: 74.061 pessoas; 2ª - Kokama: 64.327; 3ª - Makuxí: 53.446. Línguas indígenas mais faladas do Brasil: 1ª - Tikúna: 51.978 falantes; 2ª - Guarani Kaiowá: 38.658; 3ª - Guajajara: 29.212. De acordo com IBGE, cada etnia indígena é definida por afinidades linguísticas, culturais e/ou sociais. No caso das línguas, foram consideradas aquelas utilizadas para a comunicação nos domicílios. Na pesquisa, foram consideradas demandas feitas pelos próprios povos sobre dados que são importantes para as comunidades. Para a Gerente de Povos e Comu- nidades Tradicionais e Grupos Populacionais Específicos da Diretoria de Pesquisas do IBGE, Marta Antunes, os dados divulgados poderão ajudar na elaboração e im- plementação de políticas públicas mais adequadas a cada povo indígena. ■ COMUNICAÇÃO IBGE: 391 etnias indígenas falam 295 línguas no Brasil O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na madrugada desta sexta-feira (24), que quer discutir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a aplicação de punições do país norte-americano a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Lula conversou com jornalistas ao final de sua viagem pela Indonésia. Em seguida, o presidente vai à Malásia, onde Trump também estará. “Eu tenho todo o interesse em ter essa reunião, toda a disposição de defender os interesses do Brasil, mostrar que houve equívoco nas taxações ao Brasil. E quero provar isso comnúmeros. E quero discutir a punição que foi dada a ministros da Suprema Corte do Brasil, [algo que] não tem nenhuma explicação, nenhum en- tendimento”, disse o presidente. Sete ministros do STF foram alvo de sanções dos Estados Unidos pela atuação da Corte no julgamento da trama golpista ocorrida durante o governo de Jair Bol- sonaro. Encontro Lula e Trump estarão na Malásia para a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e para o encontro de líderes do Leste Asiático (EAS). Será o primeiro encontro entre os dois desde o breve contato entre eles na Assembleia-Geral da ONU, emNova York, em setembro. Na ocasião, os dois se encontraram quando o presidente brasileiro deixava o palco e seu homólogo norte-americano seguia para fazer seu discurso. O encontro foi breve, mas deixou boa impressão em ambos. Durante sua fala na Assembleia-Geral daONU, Trump citou o rápido encontro com Lula, disse que o líder brasileiro parecia “ser um ho- mem muito agradável” e que havia tido uma “química excelente” entre os dois. Dias depois, os dois presidentes conver- saramao telefone e Lula solicitou a retirada da sobretaxa de 50% imposta pelo governo norte-americano a produtos brasileiros. “Eu quero ter a oportunidade de dizer ao Trump o que o Brasil espera dos Esta- dos Unidos e o que o Brasil tempara ofe- recer. Eu já disse no telefone: não existe veto a nenhumassunto”, acrescentou Lula aos jornalistas na Indonésia. “Não tem assunto proibido para umpaís do tamanho do Brasil conversar com um país do ta- manho dos EUA. Não temnenhum veto. Vai ser uma reunião livre, a gente vai poder dizer o que quiser, ouvir o que quiser e o que não quiser também”. Indonésia Durante sua passagem pela Indo- nésia, Lula participou de reuniões com empresários, além de se encontrar com o presidente daquele país, Prabowo Su- bianto, e firmar acordos bilaterais. Ele defendeu a ampliação da relação co- mercial entre o Brasil e outros países, inclusive a Indonésia. ■ PUNIÇÕES LULA QUER DISCUTIR COM TRUMP PUNIÇÃO DADA A MINISTROS DO STF V Foto/ Ricardo Stuckert/PR ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ SÁBADO | 25 DE OUTUBRO DE 2025 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail: reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO

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