Diário do Amapá - 31/10/2025

POLÍTICA |POLÍTICA | DIÁRIO DO AMAPÁ FALECOMAREDAÇÃO E-mail: diario-ap@uol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa 8 SEXTA-FEIRA | 31 DE OUTUBRO DE 2025 Desabafo Empresas estudam região para definir local de base no estado, impactados pela segurança jurídica, política e ambiental do Amapá e pelo potencial exploratório na costa O Amapá deu mais um passo rumo à consoli- dação como nova fron- teira do petróleo na Margem Equatorial. Durante a reali- zação da Offshore Technology Conference (OTC Brasil 2025) no Rio de Janeiro, a presidente da Petrobras, Magda Cham- briard, anunciou o início dos estudos para definir o local onde será instalada a infraes- trutura logística da empresa no estado, voltada a apoiar as futuras operações de produção de petróleo em águas profun- das na costa do Amapá. Segundo Magda Cham- briard, os estudos avaliarão as condições técnicas e am- bientais para a implantação de um terminal marítimo e outras estruturas de apoio às operações offshore. “Se confirmada a presença de petróleo em escala comer- cial, nós vamos poder instalar um terminal marítimo no es- tado do Amapá, destinado a receber a produção de petróleo e a apoiar toda essa atividade que se dá em alto-mar. Esta- mos também estudando a ins- talação de píeres para embar- cações e infraestruturas de ar- mazenagem. Enxergamos alto potencial para essas atividades e acreditamos que, em março, teremos notícias promissoras a esse respeito”, afirmou a pre- sidente, em encontro com o governador Clecio Luís, na quarta-feira, 29. O anúncio da Petrobras foi acompanhado pela sinalização da Petrobras Transporte S.A. (Transpetro), que também es- tuda a construção de uma base logística no Amapá para dar suporte às operações de trans- porte e logística de petróleo, derivados, gás e biocombus- tíveis. A medida reforça o pro- tagonismo do estado na cadeia produtiva de óleo e gás e re- presenta um marco para o de- senvolvimento econômico sus- tentável da região. “É mais uma grande vitória que conquistamos juntos para o Amapá. Esse anúncio indica a possibilidade de termos ain- da outra base no estado, que vai agregar empresas de in- fraestrutura e logística para o aproveitamento da produção offshore. No ecossistema de óleo e gás ninguém vai sozi- nho, as empresas caminham juntas para garantir funcio- nalidade e resultados. Estamos animados e agradecidos pelo que está acontecendo”, afirmou o governador. ■ PETRÓLEO pl Randolfe e GEA anunciam início de modernização do Centro de Difusão Cultural M acapá dará um importante pas- so para o fortalecimento de sua cultura com o lançamento oficial das obras de reforma e moder- nização do Centro de Difusão Cultural João Batista de Azevedo Picanço, nesta sexta-feira, 31, às 17h. O investimento de R$ 2,5 milhões foi viabilizado por meio de emenda do senador Randolfe Rodrigues, um reforço no compromisso com o desenvolvi- mento e a preservação da cultura ama- paense. A solenidade marcará o início de uma nova era para este equipamento público, que será totalmente requalifi- cado para se tornar um moderno e acessível espaço multiuso, atendendo às demandas de artistas, produtores e da comunidade. Modernizações A obra que será realizada pelo Go- verno do Amapá segue rigorosos pa- drões técnicos e inclui uma ampla gama de serviços para garantir segurança e funcionalidade: – Estrutura e ampliação: adequação e reforço da estrutura existente; – Acessibilidade: implementação de rampas, elevadores e sinalização tátil para garantir acesso a todos; – Climatização: instalação de sistema de ar-condicionado para maior conforto do público e dos artistas; – Segurança: instalações modernas de combate a incêndio; – Modernização de instalações: atualização completa das instalações elétricas, hidrossanitárias e de ilumi- nação cênica; – Acústica e conforto: novos reves- timentos acústicos, pavimentação e es- quadrias. ■ “JOÃO BATISTA DE AZEVEDO PICANÇO” A gerente geral de Licenciamento Ambiental e Meio Ambiente da Petrobras, Daniele Lomba, que acompanhou o processo de con- cessão da licença ambiental da Margem Equatorial, informou que as bacias da região são maiores que as bacias so- madas do Sudeste, que sustentam a produção da estatal até hoje desde a sua criação, na década de 1950. “Do Rio Grande do Norte ao Ama- pá é uma área maior do que as bacias de Campos, Santos e Espírito Santo. É importante conhecer esse potencial, que será essencial para garantir nossa autossuficiência”, afirmou durante pa- lestra na Fundação Getulio Vargas (FGV) sobre pobreza energética. Alinhada ao discurso da presidente da estatal, Magda Chambriard, Lomba defende a ideia de “adição energética”, não de transição — e faz questão de lembrar que nenhum grande produtor de petróleo interrompeu sua produção por razões ambientais. Enquanto a transição energética sugere substituir gradualmente os combustíveis fósseis (como petróleo e gás) por fontes renováveis (como eólica, solar e biomassa), a adição energética propõe somar essas novas fontes à matriz já existente — sem abrir mão do petróleo, que ainda seria visto como essencial para garantir se- gurança energética e desenvolvimento econômico. “Novas fronteiras são es- senciais para garantir segurança ener- gética e ajudar a acabar com a pobreza energética”, explicou a gerente em re- lação à Margem Equatorial. ■ R$ 420 BILHÕES AO PIB DO BRASIL AMAPÁ SE FIRMA COMO POLO LOGÍSTICO DA MARGEM EQUATORIAL Reservas da Margem Equatorial são maiores que as do Sudeste, revela especialista da Petrobras

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