Diário do Amapá - 04/11/2025

A RÁDIO O JORNAL AGORA WEBTV Luiz Melo |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ TERÇA-FEIRA | 04 DE NOVEMBRO DE 2025 FALECOMOLUIZMELO E-mail: luizmello.da@uol.com.br Blog: www.luiz melo.blog.br Twitter: @luizmelodiario Instagram: @luizmelodiario© 2018 3 FROM RAPIDINHAS MAL - No próximo dia 13, vassoura-de-bruxa será discutida em audiência pública na Alap. Vassoura-de-bruxa é um fungo que ataca mandiocais do estado do Amapá, nos municípios de Oiapoque, Calçoene e Amapá. Tema da audiência pública será ‘A grave situação causada pela vassoura-de-bruxa no cultivo da mandioca”. ■ CRUELDADE - Crime que abalou a capital, no fim de semana, foi a morte de Rosalva Costa do Monte, de 32 anos, morta dentro de casa, no Jardim Marco Zero, pelo ex-companheiro dela, Ernandes da Silva Gonçalves, 31, por estrangulamento, levado pelo ciúme. ■ CULTURA - Morre Lô Borges, ícone do Clube da Esquina e um dos grandes nomes da MPB, aos 73 anos. Cantor e compositor mineiro estava internado em Belo Horizonte desde 18 de outubro, tratando um quadro de intoxicação medicamentosa. ■ Empenho Comentando resultado da OTC Brasil 2025, governador Clécio diz que tudo fará para o Amapá absorver os efeitos econômicos e sociais da base logística da Transpetro a ser instalada no Amapá, garantindo estrutura local para atender à Petrobras e parceiros. Vamos resolver David Covre (Seinf) já deu a letra: belo que só ele, Monumento Marco Zero, em obras, será entregue novamente à população nos primeiros meses de 2026. Presidente do Congresso, Davi Alcolumbre disse ao governador Jorginho Mello (Santa Catarina/PL), que vai colocar em votação neste mês os vetos do Propag, o programa de renegociação da dívida dos estados com a União. A dois meses do fim do prazo, apenas Goiás e Sergipe pediram ao governo federal para participar. Um dos entraves para a adesão é justamente a indefinição sobre os vetos de Lula. Em cerimônia no Plenário do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), nesta segunda-feira, 3 de novembro, é aberta a Semana Nacional da Conciliação com 400 audiências agendadas em Macapá, Santana, Laranjal do Jari, Ferreira Gomes e Pedra Branca do Amapari. Intermediaçãos “Quem já conhece terá uma grande surpresa ao vê-lo de novo, e quem nunca o viu irá conhecer um belo lugar”, do secretário David Covre (Seinf), acerca do Monumento Marco Zero ora em obras. Points Ivana Cei, como procuradora de justiça do MP-AP e conselheira nacional do MP, foi uma das estrelas do 40º Encontro Nacional dos Procuradores da República, evento onde palestrou sobre ‘Sustentabilidade e Ministério Público Brasileiro – O papel do CNMP’. Desempenho Furlan ainda segue fechado como um botão sobre o vice dele na chapa pelo GEA, em outubro. Calado Ambas da base do governador Clécio, Alzira Nogueira (Cufa/AP) e Alliny Serrão (Alap) estão com nomes no tabuleiro para uma possível candidatura ao Senado, em outubro. Sob avaliação Modernização Para cumprir determinação do CNJ, que adotou novembro como Mês Nacional do Júri, Tjap, através de suas comarcas, prevê realizar, desta segunda, 3, até dia 28 próximo, julgamento de 77 processos, sendo 42 emMacapá e 35 distribuídos pelos municípios de Santana, Pedra Branca doAmapari, Vitória do Jari, Laranjal do Jari e Oiapoque. Martelossas Ministro das comunicações, Frederico Siqueira Filho passa segunda-feira toda emMacapá, cumprindo agenda ao lado do senador Davi e governador Clécio, comdistribuição de computadores e outras ações voltadas à inclusão digital e capacitação tecnológica. Autoridade Bemdisposto ao lado da primeira- dama Priscila, governador Clécio participou da 1ª Corrida do Servidor Público, sábado, tendo o que comemorar – durante esses quase 3 anos de gestão reestruturou 32 carreiras e fez o maior ciclo de valorização do servidor na história do Amapá. Vitória E stamos diante de um Brasil onde o sonho do crescimento parece cada vez mais distante. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o SPC Brasil trouxeram dados que, se lidos com um olhar crítico, mostram que estamos vivendo uma ressaca econômica das grandes. Em setembro de 2024, a busca por crédito despencou 3,66% emrelação ao mesmo mês do ano passado. Isso mesmo, o em- presário médio, aquele que ainda resiste a abrir o caixa, está retraindo os investimentos, e o consumidor comum evita o que era uma “compra parcelada” agora chamada de “dívida”. O que mais chama a atenção aqui não é só o recuo nas consultas, mas o que isso significa para o cenário econômico comoumtodo. Os juros estão empatamares elevados – a taxa Selic ronda os 10,75% –, e a inflação anda num sobe-e-desce que mais parece montanha- russa. Como dólar disparando, o sinal que se acende é claro: omercado está commedo, os investidores estão receosos, e, sinceramente, é dif ícil imaginar que o cenário vá melhorar a curto prazo. Aqueda na busca por crédito não é só umnúmero, é um reflexo direto de um mercado exaurido, de famílias endividadas e de empresários que olhampara o futuro commais dúvidas do que certezas. E por que tudo isso? Porque o crédito, aquele que impulsionava a economia de consumo, ficou caro demais. Numpaís onde mais de 30% dos consumidores têm restrições no nome, o apetite por novos financiamentos, em- préstimos ou qualquer outra linha de crédito mur- chou. A situação fica ainda mais preocupante quando percebemos que, mesmo entre aqueles que ainda buscam crédito, os resultados são tímidos: só 0,93% realmente conseguiram fechar alguma transação. E veja só, a maioria esmagadora desses fechamentos, 76,53%, foram empréstimos. O brasileiro está com tanta confiança na economia quanto umpescador em alto-mar antes de uma tempestade. E se a confiança não volta, o consumo fica onde está: no mínimo. No meio disso tudo, o alerta do SPC Brasil não é uma mera formalidade: a inadimplência está alta e limita aindamais a capacidade de crédito. As instituições financeiras, já de olho nas possíveis ondas de calote, ficaram criteriosas. E quem pode culpá-las? A pers- pectiva de juros altos continua, o consumidor se retrai e o empresário olha para a política econômica com receio de cada novo anúncio. Estamos assistindo ao fenômeno de um Brasil pa- ralisado. O Sudeste, que normalmente puxa o cresci- mento nacional, teve amaior participação nas consultas de crédito, com 47,20%, mas mesmo lá o otimismo desaparece na mesma velocidade com que o crédito se torna inacessível. Em outras palavras: um gigante com os pés de barro, onde a base econômica já não sustenta o ritmo que o país precisa para crescer. Ninguém precisa de uma bola de cristal para ver que, se algo não mudar, a retração do crédito será só o começo. A economia parada só deixa um cenário de mais dívidas e menos crescimento. Ou, quem sabe, de um "Brasil que não quer saber" – um país onde todos têm opinião sobre tudo, mas onde o debate sério e os investimentos de verdade são cada vez mais raros. ■ O Brasil endividado, o freio na economia e a fuga de crédito E-mail: gregogiojsimao@yahoo.com.br GREGÓRIO JOSÉ Jornalista/Radialista/Filósofo

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