Diário do Amapá - 05/11/2025

POLÍTICA |POLÍTICA | DIÁRIO DO AMAPÁ FALECOMAREDAÇÃO E-mail: diario-ap@uol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa 8 QUARTA-FEIRA | 05 DE NOVEMBRO DE 2025 Desabafo "Se eu fosse um líder falso e mentiroso, eu esperaria passar a COP para anunciar", disse, em referência à permissão do Ibama para pesquisa de petróleo na Bacia do Foz do Amazonas O presidente da Repú- blica, Luiz Inácio Lula da Silva, defen- deu a exploração de petróleo na Margem Equatorial e ne- gou que queira ser um “líder ambiental”. “Não quero ser líder ambiental, nunca rei- vindiquei isso”, declarou em entrevista a agências inter- nacionais em Belém (PA), onde será sediada a COP30 neste mês. “Temos autorização para fazer teste, se encontrar pe- tróleo vai ter que ter nova licença”, afirmou Lula, em relação à permissão do Iba- ma para pesquisa de petró- leo na Bacia do Foz do Ama- zonas. “Quero fazer o que os especialistas do meu go- verno e minha consciência dizem o que tenho que fa- zer”, defendeu. E acrescentou: “Se eu fosse um líder falso e mentiroso, eu esperaria passar a COP para anunciar. Mas se eu fi- zesse isso eu estaria sendo pequeno diante da impor- tância do que significa você fazer o teste na Margem Equatorial. Se tiver que ex- plorar, vamos fazer da forma mais cuidadosa que alguém pode fazer.” O presidente disse que se- ria “incoerente” e irrespon- sável afirmar que “não vamos mais usar petróleo”. “Tem gente que acha que não de- vemos explorar petróleo em lugar nenhum, isso sim é in- coerente, sem apresentar al- ternativa”, destacou. “Todo mundo sabe que um dia o petróleo vai acabar. Ninguém no mundo conse- gue sobreviver sem isso com- bustível fóssil. Poderemos ser o primeiro de que qual- quer país do mundo a abrir mão disso. Mas como chefe de Estado, temos que ter res- ponsabilidade”, enfatizou Lula. ■ (Publicado no Estadão) PETRÓLEO pl Juiz eleitoral cassa mandato do prefeito e do vice-prefeito de Calçoene O juiz MarckWilliamMadureira, da 1ª Zona Eleitoral, julgou parcialmente ações de investi- gação judicial eleitoral (aijes), deter- minando a cassação dos mandatos do prefeito de Calçoene, Antônio de Sousa Pinto, o Toinho Garimpeiro (PSD) e do vice-prefeito Gibson Costa dos San- tos (MDB). Ele também tornou o pre- feito inelegível por oito anos, além da anulação dos votos com realização de nova eleição, e multa de R$ 20 mil im- posta ao prefeito cassado. Marck William entendeu que res- taram comprovados os elementos ne- cessários para configurar a conduta de abuso do poder político e a incidência, na prática, de conduta vedada, daí ter determinado a cassação dos dois e a inelegibilidade do prefeito. De acordo com a decisão, da qual cabe recurso ao Tribunal Regional Elei- toral, Toinho Garimpeiro e Gibson San- tos foram beneficiários das condutas descritas nas ações de investigação ju- dicial eleitoral, reconhecidas como ca- racterizadoras de abuso de autoridade e de poder político, assim como violação a moralidade. As ações foram ajuizadas pelo Ministério Público Eleitoral e por Alan do Socorro Sousa Cavalcante, que ficou em segundo lugar na eleição do ano passado no município. Segundo a acusação doMP Eleitoral, Toinho Garimpeiro (que disputava ree- leição) e Gibson Santos realizaram, na manhã do dia 2 de outubro, ato de campanha eleitoral, consistente em ca- minhada pela cidade de Calçoene, que contou com a presença de lideranças políticas do estado. ■ INELEGÍVEIS O presidente do Senado, Davi Al- columbre, do União Amapá, reuniu-se nesta terça-feira, 4, com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O tema da reunião, que ocorreu na Presidência do Senado, foram as ações contra o crime organizado e o enfrentamento da criminalidade. O encontro, segundo a Presidência da Casa, reafirma o compromisso do Congresso Nacional para contribuir de forma responsável e democrática com soluções legislativas para fortalecer a segurança pública e proteger a popula- ção. Também como parte do esforço do Senado para contribuir com o tema, foi instalada nesta terça-feira a comissão parlamentar de inquérito (CPI) que vai investigar o crime organizado. A co- missão terá 120 dias para diagnosticar a situação do crime organizado no país e detectar políticas públicas efetivas contra o problema, que envolve o crescimento das facções e milícias. ■ ENCONTRO LULA DEFENDE EXPLORAÇÃO DA MARGEM EQUATORIAL: “NÃO QUERO SER LÍDER AMBIENTAL” Davi recebe Moraes para discutir combate ao crime organizado

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