Diário do Amapá - 07/11/2025
FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 SEXTA-FEIRA | 07 DE NOVEMBRO DE 2025 D esastres associados às mudan- ças climáticas, como incêndios florestais, secas, inundações e deslizamentos resultaram em perdas econômicas superiores a R$ 732,2 bi- lhões para os municípios brasileiros, entre 2013 e 2024. Tais eventos afetaram, segundo le- vantamento divulgado nesta quinta- feira (6) pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), 95% das cida- des brasileiras, em frequência e inten- sidade cada vez maiores. O prejuízo vai além dos âmbitos econômico e am- biental, afetando também aspectos hu- manos e sociais. “No mesmo período, foram regis- tradas mais de 70,3 mil decretações municipais de situação de emergência ou estado de calamidade pública, e mais de 6 milhões de pessoas precisa- ram deixar suas casas”, diz o estudo. Estudo O levantamento contou com a par- ticipação de 2.871 municípios do país, número que corresponde à metade (50,6%, mais precisamente) das cidades do país. Segundo a CNM, a coleta de dados ocorreu entre agosto de 2024 e março de 2025, por meio de um for- mulário online. Ainda de acordo com o estudo, apenas 12% dos municípios possuem órgão próprio inserido em secretaria específica para lidar tais questões, o que dificulta ainda mais as atuações locais visando proteção e defesa civil. “Cerca de 49% [dos gestores] dis- seram que acumulam a função de pro- teção e defesa civil em outros órgãos da administração local e 32% contam com estrutura exclusiva vinculada ao gabinete do prefeito”, detalhou a CNM ao afirmar que tais informações “ajudam a compreender a desassistência da ges- tão municipal, com políticas públicas de prevenção insuficientes”. Apoio Diante desse cenário, o presidente da CNM, o Paulo Ziulkoski diz ser “urgente” uma atuação federativa com “apoio técnico e financeiro contínuo, de modo a fortalecer a gestão municipal de riscos e desastres”. Segundo a entidade, cerca de 67% dos municípios disseram precisar de auxílio financeiro para ações de pre- venção de desastres; e mais de 70% in- formaram que seus gastos mensais com defesa civil “não ultrapassam os R$ 50 mil”. Articulação e consórcios Na avaliação da CNM, o fortaleci- mento das defesas civis locais passa pela articulação contínua entre União, estados e municípios, “por meio de diálogos, conferências e pesquisas que orientem políticas eficazes de gestão de riscos”. Uma solução sugerida pela CNM é a de usar, como instrumento visando a ampliação das capacidades locais, consórcios intermunicipais que, se- gundo a entidade, ainda são poucos explorados pelos municípios. Apenas 15% informaram participar desse tipo de parcerias voltadas à defesa civil. ■ MUNICÍPIOS GASTARAM R$ 732 BILHÕES COM DESASTRES ENTRE 2013 E 2024 MUDANÇAS CLIMÁTICAS V Foto/ Reuters/Ueslei Marcelino Aposentados e pensionistas que tiveram descontos in- devidos diretamente nos benef ícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm até sexta-feira da próxima semana (14) para contestar os débitos não autorizados. O Ministério da Previdência Social (MPS) explica que a contestação é o primeiro passo para garantir o ressarcimento dos valores pelo governo federal. Onde contestar Os beneficiários podem contestar os valores descontados de três formas, por meio de canais oficiais do INSS · - No aplicativo ou site Meu INSS, com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha da plataforma Gov.br. · - Pelo telefone da Central 135: ligação gratuita, de segunda a sábado, das 7h às 22h · - Nos Correios: mais de 5 mil agências oferecem atendimento assistido e gratuito. Processo Ao entrar no aplicativo ou site Meu INSS, o cidadão deve acessar o serviço “Consultar Descontos de Entidades Associa- tivas”. No aplicativo, ao clicar em “Não autorizei o desconto”, o beneficiário registra a contestação, e a entidade associativa que procedeu o desconto tem até 15 dias úteis para responder. Caso não apresente uma resposta, o sistema do INSS abre automaticamente a opção para os aposentados e pensionistas fazerem a adesão ao acordo de ressarcimento. Como aceitar o acordo pelo aplicativo Meu INSS A adesão é gratuita e dispensa o envio de documentos adicionais. Decorrido o prazo de 15 dias úteis, o aposentado ou pen- sionista deve clicar no aplicativo ou site Meu INSS, no campo “Consultar Pedidos” e avançar para “Cumprir Exigência” em cada pedido (se houver mais de um). O internauta deve rolar a tela, por exemplo, do celular ou do notebook até o último comentário e, no campo “Aceito re- ceber”, selecionar “Sim”. Por fim, deve enviar a aceitação do acordo. ■ RESSARCIMENTO Prazo para contestar descontos indevidos do INSS termina dia 14 ● ÍNDICE IBOVESPA Bolsa supera os 150 mil pontos pela primeira vez e bate recorde Num dia de alívio para o mercado financeiro, a bolsa subiu pela nona vez seguida e fechou acima dos 150 mil pontos pela primeira vez na história. O dólar teve uma pequena queda, num dia positivo para as moedas latino-americanas. O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta segunda- feira (3) aos 150.454 pontos, com alta de 0,61%. Na máxima do dia, por volta das 12h10, chegou aos 150,7 mil pontos. Esse foi o sexto pregão seguido em que a bolsa brasileira bateu recorde. O Ibovespa acumula alta de 25,08% em 2025. O dia também foi positivo no mercado de câmbio. O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,357, com queda de R$ 0,024 (-0,42%). A cotação iniciou a sessão estável, mas caiu ainda nos primeiros minutos de nego- ciação. Na mínima do dia, por volta das 12h, chegou a R$ 5,34. A moeda estadunidense está no menor valor desde 8 de outubro. Em 2025, a divisa acumula queda de 13,32%. Tanto fatores internos quanto externos influenciaram o mercado financeiro. No cenário internacional, indica- dores que mostraram desempenho da economia chinesa acima do esperado contribuíram para a valorização das commodities (bens primários com cotação internacional), beneficiando economias emergentes como o Brasil. No cenário doméstico, a espera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira (5), contribuiu para manter a cotação do dólar em baixa. A expectativa de que o Banco Central (BC) mantenha a Taxa Selic em 15% ao ano estimula a entrada de capitais externos no Brasil. *Com informações da Reuters ■ ●
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