Diário do Amapá - 09 e 10/11/2025

➔ E-mail: luizmello.da@uol.com.br ➔ Instagram: @luizmelodiario© 2018 ➔ twitter: @luizmelodiario A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes. RÁPIDAS ● Recado... Gutemberg, da FAPEAP, foi claro e cristalino sobre o Amapá na COP30: “Não queremos ser vistos como ‘coitadinhos’; mas, sim, como capacitados para relações de negócios”. Noutras palavras: foi curto, grosso, inteligente e determinado. ● E agora?... O empate do Remo diante do Novorizontino (1 a 1), neste sábado 8, não enterra as esperanças da subida do Azulino para o grupo especial do Brasileirão. Mas ainda vai ter que passar por duas pedreiras: Avaí e Goiás - esse último com a vantagem de ser casa, Belém, no Mangueirão. ● Vai, não Vai... Pode até ser verdade que Teles Jr. siga como vice de Clécio, em outubro, mas que tem gente preparando uns temperos para que ele, dessa vez, opte por voo solo, ou seja, deputado federal, isso também não se pode negar. Winston Churchill Primeiro-ministro do Reino Unido ● Embaixos decibéis... Se determinado a deixar o Solidariedade, supõe- se, Clécio tem até abril para decidir sobre novo porto seguro onde atracar sua barca política. Tem andado muito de cochicho com Randolfe, ultimamente, mas sem PT no pé do ouvido, os dois garantem. Relevância Ancelotti não está nem um pouco animado com volta de Neymar pra seleção - agora mais dado a beicinho e cara feia do que voltar a cuidar bem da bola que o fez milionário. Neymar - Santos Falha nossa A coluna, domingo, atribuiu a Jurandil Juarez dito sobre ‘crise por má gestão na saúde pública’. Nada a ver. Foi lá atrás, na efervescência de campanha eleitoral. ● Reginaldo Ennes temmudado o jeito de fazer o TCE/AP funcionar. menos preso a gabinete. Resultado: umTCEmais ágil e comprometido como uso correto do dinheiro público. E o povo, assim, começa a enxergar não apenas umórgão fiscalizador, mas um verdadeiro aliado na boa gestão e na defesa do interesse coletivo. No prumo... Trocadilho Nessa mesma nota, que corrigimos acima, a coluna também faz alusão à in- triga então vigente entre Juarandil e Jaime Nunes - um quiprocó danado, pela amizade que existia entre ambos. ● Prefeito Bruno admite: Ifap, até agora, é uma das obras mais importantes do governo dele, em Tartarugalzinho. Mas, também, não nega digitais do senador Randolfe, que viabilizou o projeto e verba federal. Obra inaugura mais tardar em março, ano que vem. Mais e menos Nesse ‘racha-bicho’ pelo título do Brasileirão, sinto, pesarosamente, que o ‘balançar da rede’ está mais para o Palmeiras e menos para o Flamengo, meu time; que joga bonito, mas tem dificuldade pra chegar ao gol. Diferentemente do Verdão, que sabe como estufar a rede. ● Tangente... Não se fala noutra coisa, ultimamente, no círculo mais próximo à presidente Alliny Serrão ( Alap). Sobre a possível candidatura dela ao Senado, ano que vem. Ela não confirma, nem nega. ● Cultura Obras do Teatro das Bacabeiras já indo de vento em popa, mas só abre as corti- nas mais tardar em março, pelas previ- sões de David Covre, da Seinf. ● Stop Bala (STN) já disse: fecha segundo man- dato como prefeito e, depois, tira uns tempos de folga dos palanques. E, inclu- sive, sem precisar quando volta. ● “ “ |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 09 E 10 DE NOVEMBRO DE 2025 3 FROM / LuizMelo e há uma área em que o Brasil pode ter certeza de que consolidou sua excelência, graças à for- mação de recursos humanos que nos permitiram alcançar um lugar de destaque no mundo, sem dúvida alguma, é a empresarial. Os que operam a economia brasileira são extremamente qualificados, e a prova disso é o êxito que acompanha o desenvol- vimento e o crescimento do nosso PIB, a soma da riqueza do nosso país. E se buscarmos no empresa- riado aqueles que mais se qualificaram, certamente não haverá dúvida na resposta de que são os do setor do agronegócio. Nossa caminhada vem de muito longe, a começar pela nossa monocultura do café, que durante mais de um século foi o seu carro-chefe. O crescimento e a modernização de nossas cidades foram impulsio- nados pelo café, que predominou, sobretudo em São Paulo, no Paraná e em Minas Gerais, onde do- minou as áreas rurais e serranas próximas, subindo a serra; como exemplo basta citar o Rio de Janeiro, onde as plantações de café ocuparam a paisagem das encostas da Tijuca. Mas como encontraram em Dom Pedro II uma mente genial, foram replantadas as árvores nativas, de tal modo que hoje as Matas da Tijuca e do entorno da cidade do Rio de Janeiro nos oferecem a beleza de uma Mata Atlântica que parece ser a primitiva, com a exuberância das espécies que habitam aquelas terras. Lembro-me — e para isso tenho que recorrer à bondade de Deus que me assegurou vida longa — de que fui testemunha, na minha mocidade, da divulgação do slogan que dava a tábua de salvação para o setor agrícola: “Ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil.” Nosso inimigo maior era essa es- pécie de inseto que devorava as lavouras e assim im- pedia o seu crescimento e a produtividade. Essa situação de atraso conviveu conosco até al- gumas décadas atrás. Essa barreira somente foi trans- posta por meio da tecnologia, quando o Presidente Geisel articulou a criação e consolidação da Embrapa, autarquia que deve ser inscrita como um dos maiores órgãos públicos deste País, com a capacitação inclusive no exterior de recursos humanos e soma de serviços prestados, como o desenvolvimento de produtos que asseguraram essa posição invejável do Brasil, que pode se apresentar como primeiro país do mundo em exportação de grãos, capaz de entrar na competição mundial com produtos de melhor qualidade e com grande competitividade de preços. A outra grande barreira rompida ocorreu quando criamos o Ministério Extraordinário da Irrigação du- rante o meu governo, com a meta modesta de conse- guirmos irrigar um milhão de hectares em cinco anos, o que foi cumprido, com o desenvolvimento de uma tecnologia capaz de levar água como um grande instrumento de progresso da agricultura. Concomi- tantemente, desenvolveram-se equipamentos e técnicas de grande valia para o cumprimento de nossos obje- tivos, como o pivô central, que passou a ser fabricado em massa e permitiu, com o uso dessa experiência e do seu trato diário, o desenvolvimento de uma tec- nologia que assegurou, com o esforço da Embrapa, as primeiras supersafras daqueles anos, quando pas- samos de uma estagnação de cerca de 54,6 milhões de toneladas de grãos no início do meu governo, em 1985, iniciando o impulso para o salto na produção. Lembro que a nossa economia, já em 1989, no último ano do meu governo, ocupou o lugar de oitava maior economia do mundo. Graças a todo esse trabalho pioneiro então iniciado, atingimos hoje a produção de mais de 300 milhões de toneladas, um patamar que nos assegura o sedutor marco de maior exportador mundial em volume de grãos, superando os Estados Unidos. Assim o setor do agronegócio brasileiro consolidou uma posição privilegiada no cenário global. ■ Saúva já era E-mail: j.sarney@uol.com.br Ex Presidente do Brasil JOSÉSARNEY S

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