Diário do Amapá - 13/11/2025

CIDADES QUINTA-FEIRA | 13 DE NOVEMBRO DE 2025 10 |CIDADES | DIÁRIO DO AMAPÁ FALECOMAREDAÇÃO E-mail: diario-ap@uol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa C umprindo o propósito para o qual foi montado, o estande do Amapá foi palco, nesta terça-feira, 11, da conclusão de uma grande negociação voltada ao desen- volvimento sustentável. A empresa brasileira Amazônia Bio assinou um contrato com as comunidades extra- tivistas do Assentamento Maracá, em Mazagão, para a compra e pro- dução de cerca de mil latas de 13 qui- los de açaí por dia. O acordo beneficia 50 famílias e gera 25 empregos diretos, fortale- cendo a economia local e a cadeia produtiva do açaí. A multinacional, que exporta produtos para mais de 30 países, vai produzir a fruta no Amapá, em uma fábrica instalada próxima ao Rio Matapi. A polpa será enviada ao Ceará, onde passará pelo processo de secagem que preserva o sabor e os nutrientes do fruto. “A tendência é expandir a assina- tura desse contrato para que outras famílias possam participar dessa ca- deia de valor. Essa iniciativa, assim como outras indústrias instaladas no Amapá, mostra que precificar e dar valor aos produtos da floresta é uma forma de mantê-la em pé, gerando ri- queza, emprego e renda para as po- pulações rurais e urbanas”, destacou o secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Edivan Barros. A instalação da empresa no es- tado contou com apoio do Governo do Amapá, que incentiva a produção local e negócios sustentáveis. A Amazônia Bio também foi convidada a integrar o Parque Tecnológico do Amapá, no antigo Macapá Hotel, na orla da capital, fortalecendo a cone- xão entre inovação e sustentabili- dade. “Me sinto muito honrado em re- presentar milhares de pessoas e cen- tenas de famílias que trabalham com o açaí. Instalamos nossa indústria no Amapá com a alegria de colocar o es- tado no centro do mundo, levando o melhor açaí do planeta para diversos países”, celebrou o CEO da Amazônia Bio, Felipe Franzina. A vice-diretora da Associação dos Trabalhadores do Assentamento Agroextrativista do Maracá (Atexma), Maria Angélica, destacou que vive há 32 anos na comunidade, onde chegou em 1991 e construiu sua trajetória de trabalho. Segundo ela, o açaí é a base da subsistência do povo da floresta e parte essencial da cultura alimentar local. Maria contou ainda que o traba- lho com a empresa começou antes da assinatura do contrato, com o plane- jamento e a estruturação do projeto, que deve beneficiar toda a comuni- dade. Para ela, o apoio coletivo é es- sencial para fortalecer as famílias do Maracá, que já atuam como plano de manejo sustentável. ■ MACAPABA D oze de novembro é Dia Mundial da Pneumonia, a doença que mais mata no mundo, muito prevalente em crianças e idosos, segundo o médico pneumolo- gista amapaense Paulo Danilo Picanço. No LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9), Danilo falou algumas coisas a respeito da pneumonia, descre- vendo, por exemplo, que a doença é causada por bactérias, vírus e fungos. Apesar da presença de bactérias e fungos, a causa pre- dominante da pneumonia é a viral, inclusive o coronavírus Sars-CoV-2, que causou a pandemia de covid-19, e o vírus responsável pela influenza. Omédico minimizou o tabagismo como agente causa- dor de pneumonia com a explicação de que o cigarro leva à queda da imunidade da pessoa, podendo no futuro pro- vocar nela um enfisema pulmonar, mas não a pneumonia, diretamente. Paulo Danilo Picanço pontuou que as doenças sistêmi- cas, que acometem as vias aéreas de crianças e adultos, no inverno amazônico, exigemmuita atenção, porque podem levar a um quadro pneumológico. O especialista orientou que após cinco dias de perma- nência dos sintomas que poderiam ser uma pneumonia é que o paciente deve procurar o médico para exames e ela- boração de um diagnóstico. ■ ALERTA A Prefeitura deMacapá ampliou os serviços da atenção primária e agora garante o acesso da população a pe- quenos procedimentos na Unidade Básica de Saúde (UBS) Macapaba, localizada na Zona Norte da capital. Os atendimentos incluem a retirada de cistos, verrugas, sinais e unhas encravadas, realizados por equipe médica es- pecializada. A iniciativa busca facilitar o acesso da comu- nidade a cuidados simples, mas essenciais, evitando o encaminhamento para unidades de média e alta complexi- dade. A balconista Elen Melo, de 20 anos, faz acompanha- mento na UBS Macapaba. Ela realizou a retirada de sinal e relatou a importância de ter o procedimento próximo amo- radia dela. “Eu já estava hámeses tentando resolver e consegui fazer tudo aqui mesmo, perto de casa. Fui bem atendida, a equipe explicou tudo direitinho e o procedimento foi rápido. Fiquei muito feliz com esse serviço na unidade”, contou. Para reali- zar o agendamento, é necessário apresentar RG, CPF e com- provante de residência. Em um primeiro momento, o paciente passa por avaliação médica, que define a necessi- dade e o tipo de procedimento a ser realizado. ■ Pneumonia é a doença que mais mata no mundo, diz especialista UBSs de Macapá garantem acesso a pequenos procedimentos AMAZÔNIA BIO E EXTRATIVISTAS DE MAZAGÃO FIRMAM PARCERIA NA COP30 INCENTIVO À BIOECONOMIA O estande do Amapá na COP30 tem atraído a atenção de visitantes estrangeiros interessados emconhecer de perto o único estado totalmente localizado na Amazônia com 73% de seu território protegido por unidades de conservação. Norte-americanos, sul-coreanos, chineses, bolivianos e pe- ruanos estão entre os públicos mais frequentes, revelando a crescente curiosidade internacional sobre como o Amapá alia desenvolvimento e preservação. Segundo George Bacelar, tradutor em inglês, francês, japo- nês e espanhol, os estrangeiros buscam entender a infraestru- tura do estado e as condições de vida da população. Ele integra a equipe de seis profissionais responsáveis por receber os visitantes no estande e apresentar as potencialidades do Amapá, desde suas riquezas naturais até as oportunidades de desenvolvimento sustentável. “Eles querem saber quantas rodovias nós temos, se o Amapá tem energia 24 horas por dia, se há acesso à água en- canada e como são as nossas vias urbanizadas”, contou Bacelar. Para ele, as perguntas refletem o interesse em compreender como um estado amazônico consegue equilibrar crescimento urbano e conservação ambiental. Durante as visitas, o público internacional tem acesso a instrumentos estratégicos do governo amapaense, como o Atlas Solar, que mostra o potencial de energia limpa; o Plano Estadual de Recursos Hídricos, voltado à gestão da água; o Plano de Apoio à Sociobioeconomia, que incentiva cadeias pro- dutivas sustentáveis; e o Código de Governança Socioambiental, que orienta políticas de transparência e susten- tabilidade no estado. ■ COP30 Estande do Amapá atrai visitantes dos Estados Unidos, Coreia do Sul, China, Bolívia e Peru

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