Diário do Amapá - 13/11/2025
FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 QUINTA-FEIRA | 13 DE NOVEMBRO DE 2025 I mpulsionado pelos transportes, o setor de serviços, o que mais emprega no país, cresceu 0,6% na passagem de agosto para setembro, marcando oitomeses seguidos de alta, nos quais soma expansão de 3,3%. Em comparação com setembro de 2024, houve alta de 4,1%. Já no acumu- lado de 12 meses, a variação positiva é de 3,1%. Esses resultados colocam o setor no maior patamar já registrado. Desde abril, os serviços vêm alcançando recordes de atividade. Os números de setembro fazem o setor superar em 19,5% o período pré- pandemia de covid-19 (fevereiro de 2020). Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta quar- ta-feira (12), noRio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE). Na passagemdo segundo para terceiro trimestre, há variação positiva de 0,9%. O período de oito meses seguidos de alta iguala o atingido entre fevereiro e se- tembro de 2022, quando o país se recupe- rava da pandemia. No entanto, no período mais antigo, a expansão acumulada chegou a 5,6%. Nos oitomeses seguidos de crescimento em 2025, o resultado de setembro é o se- gundo maior, ficando atrás apenas de fe- vereiro (0,9%). O setor de serviços reúne tambémati- vidades como turismo, restaurantes, salão de beleza e tecnologia da informação e é considerado um indicador do comporta- mento econômico do país. O IBGE analisa a performance de 166 tipos de serviços. Destaque para transportes Três das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram crescimento na passagem de agosto para setembro: Transportes, armazenagem e correio: 1,2% Serviços de informação e comunicação: 1,2% Outros serviços: 1,6% Serviços prestados às famílias: -0,5% Serviços profissionais e administrativos: -0,6% O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, apontou o grupamento dos transportes ─ responsável por 36,4% do índice ─ como força motora do setor nos últimos oito meses, impulsionado especialmente pelo transporte de cargas e o aéreo de passa- geiros. No caso do transporte aéreo de passa- geiros, o IBGE observa maior número de deslocamentos das pessoas, tanto por avan- ços na renda, como pelo fato de queda na média dos preços das passagens. “Logística de transportes cresce em função da maior comercialização de mer- cadorias adquiridas emplataformas de co- mércio eletrônico, o que acaba movimen- tando o armazenamento de mercadorias, a logística e o transporte até o consumidor final”, explica Lobo. Em 12 meses, os transportes crescem 3,1%. A safra recorde de 2025 é outro motivo que empurra para cima o desem- penho dos transportes. “Há uma correlação direta do aumento da receita das empresas do transporte de cargas (especialmente o rodoviário) com o aumento do escoamento da safra agrícola”, opina o pesquisador do IBGE. Turismo A Pesquisa Mensal de Serviços traz, ainda, o índice de atividades turísticas (Iatur), que subiu 0,1% em setembro, na comparação com o mês anterior. Já no acumulado do ano, há expansão de 5,7%. Em 12 meses, o índice avança 6,6%. “Com certeza este crescimento acu- mulado está atrelado ao desempenho do transporte aéreo de passageiros”, observou Lobo. Esses resultados deixam as atividades de turismo 11,5% acima do patamar pré- pandemia de covid-19 (fevereiro de 2020) e 2% abaixo do maior nível já alcançado, em dezembro de 2024. ■ SETOR DE SERVIÇOS CRESCE 0,6% EM SETEMBRO; OITAVO MÊS SEGUIDO DE ALTA IBGE V Foto/ Fernando Frazão/Agência Brasil A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) considerou como “um marco histó- rico” o novo decreto do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), assinado nesta terça-feira (11) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a entidade, o decreto torna o programa mais justo, eficiente e acessível, “beneficiando di- retamente o trabalhador brasileiro e fortalecendo toda a cadeia de abastecimento de alimentos”. Em nota, a entidade diz que as mudanças pro- postas no programa, que trata do vale-alimentação e vale-refeição pagos aos trabalhadores, "eliminam cobranças abusivas e “penduricalhos” que elevavam os custos para o varejo e, consequentemente, para o consumidor”. Entre as novidades, o decreto estabelece limites para taxas cobradas pelas operadoras: a taxa má- xima dos estabelecimentos (MDR) será de 3,6%, e a tarifa de intercâmbio terá teto de 2%. Também reduz o prazo de repasse dos valores aos estabe- lecimentos para até 15 dias corridos, e determina que, em até 360 dias, qualquer cartão do programa funcione em qualquer maquininha de pagamento — medida que garante interoperabilidade entre bandeiras. De acordo com a Abras, o novo decreto dará mais previsibilidade ao setor, diminuirá a inter- mediação, e “colocará mais comida na mesa do trabalhador”. A entidade ressaltou ainda que o novo PAT é uma medida de combate à inflação e de estímulo à concorrência. “Com custos menores e prazos mais curtos, todo comércio poderá aceitar o voucher alimen- tação e refeição, fortalecendo o pequeno varejo e ampliando o acesso da população. O resultado será uma cesta básica mais barata e um sistema mais justo para todos”, disse o presidente da enti- dade, João Galassi. ■ DECRETO Mudanças no vale-alimentação ajudam a combater inflação , diz Abras ●
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