Diário do Amapá - 14/11/2025

FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 SEXTA-FEIRA | 14 DE NOVEMBRO DE 2025 I mpulsionado pelos transportes, o setor de serviços, o que mais emprega no país, cresceu 0,6% na passagem de agosto para setembro, marcando oito meses seguidos de alta, nos quais soma expansão de 3,3%. Em comparação com setembro de 2024, houve alta de 4,1%. Já no acumulado de 12 meses, a variação positiva é de 3,1%. A desaceleração da economia pro- vocada por juros altos surtirá efeitos sobre a atividade econômica brasileira. O Ministério da Fazenda reduziu de 2,3% para 2,2% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB - soma das riquezas produzidas no país) em 2025. A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (13), em Brasília, no Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE). Segundo o ministério, a revisão de- corre do desempenho mais fraco da eco- nomia no terceiro trimestre e dos efeitos defasados da política monetária restritiva. Para 2026, a projeção de crescimento foi mantida em 2,4%. Inflação acima da meta A projeção para a inflação oficial (IPCA) em 2025 caiu de 4,8% para 4,6%, mas o índice ainda deve encerrar o ano acima do teto da meta - fixado em 4,5% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2026, a expectativa foi revisada de 3,6% para 3,5%. A SPE prevê que a inflação deve convergir para 3,2% até o segundo trimestre de 2027, horizonte considerado relevante para a política monetária. Segundo a SPE, a redução na projeção reflete fatores como: valorização do real; menor inflação no atacado para pro- dutos agropecuários e industriais; excesso de oferta global de bens; aplicação da bandeira amarela nas tarifas de energia em dezembro. Desempenho setorial A revisão do PIB para 2025 mostra dinâmicas distintas entre os setores da economia. A agropecuária foi o destaque positivo com previsão de crescimento elevada de 8,3% para 9,5%. A indústria recuou de 1,4% para 1,3%, e o setor de serviços passou de 2,1% para 1,9%. Para 2026, o crescimento projetado de 2,4% deve ser sustentado por uma recuperação mais intensa na indústria e nos serviços, compensando a esperada desaceleração da agropecuária. Desempenho setorial A revisão do PIB para 2025 mostra dinâmicas distintas entre os setores da economia. A agropecuária foi o destaque positivo com previsão de crescimento elevada de 8,3% para 9,5%. A indústria recuou de 1,4% para 1,3%, e o setor de serviços passou de 2,1% para 1,9%. Para 2026, o crescimento projetado de 2,4% deve ser sustentado por uma recuperação mais intensa na indústria e nos serviços, compensando a esperada desaceleração da agropecuária. Atividade doméstica O boletim aponta que a economia brasileira segue em trajetória de desace- leração, reflexo dos juros elevados e da contração no crédito. “Os efeitos cumulativos da política monetária restritiva continuam impac- tando a atividade”, destacou a SPE. Embora o desemprego permaneça em nível historicamente baixo, o relatório observa redução da população ocupada e ritmo mais lento de crescimento dos rendimentos no terceiro trimestre. Tarifas dos EUA No cenário internacional, o boletim afirma que a atividade global permanece resiliente, mas alerta para incertezas co- merciais e geopolíticas. ■ FAZENDA REDUZ PARA 2,2% PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO DO PIB EM 2025 ESTIMATIVA V Foto/ Divulgação/ Portal Governo Brasil O decreto que altera o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última terça-feira (11), foi bem recebido por órgãos que trabalham ou representam empresas do setor alimentício. A mudança modifica as regras para o vale- alimentação e refeição, buscando modernizar o sistema de pa- gamento e a transparência dos serviços. A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), representante de cerca de 500 mil estabe- lecimentos no estado, fez um rápido balanço das dificuldades enfrentadas pelas empresas com as regras vigentes. “O empresário que trabalha com vale-refeição, hoje, está noprejuízo. Ocenário atual fez comquemuitos estabelecimentos deixassem a operação, ou sequer cogitassem trabalhar com este tipo de pagamento. Pelos valores das taxas e pela demora para receber, os tickets não compensam”, afirmou Edson Pinto, diretor-executivo da associação. Agora, coma alteração via decreto, Pinto elogia amudança: “Comnovas regras, menor valor para adesão e reembolso mais rápido, certeza que haverá mais empresas aderindo aos vales. Isso gera concorrência e até congelamento ou queda nos preços do cardápio, beneficiando diretamente o consumidor final”. As novas regras devem beneficiar mais de 20 milhões de trabalhadores, pois aumenta a concorrência entre as empresas. Uma das novidades é que agora os recursos passam a ser usados com exclusividade para alimentação. AFhoresp já havia pedido esse tipo demudança ao governo federal emmarço deste ano emof ício enviado ao vice-presidente eministro doDesenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin e também a outros ministros como Márcio França (Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pe- queno Porte) e Fernando Haddad (Fazenda). ■ BENEFÍCIOS Setor de alimentação recebe positivamente as mudanças no vale-refeição ● TRAJETÓRIA NEGATIVA Vendas no comércio caem 0,3% em setembro; quinta queda em seis meses As vendas no comércio recuaram 0,3% na passagem de agosto para setembro. O resultado é o quinto negativo em um período de seis meses. Em agosto, o setor chegou a crescer 0,1%, mas de abril a julho, apresentou quatro quedas seguidas. No acumulado de 12meses, o setor acumula crescimento de 2,1%, a menor desde janeiro de 2024. Desde abril, quando o cres- cimento anual alcançou 3,4%, o desempenho do comércio tem mostrado trajetória decrescente. Os dados estão na Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es- tatística (IBGE). O analista do IBGE Cristiano Santos afirma que o setor se situa em um patamar 1,1% abaixo de março de 2025, ponto mais alto da série iniciada no ano 2000. “Setembro é um resultado que retoma aquela trajetória negativa que estava acontecendo." Segundo Santos, a inflação e a base de comparação alta de março são fatores que explicam o comércio “andar de lado” nos últimos meses. Em relação a setembro de 2024 houve expansão de 0,8%. No terceiro trimestre, há recuo de 0,4% ante o segundo trimestre. A pesquisa coloca o comércio brasileiro em um patamar 8,9% acima do período pré-pandemia de covid-19 (fevereiro de 2020). Setores Na passagem de agosto para setembro, seis dos oito setores pesquisados pelo IBGE apresentaram queda: Livros, jornais, revistas e papelaria: -1,6% Tecidos, vestuário e calçados: -1,2% Combustíveis e lubrificantes: -0,9% Equipamentos e material para escritório, informática e co- municação: -0,9% Móveis e Eletrodomésticos: -0,5% Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -0,2% ■ ●

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