Diário do Amapá - 14/11/2025

CIDADES SEXTA-FEIRA | 14 DE NOVEMBRO DE 2025 | CIDADES | DIÁRIO DO AMAPÁ A estrutura beneficiará diretamente os moradores dos municípios da região dos Lagos. ■ ● Primeira usina solar pública do estado é implantada em Tartarugalzinho P ela primeira vez, o Amapá leva à COP30 uma dele- gação com representati- vidade de povos tradicio- nais. São 20 quilombolas e 25 indígenas que inte- gram a equipe oficial do estado no maior evento sobre clima do mundo. A manhã desta quarta-feira, 12, foi marcada por ma- nifestações culturais, com apresentações de mara- baixo e turé – o canto da mandioca – no estande amapaense. Também contou com uma roda de conversa sobre Justiça Climática, que abordou formas de preservar os saberes tradicionais aliados ao desenvolvimento social e à manutenção da floresta em pé. O diálogo reuniu o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, o presidente do Conselho de Caciques dos Povos Indígenas do Oiapoque, Edmilson dos Santos, além de representantes da sociedade civil organizada. “Amapá chegou “negritando” e mostrando o porquê nós somos a Amazônia Negra. E se ela é negra, nessa COP, nós precisamos falar de justiça climática, debater essas mudanças climáticas a partir da sua realidade, porque são esses povos que mantém a floresta em pé e eles são o caminho para a solução dos problemas”, falou a diretora-presidente da Fundação da Igualdade Racial, Josilana Santos. Daniel Ramos, de 30 anos, morador do Quilombo do Curiaú, cresceu envolvido com o marabaixo e o batuque, tradições que moldaram sua identidade e atuação no movimento negro. Ele compartilhou esse protagonismo, sendo porta-voz dos “ladrões” do ma- rabaixo entoados no Amapá para o mundo. “Tenho orgulho de vir falar das comunidades pretas, das comunidades quilombolas, da nossa maior e mais autêntica manifestação cultural, o Marabaixo do Estado do Amapá – hoje patrimônio imaterial do Brasil. Isso não tem preço, e é por isso que estamos aqui para falar na COP30”, afirmou Ramos. Protagonismo na agenda climática Na delegação, quatro povos indígenas do Amapá marcam presença no encontro: Karipuna, Galibi- Marworno, Kalinã e Palikur, representantes das regiões do Oiapoque e do Tumucumaque. Juntos, eles levam à COP30 suas experiências, saberes tradi- cionais e perspectivas sobre o papel dos povos origi- nários na preservação da Amazônia e no enfrentamento das mudanças climáticas. ■ DELEGAÇÃO INÉDITA AMAPÁ LEVA PROTAGONISMO DOS POVOS TRADICIONAIS DA AMAZÔNIA À COP30 "Amapá chegou "negritando" e mostrando o porquê nós somos a Amazônia Negra. E se ela é negra, nessa COP, nós precisamos falar de justiça climática, debater essas mudanças climáticas a partir da sua realidade, porque são esses povos que mantém a 'oresta em pé e eles são o caminho para a solução dos problemas" Josilana Santos Diretora-presidente da Fundação da Igualdade Racial 9 Reunindo 20 quilombolas e 25 indígenas, o Amapá protagoniza uma participação histórica na COP30, levando ao maior evento climático do planeta a força cultural, social e ambiental dos povos que mantêm a floresta em pé ■ Na delegação, quatro povos indígenas do Amapá marcam presença no encontro: Karipuna, Galibi-Marworno, Kalinã e Palikur, representantes das regiões do Oiapoque e do Tumucumaque. Juntos, eles levam à COP30 suas experiências, saberes tradicionais e perspectivas sobre o papel dos povos originários na preservação da Amazônia e no enfrentamento das mudanças climáticas.

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