Diário do Amapá - 15 a 17/11/2025

MORAES E DINO VOTAM PARA RECEBER DENÚNCIA E TORNAR EDUARDO BOLSONARO RÉU POR TENTAR COAGIR STF O ministroAlexandre de Moraes, do Su- premoTribunal Fe- deral (STF), votou nesta sexta-feira (14) a favor de receber a denúncia contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e torná- lo réu na Corte. Ele foi acompanhado pelo ministro Flávio Dino, presidente da Primeira Tur- ma. Com isso, o placar está 2x0 para tornar o parla- mentar réu no Supremo. Eduardo é acusado de tentar interferir, fora do país, no julgamento de um pro- cesso que envolve o pai, o ex-presidente Jair Bolsona- ro. Segundo a Procurado- ria-Geral da República (PGR) isso confi- gura o crime de coação no curso do pro- cesso O julgamento é realizado no plenário virtual do STF, em que os ministros re- gistram os votos por sistema eletrônico. A análise vai até 25 de novembro, a não ser que ocorra um pedido de vista (mais prazo para análise) ou destaque (que leva o caso para sessão presencial). Nesta etapa, os ministros vão decidir se aceitam a denúncia. Se aprovarem, será aberta ação penal contra Eduardo Bolsonaro. Caso rejeitem, o processo será arquivado. Moraes é oministro relator, portanto, abriu a votação. Ele foi seguido por Flávio Dino. Alémdeles, tambémdevem se ma- nifestar os demais integrantes da Primeira Turma: Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Como foi o voto de Moraes? Segundo o ministro, Eduardo Bolsonaro "insistiu na estratégia de ameaçar gravemente os ministros do Supremo Tribunal Fe- deral, inclusive alardeando a possível aplicação das sanções aos demais minis- tros da Primeira Turma, órgão colegiado compe- tente para julgar a AP 2.668/DF, para favorecer seu pai, Jair Messias Bol- sonaro". Moraes explica que essa grave ameaça contra os magistrados do Supremo se materializou pela "arti- culação e obtenção de san- ções do governo dos Esta- dos Unidos". Ou seja, com aplicação de tarifas de exportação ao Brasil, o que está sendo chamado de tarifaço, suspensão de vistos de entradas de diversas auto- ridades brasileiras no EUA e aplicação dos efeitos da Lei Magnitsky a ele mes- mo, ministro relator. ■ JULGAMENTO Eduardo é acusado de pressionar ministros do Supremo e autoridades brasileiras na tentativa de interferir no andamento do processo que investiga a trama golpista, no qual Bolsonaro foi condenado. POLÍTICA |POLÍTICA | DIÁRIO DO AMAPÁ SÁBADO A SEGUNDA-FEIRA | 15 A 17 DE NOVEMBRO DE 2025 FALECOMAREDAÇÃO E-mail: diario-ap@uol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa 10 V Foto/ Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados I nadmissível é “barreirar” na Cop-30 a en- trada dos legítimos donos da terra, os povos da floresta, e legais representantes da so- ciedade civil organizada. Faltou bom senso, organização, planejamento e um pouco de humanismo para chamar as li- deranças dos povos da floresta, todos desejosos em participar do evento, assim como os repre- sentantes da sociedade civil organizada, sim- plesmente para conversar e depois permitir o acesso e mais que legítima participação deles no dito evento. A confusão pegou mal, muito mal, e pior ainda a agressão dos seguranças. Dizem que bolsonaristas infiltrados podem ter provocado a confusão e o quebra-quebra. Verdade ou dúvida, é sempre bom mandar in- vestigar! E ficou no ar aquele clima, aquela má im- pressão de elitismo, divisionismo, preconceito, seletividade da burguesia. Um evento desta natureza, de tão magna importância, onde os olhos da humanidade estão direcionados principalmente para a Ama- zônia, o pulmão do mundo, nada mais justo que grandes lideranças amazônicas, principal- mente os povos da floresta e entidades sindicais, participarem ativamente do evento, das rodas de conversa, dos debates, das propostas e enca- minhamentos de negociações. Muito se tem a discutir sobre a segurança da questão espacial ou geográfica da Amazônia, a tão necessária regularização e proteção das re- servas indígenas, quilombolas, das comunidades tradicionais agrícolas. Dentro desta pauta imperativa de discussão o desenvolvimento sustentável deve ser obriga- toriamente o norte do planejamento mundial para o presente e futuro do planeta, diga-se de passagem, sem combustível fóssil, sem gases poluentes e sem explorações madeireiras e au- ríferas predadoras ilegais. Se no final de um evento tão importante não forem tomadas medidas sérias para a grave crise climática já chegará muito tarde e inócua qualquer próxima intenção de se fazer algo sé- rio. Por isso, o velho ditado, hoje, é altamente imperativo: Antes tarde do que nunca! ■ E-mail: grandearquitetoap@hotmail.com WELLINGTONSILVA Jornalista e Historiador Cop-30, que rumos tomar?

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