Diário do Amapá - 15 a 17/11/2025

Reconhecimento Há menos de um ano no cargo, o presidente da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), Mário Jorge Vital, começa a colher os frutos do trabalho desenvolvido. Na abertura do 28º Congresso da Unidas, semana passada em Salvador, o novo presidente da ANS, Wadih Damous, enalteceu o papel dos planos da modalidade de autogestão: “Vejo acolhimento e cuidado com os mais vulneráveis”. Verdinho da Amazônia O Banco da Amazônia lançou na COP30 o Cartão Verdinho e a Maquininha Banco da Amazônia, para entrar forte no comércio de varejo. “As soluções reforçam o compromisso da instituição com a inclusão financeira e o desenvolvimento sustentável na região”, diz o presidente do Banco, Luiz Lessa. Ele destacou que as iniciativas unem tecnologia, acesso e propósito, fortalecendo empreendedores locais. Depois da tempestade A Conab, em parceria com a Defesa Civil, entregou 1.500 cestas de alimentos a famílias afetadas pelo tornado que destruiu as pequenas cidades de Rio Bonito do Iguaçu (PR) e Laranjeiras do Sul (PR). As cestas, de estoques do Governo Federal, em média, têm 25 kg de alimentos e estavam armazenadas na unidade da CONAB em Rolândia (PR). Oi, padrinho.. A Polícia Federal prendeu em flagrante na quarta (12) um empresário suspeito de corrupção ativa, dentro da Prefeitura de Murici (AL), administrada por Remi Filho (MDB-AL), sobrinho do senador Renan Calheiros (MDB-AL). O empresário estava com R$ 270 mil em espécie dentro da sede. A PF não divulgou o seu nome, e foi levado no camburão para Maceió. Ten$ão O que se diz na Faria Lima é que seu ex-queridinho Daniel Goldberg vem colecionando fracassos. Da sua época de Farallon, problemas como Cervejaria Petrópolis, Coteminas e FMU se empilham desde sua saída. Na Lumina, sua gestora atual, comprou participação na Verde Asset para poder dizer aos quatro ventos que era “chefe” de Luis Stuhlberger, mas ambos entregaram ações da gestora para a Vinci Compass. E seu maior investimento, uma dívida para a New Fortress Energy, está prestes a colapsar. Cercando conexões A oposição promete não arrefecer na pressão contra organizações criminosas transnacionais que operam na América Latina. A nomenclatura não valerá para CV e PCC, por exemplo, mas o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) protocolou PL que denomina organizações terroristas o Cartel de los Soles (México) e o Tren de Aragua (Venezuela) – que têm conexões com as duas facções no Brasil, segundo investigações federais. O PL não será apensado à proposta relatada pelo Secretário de Segurança de São Paulo, deputado Guilherme Derrite. De qualquer forma, é mais uma proposta que pressiona o Palácio do Planalto e coloca o presidente Lula da Silva numa calça-justa. A defesa de Lula sobre o regime de Nicolás Maduro, em Cúpula da CELAC, convocada às pressas, é outro elemento a ser devidamente explorado. O Cartel de los Soles tem trânsito livre na Venezuela e o Tren de Aragua, já atua nos EUA. L ideranças do povo Munduruku foram recebidas, na manhã desta sexta-feira (14), emBelém, pelo presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), André Corrêa do Lago, após um pro- testo pacífico na entrada principal do evento. A manifestação transcorreu sem incidentes, e apenas impactou em um tempo maior de entrada dos participantes da COP. A reunião ocorreu em um edif ício anexo ao Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA), que fica nas proximidades da Zona Sul, a área oficial de negociações da COP30. Além de Corrêa do Lago, o encontro contou com as presenças das ministras Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima). "Nós trouxemos eles aqui para ter um diálogo com as duas ministras e comigo, e foi um diálogo muito construtivo, muito positivo, mas realmente eles têm preocupações muito fortes e muito legítimas e nos transmitiramdois documentos que nós recebemos formalmente e que vamos procurar levar adiante todas as preocupações que eles têm." Os indígenas pedem que Lula revogue o Decreto nº 12.600/2025 que prevê a privatização de empreendimentos públicos federais do setor hidroviário, incluindo no Rio Tapajós. Eles também criticam a construção da Ferrogrão, uma ferrovia que ligará o Mato Grosso ao Pará, para escoamento de produção agrícola, com impactos sobre o modo de vida dos indígenas e pressão sobre suas terras. Em nota, o Movimento Munduruku Ipereg Ayu de- nunciou que o corredor Tapajós-Arco Norte é um dos principais vetores de avanço do agronegócio sobre a Ama- zônia, de acordo com dados do Instituto de Estudos So- cioeconômicos (Inesc). OpovoMunduruku tambémprotesta contra as negociações climáticas internacionais que, segundo eles, tratam as matas nativas como meros ativos de crédito de carbono. ■ MANIFESTAÇÃO Após protesto, indígenas Munduruku são recebidos por presidente da COP A maioria dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Fe- deral (STF) decidiu nesta sexta- feira (14) tornar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) réu pelo crime de coação no curso do processo. Em setembro, o filho do ex-presi- dente Jair Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito que apurou a atuação do parlamentar junto ao governo dos Estados Unidos para promover o tarifaço contra as exportações brasileiras, a sus- pensão de vistos de ministros do governo federal e ministros da Corte. A investi- gação foi conduzida pela Polícia Federal que indiciou o parlamentar. Com a decisão, o próximo passo será a abertura de uma ação penal contra o deputado. Durante a instrução do processo, ele poderá indicar testemu- nhas, apresentar provas de inocência e pedir diligências específicas que sejam interessantes para sua defesa. Eduardo deixou o Brasil em fevereiro deste ano e está nos Estados Unidos (EUA). O parlamentar pediu licença do mandato de 120 dias. Desde dia 20 de julho, quando a licença terminou, o de- putado não comparece às sessões e po- derá ser cassado por faltas. Julgamento O julgamento virtual começou às 11h de hoje. Até o momento, o relator, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram pelo recebimento da denúncia e para transformar o deputado em réu. Para o relator, existem provas de que Eduardo Bolsonaro participou das articulações para o governo dos Estados Unidos sancionar as exportações brasi- leiras e aplicar a Lei Magnitsky contra ele e outras autoridades do Brasil. “A grave ameaça materializou-se pela articulação e obtenção de sanções do governo dos Estados Unidos da Amé- rica, com a aplicação de tarifas de ex- portação ao Brasil, suspensão de vistos de entradas de diversas autoridades bra- sileiras nos Estados Unidos da América e a aplicação dos efeitos da Lei Magnitsky a este ministro relator”, disse Moraes. A votação ficará aberta até o dia 25 de novembro. Falta o voto da ministra Cármen Lúcia. Somente os quatro ministros vão votar sobre a questão. Com saída de Luiz Fux para a Segunda Turma do STF, uma cadeira está vaga e só será preenchida após o presidente Luiz Iná- cio Lula da Silva indicar um ministro para suceder Luís Roberto Barroso, que se aposentou. ■ JULGAMENTO STF FORMA MAIORIA PARA TORNAR EDUARDO BOLSONARO RÉU NO TARIFAÇO V Foto/ Lula Marques/ Agência Brasil ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ SÁBADO A SEGUNDA-FEIRA | 15 A 17 DE NOVEMBRO DE 2025 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail: reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO

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