Diário do Amapá - 15 a 17/11/2025

FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 SÁBADO A SEGUNDA-FEIRA | 15 A 17 DE NOVEMBRO DE 2025 O contingente de trabalhadores que procuravam emprego há dois anos ou mais recuou 17,8% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024. Além disso, o número dos que buscam ocupação há mais de um mês e menos de um ano é o menor já registrado desde 2012. O recorde de baixa no número de desempregados vale também para quem está à procura de emprego por um período que varia de um a menos dois anos. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, divul- gada nesta sexta-feira (14) pelo Ins- tituto Brasileiro de Geografia e Es- tatística (IBGE). O levantamento mostra também que o número de brasileiros que estão há menos de ummês à procura de trabalho caiu 14,2% em relação ao terceiro trimestre de 2024. Dessa forma, todas as faixas de tempo de procura apresentaram re- dução no número de desocupados. A constatação acontece em um ce- nário em que o país atingiu a taxa de desocupação de 5,6%, a menor já re- gistrada pela série histórica da pes- quisa, iniciada em 2012, conforme anunciado no fim de outubro. A pesquisa A Pnad apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja com ou sem carteira assinada, tem- porário e por conta própria, por exemplo. Pelos critérios do instituto, só é considerada desocupada a pessoa que efetivamente procurou uma vaga 30 dias antes da pesquisa. São visi- tados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal. A pesquisa do IBGE detalhou o contingente de desocupados em qua- tro faixas de tempo de procura: - Menos de um mês: 1,1 milhão de pessoas, redução de 14,2% na comparação anual. Menos contin- gente desde o terceiro trimestre de 2015. - Um mês a menos de um ano: 3 milhões de desocupados, redução de 12,2% e o menor contingente já re- gistrado. - Um na a menos de dois anos: 666 mil pessoas, redução de 11,1% e menor número já registrado. - Dois anos ou mais: 1,2 milhão de pessoas, redução de 17,8% e menor contingente desde 2014. No terceiro trimestre de 2025, o Brasil tinha metade dos desocupados (50,8%) na faixa de um mês a menos de um ano de procura. No extremo da segmentação temporal, 19,5% dos desocupados procuravam emprego há dois anos ou mais, menor parcela desde 2015. ■ NÚMERO DOS QUE PROCURAM EMPREGO HÁ MAIS DE 2 ANOS CAI 17,8%, DIZ IBGE OCUPAÇÃO V Foto/ Tânia Rego/Agência Brasil O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já aprovou R$ 7,6 bilhões em créditos do Plano Brasil Soberano para empresas afetadas pelo tarifaço americano. De acordo com o presi- dente do banco, Aloizio Mercadante, isso corresponde a 535 operações solicitadas por 134 empresas de grande porte e 401 micro, pequenas e médias empresas. Os estados mais beneficiados pela linha de crédito até agora são: São Paulo (R$ 2,2 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 1,2 bilhão), Santa Catarina (R$ 1,1 bilhão) e Paraná (R$ 900milhões). Há ainda R$ 2,1 bilhões solicitados em fase de análise, totalizando R$ 9,7 bilhões. Em entrevista coletiva para a apresentação dos resul- tados financeiros do banco, Mercadante disse ainda que há expectativa de "acelerar" os repasses, após as mudanças anunciadas pelo governo federal nessa quarta-feira. "A grande demanda é capital de giro e só tinha capital de giro para você buscar novos mercados, mas muitas dessas empresas estão produzindo para o Brasil. Agora teremos capital de giro em geral". O presidente do BNDES também destacou a decisão de ampliar o crédito para os fornecedores de empresas afetadas pelo tarifaço. Segundo ele, essa nova modalidade deve estar disponível a partir do dia 24 de novembro. "Para a gente poder atender as empresas, repassar re- cursos para os bancos parceiros e aprovar e liberar os re- cursos, nós precisamos de uma informação básica: quais são as empresas elegíveis? Quem oferece essa informação é a Receita Federal junto com o Ministério do Desenvol- vimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) , que é quem tem os dados de exportações. ■ TARIFAÇO Brasil Soberano já aprovou R$ 7,6 bi em créditos para 535 empresas ● TRAJETÓRIA NEGATIVA Vendas no comércio caem 0,3% em setembro; quinta queda em seis meses As vendas no comércio recuaram 0,3% na passagem de agosto para setembro. O resultado é o quinto negativo em um período de seis meses. Em agosto, o setor chegou a crescer 0,1%, mas de abril a julho, apresentou quatro quedas seguidas. No acumulado de 12meses, o setor acumula crescimento de 2,1%, a menor desde janeiro de 2024. Desde abril, quando o cres- cimento anual alcançou 3,4%, o desempenho do comércio tem mostrado trajetória decrescente. Os dados estão na Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es- tatística (IBGE). O analista do IBGE Cristiano Santos afirma que o setor se situa em um patamar 1,1% abaixo de março de 2025, ponto mais alto da série iniciada no ano 2000. “Setembro é um resultado que retoma aquela trajetória negativa que estava acontecendo." Segundo Santos, a inflação e a base de comparação alta de março são fatores que explicam o comércio “andar de lado” nos últimos meses. Em relação a setembro de 2024 houve expansão de 0,8%. No terceiro trimestre, há recuo de 0,4% ante o segundo trimestre. A pesquisa coloca o comércio brasileiro em um patamar 8,9% acima do período pré-pandemia de covid-19 (fevereiro de 2020). Setores Na passagem de agosto para setembro, seis dos oito setores pesquisados pelo IBGE apresentaram queda: Livros, jornais, revistas e papelaria: -1,6% Tecidos, vestuário e calçados: -1,2% Combustíveis e lubrificantes: -0,9% Equipamentos e material para escritório, informática e co- municação: -0,9% Móveis e Eletrodomésticos: -0,5% Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -0,2% ■ ●

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